Boyfriends!

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Magnus não conseguia segurar as lágrimas que insistiam em cair. Sempre sonhou em viver uma grande historia de amor e agora que estava acontecendo não conseguia acreditar que aquilo tudo era real. Alexander era seu sonho que virou realidade.

Correu para os braços do seu amado e lhe deu um abraço apertado. Como não existiam palavras que pudesse descrever o quanto tudo aquilo era especial para ele, decidiu deixar seu corpo dizer o seu coração estava sentindo.

Tocou com delicadeza o rosto de Alec, tateando cada centímetro como se precisasse ter certeza de que ele era real e depositou um singelo beijo em seus lábios.

- Você gostou? - Perguntou parecendo ansioso.

- Eu amei. - Disse aprofundando ainda mais seus lábios nos de Alec. - Eu amo você.

- Eu também te amo.

Caminharam abraçados até o lençol estendido a frente da fogueira e observaram o sol se escondendo no meio do oceano.

- O por do sol é o encontro dos amantes. - Disse Magnus com a cabeça apoiada no colo de Alec. - Conta à lenda que Sol e a Lua se encontraram pela primeira vez, se apaixonaram perdidamente e a partir daí começaram a viver um grande amor. Acontece que o mundo ainda não existia e no dia que Deus resolveu criá-lo, deu-lhes então toque final... O brilho! Ficou decidido também que o Sol iluminaria o dia e que a Lua iluminaria a noite, sendo assim, seriam obrigados a viverem separados. Eles ficaram muito tristes quando descobrirem que nunca mais iriam se encontrariam. A Lua foi ficando cada vez mais amargurada, mesmo com o brilho que Deus havia lhe dado, ela foi se tornando amarga e solitária. Vendo o sofrimento de ambos, Deus decidiu que nenhum amor nesse mundo seria de todo impossível. Nem mesmo o do Sol e o da Lua... E foi aí então que ele criou o por do sol. E é nesse momento que eles matam a saudade um do outro.

- É uma historia muito triste. - Concluiu ainda admirando aquela imensidão.

- Mas pelo menos eles estão juntos no final do dia. São poucos minutos, mas para quem ama de verdade, um segundo já é o suficiente.

- É engraçado como a nossa opinião muda em fração de segundos.

- Do que você esta se referindo?

- Quando Jace escolheu a carreira de ator e nos deixou eu me revoltei, não conseguia entender como uma pessoa escolhe uma profissão e deixa a família de lado. A família que é a coisa mais importante em nossas vidas. Eu não entendia até agora.

- Alec...

- Não estou te prometendo que a nossa vida vai ser um paraíso como o que estamos vivendo aqui agora. Vamos ter que enfrentar muitos obstáculos incluindo a minha família, mas te prometo que se você estiver ao meu lado nós seremos muitos felizes juntos.

- Eu nunca vou te deixar. - Disse levantando uma das mãos para acariciar o rosto do amado.

- Promete?

- É claro que eu prometo. Na alegria e na tristeza, esqueceu?

- Na alegria e na tristeza. - Repediu dando um leve beijo na testa do seu quase namorado.

Ficaram naquela posição até que o sol se escondeu por completo por entre a água dando lugar a lua que agora iluminava o céu.

- Você sabe como surgiu o dia dos namorados?

- Surgiu da necessidade dos comerciantes em arrancar mais dinheiro do nosso bolso?

- Claro que não Alexander. - Respondeu olhando serio. - Diz à lenda que o imperador, Cláudio II, havia proibido os casamentos em tempo de guerra. Ele acreditava que homens solteiros eram melhores soltados, mas havia um padre chamado Valentim, que por pena achou aquela medida injusta e continuou a celebrar os casamentos entre os jovens soltados. Quando o imperador descobriu o condenou a morte, mas eis que antes da execução, Valentim acabou se apaixonando pela filha cega do carcereiro e no dia da sua execução escreveu-lhe uma carta de amor.

- Ele escreveu uma carta para uma mulher cega? - Perguntou em tom divertido.

- É aqui que esta o milagre na historia Alexander. Assim que ela abriu aquela carta, imediatamente a sua visão foi devolvida. Ela voltou a ver graças ao poder do amor que Valentim sentia por ela. E é por isso que comemoramos o dia dos namorados, o dia de São Valentim.

- Estou sentindo cheiro de indireta no ar, Magnus Bane!

- Não sei do que você esta falando. - Se fez de desentendido. Era incrível que Alec tenha entendido sem que ele precisasse ter que desenhar.

Delicadamente, o jovem Ligtwood fez com que Magnus levantasse de seu colo, olhou no fundo daqueles grandes olhos castanhos e fez o pedido.

- Você me daria á honra de ser seu namorado?

- Vamos entender isso por um ponto logico. - Disse olhando para o céu fingindo pensar. - Quando seus pais descobrirem que estamos juntos você provavelmente vai ser deserdado, certo?

- Sim.

- Isso significa que você vai ser um pobre menino com grandes olhos verdes , certo?

- Basicamente falando, sim.

- Nada de dinheiro?

- Magnus... - Lá estava ele todo nervoso e Magnus fazendo piada.

- Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza. É claro que eu aceito seu bobo.

Magnus aproximou seus lábios nos de Alec que por sua vez fechou os olhos deixando que seus lábios se enchessem dos de Magnus.

Seus lábios se encaixavam perfeitamente, assim como seus corpos, Magnusse moldou nos braços de Alec, que o segurava forme temendo a possibilidade deperdê-lo.





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Eu gosto tanto da lenda de amor entre o Sol e a Lua que decidi menciona-la aqui. Espero que gostem.

Um GRANDE beijo e uma ótima leitura!

Nosso céu Particular ( Malec )Où les histoires vivent. Découvrez maintenant