Can I call you mine?

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Voltaram para a sua cama improvisada de lenções branco bem a frente de uma grande fogueira. Ambos sentiam que poderiam passar o resto de suas vidas naquele lugar sem sentir a menor falta da civilização.

- Na próxima vez eu trarei a Catarina comigo. – Disse distraído olhando as chamas. – Ela vai adorar tudo isso aqui.

- Quem é Catarina?

- É a minha segunda melhor amiga.

- E quem seria a primeira?

- O Sebastian, mas estamos meio afastados no momento. – Respondeu abaixando a cabeça e lembrando-se da ultima conversa que havia tido com seu melhor amigo. Sebastian era um bom amigo, o melhor, mas não entendia que ele nunca teria um lugar diferente em seu coração. O amava igual a um irmão e mesmo que tentasse, e ele tentou, não conseguia mudar essa realidade.

- E porque vocês se afastaram?

- Todo mundo dizia que Sebastian era apaixonado por mim, mas eu nunca acreditei. Eu não queria acreditar se é que você me entende... Então depois de uma noite de bebedeira ele acabou me beijando e eu retribui o beijo. Só me deu conta da besteira que fiz quando no dia seguinte ele me chamou para jantar e me pediu em namoro.

- E o que você respondeu? - Perguntou nervoso roendo uma das unhas.

- Disse que o amava igual a um irmão.

- Suponho que ele não tenha aceitado muito bem.

- Ele ficou louco. Espatifou a taça de vinho no chão e disse que eu iria terminar meus dias igual a meu pai, esperando um amor que nunca iria chegar.

- Ele é um idiota.

- Ele não é idiota, só estava magoado.

- Depois de tudo o que ele fez você ainda o defende?

- Sebastian sempre foi um bom amigo e eu nunca vou me esquecer de tudo o que ele fez por mim. Ele foi à única pessoa que amou incondicionalmente. Nos piores momentos ele sempre esteve ao meu lado. – Disse lembrando-se do olhar triste que recebeu de seu melhor amigo naquela noite. - O único errado nesse historia sou eu, se não tivesse retribuído o beijo, nada daquilo teria acontecido. Eu abri a porta e quando ele tentou entrar, eu a fechei bem no meio da sua cara.

- Você não pode mandar no seu coração.

- Eu bem que gostaria, mas infelizmente o coração tem suas próprias razões que a própria razão desconhece. – Filosofou.

- Mesmo depois de me conhecer você ainda gostaria de mandar em seus sentimentos?

- Estou sentindo uma pitada de ciúmes vinda de você, Alexander?

- Eu não posso sentir ciúmes do meu namorado?

- Eu amo quando você me chama de, meu namorado!

- E eu não canso de dizer que você é meu. Só meu, entendeu?

Não gostou nadinha do jeito como Magnus pronunciava o nome desse tal amigo e alguma coisa dentro dele sentia que ainda teria muitos problemas com essa amizade, mas não queria estragar aquele momento com ciúmes infundados. Iria pensar no problema somente quando ele batesse em sua porta, por enquanto, iria viver o momento ao lado de seu namorado.

- Ouvi dizer que perto do hotel onde estamos hospedados tem uma piscina natural. – Disse Alec mudando de assunto. – Dizem que é muito bonito e que você consegui nadar com os peixes. O que você acha de irmos amanhã?

- Eu adoraria, mas meu voo sai meio dia. - Respondeu tristonho lembrando-se de que aquela era a ultima noite ao lado de seu namorado.

- E você só me diz isso agora?

Nosso céu Particular ( Malec )Where stories live. Discover now