Nosso céu Particular ( Malec )

Por favor, só me deixe tentar!

Mentir. Era a única coisa que aquela canalha conseguia fazer. Como ele teve coragem de inventar que eu invadi a clínica e briguei com os enfermeiros. Agora sim estava mais difícil de convencer a vovó de que ele era a melhor opção para o Magnus. Mas não iria deixar que aquele mau-caráter vença aquela batalha sem uma boa luta.

- Eu não invadi lugar algum. – Começou a sua defesa. – O médico do Magnus autorizou a minha entrada. Eu estava conversando com ele quando o Sebastian chegou com os seguranças. A única coisa que eu fiz foi lutar pelo meu direito de estar ao lado do homem que amo. Ainda mais quando o Magnus estava claramente desejando que eu ficasse.

- O Magnus não sabe o que quer, Alexander.

- Ele sabe exatamente o que quer. Por isso que correu ao meu encontro quando os seguranças estavam tentando me colocar para fora.

- Mas o Sebastian...

- Ele mentiu. Mentir é a coisa que ele faz de melhor. Eu tenho certeza de que ele está por trás de tudo o que aconteceu.

- Você não pode sair acusando as pessoas sem provas. – Até quando ela vai continuar alheia as maldades do Sebastian? Até quando ela vai continua cega? O menino dela cresceu e se tornou um homem desprezível que é capaz de fazer qualquer coisa para alcançar seus objetivos. Sebastian era um monstro. Só ela não conseguia ver aquilo.

Mas não iria perder tempo tentando lhe mostrar uma coisa que era óbvia. A única coisa que importava era o bem-estar do Magnus. Respirou fundo. Magnus era a coisa mais importante naquele momento.

- Eu não vim aqui falar sobre o Sebastian. – Disse se acalmando. – A única coisa que realmente importa é o seu neto e que ele melhore o mais rápido possível.

Sentou-se ao lado da velha senhora. Aquela não era uma história nada fácil de ser contada. Ainda mais para uma pessoa tão racional quando ele. Mas aquele era o único jeito de fazê-la entender que ele era a melhor opção para o Magnus naquele momento. E que o amor que um sente pelo outro é capaz de fazer verdadeiros milagres.

- Eu preciso lhe contar uma coisa que até mesmo o Magnus desconhece. – Segurou suas mãos e a olhou nos olhos. – Eu menti quando disse que não me lembrava do que havia acontecido quando eu estava em coma. – Suspirou torcendo para que ela não achasse que ele era louco. – Eu não me lembro de tudo, na verdade, eu só me lembro do último dia que estivesse em coma. – Voltou a suspirar, estava extremamente nervoso. – Eu me lembro que eu estava em uma praia. Era o lugar mais bonito que eu havia visto em toda a minha vida. O céu era azul, a água crisalida e eu podia sentia uma leve brisa que trazia consigo não só conforto como também uma paz grandiosa. Naquele lugar eu me sentia feliz e pleno. Me lembro que no meio da minha contemplação do oceano apareceu uma mulher que me perguntou se eu estava gostando do lugar. Respondi que sim. E então ela perguntou se eu gostaria de ficar morando lá para sempre. É claro que eu concordei, afinal de contas o que eu tinha a perder? A minha família era uma piada e o Magnus, a única pessoa que eu amava de verdade não queria mais saber de mim. Eu realmente não tinha nada que me segurasse na terra. Concordei em ficar. Mas ela me disse que antes eu precisava ir a um lugar, quando me dei conta eu estava observando o meu corpo deitado naquela cama coberto de aparelhos e hematomas. Ela me contou sobre o acidente e falou o que aconteceria comigo caso eu decidi ficar. Se havia alguma dúvida ela havia se dissipado naquele exato momento. Tomei a minha decisão. Iria voltar com aquela mulher para nunca mais voltar. Dei mais uma olhada em meu corpo e dei meia volta. Foi aí que eu senti alguma coisa segurando a minha mão, voltei para ver o que era, era o Magnus. Ele estava segurando a minha mão me pedindo para voltar para ele. Senti quando ele acariciou meus cabelos e quando beijou meus lábios na esperança de que eu acordasse tipo a Bela Adormecida. Meu coração se partiu quando eu vi o jeito que ele ficou quando o meu corpo não reagiu ao beijo. Foi naquele momento que eu percebi que a minha verdadeira felicidade era ao lado do seu neto. Ele é a única coisa que realmente valia a pena. Eu voltei por ele e é por isso que eu imploro que a senhora me dê uma chance de trazê-lo de volta para mim do mesmo jeito que ele me trouxe para ele. – Se ajoelhou aos pés. – Eu sei que eu posso trazê-lo de volta. Por favor me dê uma chance, é só isso que eu peso.

Jogou a sua última cartada. Se ela não acreditasse na sua história tudo estaria perdido.

- Você é um bom menino, Alexander e eu não poderia estar mais feliz pelo meu neto ter uma pessoa como você em sua vida. – Acariciou seus cabelos. – O Magnus sempre acreditou que você estava escondendo alguma coisa, eu nunca imaginei que seria uma coisa como essa.

Ficou em silêncio acariciando seus cabelos. Provavelmente digerindo tudo o que havia acabado de escutar.

- Eu preciso que você me responda uma pergunta e eu peso que você seja o mais sincero possível.

- Pode perguntar.

- Você ama a sua mãe?

- Não. – Se envergonhava por não amar a própria mãe, mas ela havia conseguido destruir o amor que ele sentia por ela a muitos anos atrás.

- Você não se importa com o que possa acontecer com ela?

Ele se assustou com aquela pergunta. De repente a sua expressão se tornou sombria. Seu olhar havia perdido toda a doçura que era a sua marca registrada. A vovó parecia uma outra pessoa. Uma pessoa que ele tinha até medo de conhecer.

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Eu havia escrito um capitulo meio diferente desse, mas quando eu vi o Magnus dando um beijo para o Alexander acordar feito a Bela Adormecida no capítulo 2x3 eu pensei.... Eu escrevi uma cena igual a essa. Gritei feito louca 6:30 da manhã. E decidi fazer o Alexander relembrar esse momento para tentar convencer a nossa querida vovó. Já disse que eu amo essa personagem? Pois eu sou completamente apaixonada por ela. Ainda mais agora que ela vai mostrar um pouco das suas garras. Enfim... Espero que vocês tenha gostado do capitulo.

Um Grande beijo no coração!