Amor, Amor e Mais Nada

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Eu só me sinto completo quando estou em seus braços, quando sinto o gosto dos seus lábios, quando sinto o calor do seu corpo junto ao meu e o seu perfume impregnando minhas narinas. Magnus não era apenas a pessoa que escolhi para passar o resto da vida ao meu lado, ele também havia se tornado meu confidente, meu ombro para chorar, a pessoa para quem eu poderia contar meus segredos sem medo de julgamentos, Magnus havia se tornado o meu amigo, meu melhor amigo.

Olho para ele adormecido ao meu lado. Aquela era a primeira vez que durmo ao seu lado sem a sombra de uma mentira ou de um segredo pairando no ar, e aquela, era a melhor sensação do mundo. Poder se sentir livre ao lado da pessoa amada.

Acordo com uma ideia em mente, uma ideia brilhante, mas, ao mesmo tempo, trabalhosa. Me levanto tomando muito cuidado para não o acordar. Dou uma última olha em meu amor adormecido e vou para cozinha.

A minha cozinha estava uma verdadeira zona de guerra. Tinha louça em cima da pia da cozinha, em cima de mesa de jantar, em cima do fogão, da geladeira e até mesmo em cima dos armários. Olhei desanimado para aquilo tudo, mas não tinha tempo de chamar uma faxineira, afinal de contas, o tempo era crucial para a realização do meu plano. Rapidamente, recolho a louça e a junto em cima da pia, lavo, seco e as coloco em seus devidos lugares. Depois, junto as caixas de comida e as joguei no lixo, volto para a cozinha e me deparo com a pior parte daquela sujeira toda, o chão da cozinha, como ele não via água a quase três meses, eu teria muito trabalho esfregando aqueles azulejos.

Duas horas de faxina e eu não estava nem na metade; ainda faltavam a sala, o quarto e, o pior cômodo de todos, o banheiro. Mas eu não iria desaminar, todo aquele esforço valeria a pena assim que visse o sorriso de contentamento no rosto da pessoa que escolhi para passar o resto dos dias ao meu lado.

Abro a porta do quarto tomando muito cuidado para não o acordar. Recolho as roupas sujas que estavam espalhadas no local e as levo para a lavanderia, recolho alguns copos e uma caixa de pizza esquecida em cima do criado-mudo. Retiro o tapete e deixo no corredor. Varro, passo pano no chão e nos moveis e, por fim, recoloco o tapete em seu devido lugar depois de sacudi-lo do lado de fora do quarto.

Volto meus olhos para a cama, e Magnus estava do mesmo jeito que deixei a cerca de três horas atrás. Deitado de bruços agarrando um dos meus travesseiros. Não pude deixar de sorri com aquela imagem. Estava tão feliz por tê-lo mais uma vez em minha cama, em meus braços, em minha vida. Magnus era tudo para mim, ele era o meu amor, meu tudo, meu mundo.

Se a cozinha estava uma verdadeira zona guerra, o banheiro era o apocalipse. Respiro fundo e me sento desanimado no vaso sanitário: " Eu sei que você está sofrendo, mas você precisa reagir. Precisa limpar essa casa, respirar um pouco de ar puro e tentar colocar a sua vida em ordem. Eu sei que deve ser difícil viver longe da pessoa que a gente ama, mas você não pode se entregar, você não pode se afundar do jeito que você está se afundando. Olha para a sua casa... Você está vivendo em um verdadeiro chiqueiro e está pouco se importando com isso. ", Isabelle me disse na última vez que veio me visitar. Eu pensei que ela estivesse exagerando, eu não via toda aquela bagunça que ela via, mas depois que Magnus voltou para a minha vida, eu comecei a perceber coisas que outrora não percebia e uma delas, era o estado deplorável que a minha casa se encontrava.

Me levanto, ainda desanimado. Mas eu não podia ficar sentado a noite toda, eu tinha um trabalho a se fazer. Recolho as roupas espalhas e as junto no cesto de roupas sujas, vou até a pia do banheiro para recolher as toalhas, e foi então que me deparei com o meu reflexo no espelho. Meus cabelos precisando de um corte, barba por fazer, pele seca e uma barriga estava começando a aparecer. Em nada eu me parecia com o homem por quem Magnus havia se apaixonado.

Nosso céu Particular ( Malec )Donde viven las historias. Descúbrelo ahora