Agora Eu Quero Ir

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Tive que aguentar a sua falta de atenção, a sua falta de interesse em relação ao casamento e a sua falta de carinho, mas não irei aguentar vê-lo para cima e para baixo com aquela loira de farmácia.

Abri a porta para que Maryse pudesse finalmente ir embora, ela se levantou em silencio e foi embora sem criar mais problemas.

Voltei meu olhar para o Alexander que me observava com aparente irritação.

- O que a Maryse queria tanto conversar com você? – Perguntou assim que eu ela saiu. – Tenho certeza de que ela encheu a sua cabeça com mentiras, é só isso que ela faz, mentir, mentir e mentir. - Tarelava sem parar. – Ela está morrendo de medo do testamento do meu pai, aparentemente ele a deixou com uma mão na frente e a outra atrás. – Riu sarcástico. – Mas se ela pensa que vai conseguir alguma coisa fingindo ser uma boa pessoa, ela está muito enganada.

- Desde quando vocês estão trabalhando junto? – Perguntei ignorando por completo o que ele havia dito.

- Você vai insistir nessa história?

- Me responda, Alexander!

- Desde o velório do meu pai. – Respondeu. – Nós conversamos depois que você foi embora e ela me contou tudo o que seu pai havia feito para se vingar da minha família, a Lydia se sentia culpada, afinal de contas, ele só fez aquilo tudo porque achou que ela ficaria feliz com a nossa desgraça. – Olhou para mim com seu olhar de cachorro que caiu da mudança. – Ela gostava muito do meu pai e insistiu em me ajudar.

- E porque você não me contou antes?

- Porque eu não achei relevante, afinal, a Lydia é apenas uma das oito pessoas que estão me ajudando nessa empreitada.

- A Lydia não é apenas mais uma pessoa, ela é a mulher que você deixou praticamente plantada no altar.

- Magnus...

- Aquela mulher é completamente apaixonada por você e essa história de te ajudar é apenas uma desculpa para se aproximar de você. Droga, Alexander!

- A Lydia conhece a minha preferência sexual. – Disse como se fosse a coisa mais simples do mundo. –

- Você muda de preferência muito rápido, Alexander. – Zombei – Ou você se esqueceu que já teve um relacionamento com aquela mulher?

- Agora você está me ofendendo. – Disse começando a perder a paciência.

- Eu é quem deveria estar se sentindo ofendido. – Fechei a porta que ainda estava aberta desde que Maryse saiu. – Quando a gente voltou, você me prometeu que nunca mais voltaria a mentir para mim, e olha nós aqui brigando outra vez por causa disso.

- Eu não menti. – Se defendeu. – Eu ia te contar, só estava esperando o momento certo para te dizer.

- E enquanto esse dia não chegava, você continuaria me fazendo de idiota? – Quanto mais ele falava, mais irritado eu ficava.

- Você não é um idiota, você é o amor da minha vida. – Deu um passo em minha direção, mas eu dei dois passados para longe dele.

- Para onde você foi depois do funeral? – Perguntei curioso.

- Eu fui dá uma volta no calçadão, precisava de um tempo para acalmar o meu coração, e sabe o que eu descobri quando cheguei no final da orla? Eu descobri o quanto eu fui um idiota com você essa semana. Então eu fui a floricultura e comprei rosas brancas, as suas favoritas. – Olhou para o buque que estava estirado no chão. – Me perdoa por ter sido um idiota desde a morte do meu pai, me perdoa pelo chilique que eu dei no funeral e me dperdoa por não ter te contado que estou trabalhando com a Lydia. Você consegue perdoar esse idiota que te ama mais do que tudo nesse mundo?

Nosso céu Particular ( Malec )Where stories live. Discover now