Your Heart Is All I Own

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Quando a Maryse me procurou a cerca de dois meses com um dossiê sobre a família Branwell, eu a coloquei para fora da minha casa, não queria saber de nada relacionado a ela e muito menos aquela família maldita. Mas depois do que aconteceu com o Max e agora com o Magnus, eu percebi que me unir a ela seria o único jeito. A família Branwell é muito poderosa e não seria uma simples denúncia a polícia que iria para-los. Eu precisava tomar uma atitude drástica, eu precisaria me unir a uma das pessoas que eu mais desprezo nesse mundo. Minha mãe, por incrível que pareça, ela era a minha única opção.

Olhei para Magnus e não consegui imaginar a minha vida sem ele ao meu lado. Não suportaria a minha vida sem o seu sorriso largo, seus olhos puxados e sem a sua presença marcante. Eu amava aquele homem e somente a hipótese de perde-lo me deixava louco. Então, eu teria que fazer o que jurei para mim mesmo que nunca mais voltaria a fazer, terei que me igualar aos piores para salvar a minha família.

— A minha avó vai ficar tão feliz quando descobrir que ganhou um bisneto. — Disse chamando a minha atenção. — Ela nunca vai admitir isso, mas eu sei que ela ficou triste quando eu assumi minha homossexualidade. — Passou o dedo indicador no visor do celular. — Ele sempre sonhou em ter um bisneto, uma criança correndo pela casa e quebrando seus objetos de cristal. — Sorriu. — Eu nem posso imaginar o tamanho da felicidade que ela vai sentir quando descobrir que o Max existe.

— Eu aposto que não vai se comparar a felicidade eu que senti quando te vi parado me observando no calçadão. — Aquele foi um dos dias mais felizes da minha vida. Quando eu pensei que tudo havia acabado, que o amor do Magnus havia acabado, eis que ele surgiu do nada. — Você usando a minha jaqueta, com as mãos na cintura e morrendo de ciúmes. Você estava tão lindo, tão irritado, tão enciumado.

— Eu não estava com ciúmes, Alexander. — Fechou a cara. — Eu estava morrendo de ódio daquele tal de Pietro. Quem ele pensa que é para me chamar de egoísta e tentar roubar o que é meu usando argumentos tão pobres como aqueles? Eu não era apaixonado por você? E desde quando ele está em meu coração para saber o que eu sinto ou o que eu deixo de sentir? Ninguém, ele não é ninguém. — Bufou.

— Então, o que você sentiu foi apenas sentimento de posse? — Pergunto desanimado.

Magnus respirou fundo, olhou pela janela do carro e voltou novamente seus olhos para mim.

— Tudo bem, Alexander Lightwood. — Disse irritado. Magnus odiava admitir que sentia ciúmes, mesmo sendo extremamente ciumento. — Eu estava morrendo de ciúmes, está feliz? O Pietro é um arquiteto renomado, é alto e tem aqueles olhos azuis maravilhosos, eu estava morrendo de ciúmes dele. — Admitiu. — Eu fico louco só de imaginar a possibilidade de vocês terem ficados juntos.

Não era uma boa hora para dizer o que havia acontecido entre a gente, mas eu havia prometido para o Magnus que não haveria mais segredos na nossa relação, então, eu tinha que contar toda a verdade, custe o que custasse.

— Eu preciso te contar uma coisa sobre o Pietro. — Não era uma boa hora, Magnus teve uma arma apontada para a sua cabeça em menos de dez minutos e eu estava dirigindo, mas se eu não contasse agora, provavelmente não contaria nunca. — O Pietro costumava dormir na minha cama.

— Eu já admiti que tenho ciúmes, então, por favor, pare de me provocar.

— Não é uma provocação. — Estacionei o carro no meio-fio. — Eu fiquei muito triste depois que você terminou comigo. — Muito triste? Eu fiquei destruído. — Não saia do meu quarto nem para comer, foi então que a Isabelle me deu a ideia de comprar o restaurante, eu conheci o Pietro, foi amizade instantânea. Ele gostava dos mesmos filmes, das mesmas músicas e até mesmo das mesmas séries. Um dia, depois de ver uma postagem sua no Instagram, eu fiquei extremamente triste e não fui supervisionar as obras do restaurante, então ele foi até a minha casa para ver o que tinha acontecido, a gente bebeu um pouco e...

Nosso céu Particular ( Malec )Where stories live. Discover now