Times!

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Magnus estava se sentindo nas nuvens. Nunca imaginaria que Alec ficaria feliz em passar a noite com ele e ainda mais que ele lhe daria um beijo. Sonhos realmente se realizando pensou ele apressando o passo para alcançar seu amado que caminhava bem a sua frente.

- Eu pensei que você iria ficar chateado quando descobrisse que iriamos passar a noite. – Admitiu correndo até o encontro do homem por quem estava começando a se apaixonar.

- Eu adorei a ideia. – Respondeu abrindo um largo sorriso. - Quando era criança meu irmão mais velho sempre fazia esse tipo de coisa com os amigos. Eu sempre pedia para ir junto, mas minha mãe dizia que eu ainda era muito novo para aquele tipo de aventura.

- Mas e quando você cresceu?

- Quando eu cresci meu irmão não estava mais entre nós.

- Ele morreu? – Perguntou Magnus observando que o semblante de Alec havia mudado.

- Vamos dizer que ele não faz mais parte da família. – Respondeu não conseguindo esconder o quanto aquilo tudo o doía.

- Com assim não faz mais parte da família?

- Desculpa, mas não quero falar sobre ele agora. – Pediu apertando ainda mais o passo.

Magnus estava ansioso para conhecer a historia do homem por quem estava começando a se apaixonar, mas Alec não estava pronto para se abrir e ele respeitaria sua decisão.

Caminharam por uns cintos minutos até que chegaram ao lugar onde Magnus havia escolhi para passarem a noite. Era um tipo de cabana abandonada. Estava mais para algumas ripas de madeira com um telhado que iria cair a qualquer momento do que uma cabana, mas era um lugar especial para Magnus e ele estava feliz por dividi-lo com Alec.

- Eu amo esse lugar. – Falou Magnus quebrando o silencio.

- Você sempre vem aqui? – Perguntou parecendo interessado.

- Na verdade essa é a terceira vez que venho.

- Quem te trouxe pela primeira vez? – Perguntou com uma pitada de ciúmes na voz.

- Meu pai. – Respondeu deixando que uma lágrima caísse de seus olhos. – Nós passamos a vida toda brigando feito cão e gato. Eu me sentia culpado pela morte de minha e ele por sua vez nunca havia dito que eu não tinha culpa. Éramos dois tolos que nunca dizíamos o que realmente estávamos pensando.

- O que você tem a ver com a morte dela?

- Ela morreu no parto.

- Sinto muito. – Lamentou Alec colocando seu braço no ombro de Magnus.

- Quando completei 18 anos eu decidi sair de casa e fui estudar em outra cidade. Ficamos uns seis anos sem nos falar até que ele apareceu um dia na minha porta. Disse que queria me levar a um lugar. No começo eu não aceitei, mas ele acabou me convencendo. Quando chegamos aqui ele me contou como ele e a minha se conheceram. Como eles foram felizes aqui. Era a primeira vez que ele falava dela. – respirou fundo tentando não chorar mais do que já estava chorando. – Ele morreu no mês passado.

- Morreu?

- Sim. Ele estava com câncer e os médicos não deram muito tempo. Então ele decidiu que estava na hora de nos acertarmos. Trouxe-me até aqui para colocar tudo em pratos limpos.

- Por isso que você queria tanto vir a esse lugar. – Concluiu.

- Esse era o lugar onde segundo meu pai minha mãe havia sido muito feliz. Esse foi o lugar que eu o escutei dizendo que me amava pela primeira fez. Sinto-me bem quando estou aqui, é como se minha família estivesse reunida novamente.

Alec nunca pensou que algum dia iria chorar por uma pessoa que acabou de conhecer, mas lá estava ele juntando suas lágrimas as de Magnus. Magnus tinha tido uma vida realmente difícil. Cresceu sem mãe e havia perdido seu pai. Tinha todos os motivos para ser uma pessoa amargurada e deprimida, mas ele não era assim. Estava sempre feliz e com um grade sorriso no rosto. Depois de conhecer a sua historia, não só a sua admiração aumentou como também o amor que estava começando a sentir.

- Eu estou muito feliz que você tenha me convidado para vir até aqui com você. – Confessou ao pé do ouvido.

- E eu estou muito feliz por ter te reencontrado.

Me reencontra? – Perguntou confuso. - A gente já se conhecia?

- Eu te conto se você não me achar estranho. – Pediu levantando sua cabeça do ombro de Alec.

- Prometo.

- A gente já havia se cruzado no aeroporto. Na verdade você quase me derruba escada abaixo. – Comentou deixando as lágrimas de lado para dar uma sonora gargalhada.

- Não me lembro disso. – Respondeu coçando a cabeça.

- Claro que não. Você estava andando para lá e para cá feito doido. Parecia estar brigando com alguém pelo celular. Vi quando você desligou e cobriu seu rosto com as mãos. Parecia que estava chorando. Eu ia até você para perguntar se você estava bem, mas quando terminei de descer a escadas você já havia sumido.

- Me deixa ver se eu te entendi... Eu quase te jogo da escada e você ainda se preocupa com o meu bem estar?

- É muito estranho? – Perguntou ficando corado.

- Não quando se tem o coração igual ao seu. - Respondeu ficando sem graça. - Espera... Então quando você me pediu para cuidar das suas coisas você já sabia quem eu era?

- Você acredita no destino Alexander?

- Não.

- Pois deveria!

- Por quê?

- Porque foi ele quem voltou a cruzar os nossos caminhos. 



 Escrevi esse capitulo escutando ( Times - Tenth Avenue North )
Super recomendo vocês lerem esse capitulo escutando essa musica. Vai dá uma emoção diferente.

Boa leitura e um GRANDE beijo no coração!  

Nosso céu Particular ( Malec )Onde histórias criam vida. Descubra agora