Nosso céu Particular ( Malec )

TodoMundoOdeiaAMaryse.

- Espero que essa ideia de usar um vestido de noiva seja mais uma de suas brincadeiras de mal gosto. – Disse Maryse tentando controlar o ódio que estava sentindo.

- Eu estou falando sério. – Deu um beijo nos lábios do seu marido e se juntou a sua cunhada que estava deitada no sofá. Sentou-se junto a ela colocando a sua cabeça em seu colo. – Eu estava vendo uns sites sobre casamentos gays e esse tipo de roupa é a nova moda. – Pegou o celular em seu bolso. Começou a tateá-lo procurando alguns modelos no google. – Dá só uma olhadinha, Izzy! – Mostrou a foto de um homem usando um vestido de noiva todo esvoaçante. Cobria até o joelho e nos pés ele usava uma bota branca cano longo que cobria o resto das pernas que ficaram à mostra. Na cabeça ele trazia uma tiara de ouro branco cheia de cristais. E nas mãos, um boque de rosas vermelhas.

- Você vai ficar lindo com esse look, cunhadinho. - . Disse entendendo as intenções de Magnus. Ele estava provocando a sua mãe e aquele era o seu passatempo favorito. Decidiu ajuda-lo. – Mas você vai ter que deixar o cabelo crescer para poder usar a tiara.

- Eu estava pensando em abolir a tiara e usar um chapéu branco.

- Vai ficar estranho sem a tiara. Ainda mais se você usar o salto agulha.

- Mulher! – Soltou totalmente a franga. Iria ser o mais gay possível se isso significasse irritar ainda mais a sua sogra. – Esse é o problema.

- Você não sabe usar salto alto?

- Eu usei muito quando fazia shows como transformista, mas já faz algum tempo. Não sei se ainda sei andar de salto.

- Você já foi transformista? – Perguntou Isabelle dando risada.

- Fiz alguns shows na época da faculdade.

- Você usava vestido, salto alto e batia cabelo?

- Claro né. – Se juntou a cunhada na gargalhada. – Tinha gente que até me confundia com mulher. Mas já faz muito tempo.

- Tive uma ideia. – Disse a cunhada levantando-se e pegando as suas botas que estavam jogadas em um canto da sala. – Vamos treinar um pouco. Afinal de contas, você não pode desistir de um look tão incrível por causa de um detalhe bobo como esse. – Pegou um as botas e tentou enfiar no pé de Magnus. – Vai ficar meio apertado, mas eu acho que entra.

Tentaram coloca-la de todos o jeito, mas infelizmente não conseguiram. Magnus calçava 42 enquanto a sua cunhada calçava 35. Era uma operação impossível de se realizar.

- Mamãe! – Isabelle estava gostando da brincadeira. Decidiu leva-la a um outro nível. – A senhora calça 39 não calça?

- Nem vem, Isabelle. – Não teve nem chance de terminar sua frase. Quando se deu conta, sua filha mais nova já havia tirado seus sapatos.

– Nunca pensei que ficaria feliz pela senhora ter um pé masculino. – Provocou ainda mais sabendo o quanto a sua mãe odiava o tamanho dos seus pés. – Esse sim vai servir.

Ficou meio apertado, mas entrou. Magnus se levantou com um pouco de dificuldade. Afinal de contas, havia mentido quando disseque já havia usando um. Mas até que para a primeira vez ele se saiu muito bem. Andou de um lado para o outro na sala e até arriscou dar uns passos de dança. Maryse ia ficando cada vez mais irritada, mas não perdia a pose. Aquela mulher era uma rocha quando o assunto era manter as aparências. Mas infelizmente para ela, aquilo era só o começo.

- Agora é só ir praticando até o casamento. – Disse Isabelle feliz pelo resultado. – Tenho certeza que até o casamento você vai estar mais do que perfeito.

- Eu espero que sim! Eu odiaria cair de cara no chão na frente dos convidados. – Viu quando sua sofra sorriu. Provavelmente imaginando a cena.

- E as madrinhas? Você já escolheu? – Perguntou meio que se oferecendo para o cargo.

- Madrinhas?

- Sim. A noiva precisa de suas madrinhas.

- Verdade, Izzy! Eu não tinha pensado nisso.

- Pois deveria. Os padrinhos são peças importantíssimas em um casamento.

- Eu iria adorar ter a minha cunhada como uma de minhas madrinhas. – Disse Magnus emocionado. Aquilo começou como uma brincadeira para irritar a sua sogra, mas estava adorando planejar os preparativos do casamento com uma pessoa tão maravilhosa quanto Isabelle.

- Serio? – Perguntou pulando em seus braços. – Eu iria adorar.

- Então está mais do que escolhido. Você vai ficar ao lado do Simon no altar.

- Simon?

- Ele é um grande amigo meu.

- Gay?

- Infelizmente não. – Piscou para seu marido vendo que ele fechou a cara com aquele comentário. – Ele é um menino incrível. – Disse tentando vender o peixe do amigo. – Ele canta como ninguém e ainda é um poeta. Está escrevendo um livro de poesia que retrata o amor no passar dos séculos. Acho que vocês vão se dar muito bem.

- Eu não gosto de poesia. – Na verdade ela não gostava de nada que lembrasse o amor. Ainda não havia superado a morte de seu namorado de escola. Por isso sempre arrumava homens pelos quais ela nunca iria se apaixonar. Esse era seu jeito de nunca mais voltar a sofrer por amor. – Como madrinha eu tenho o prazer de lhe informar que teremos muito trabalho pela frente. – Mudou de assunto. Não estava interessada nos atributos desse tal Simon. – Nós precisamos escolher a decoração, a comida que vai ser servida, a música e o local da cerimônia. – Levou as mãos à cabeça. – É tanta coisa para organizar.

- Não se preocupe porque você vai ter muito tempo. Afinal de contas, vai demorar muito tempo até seu irmão sair dessa maldita cadeira. – Disse Maryse cheia de veneno.

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A brincadeira apenas começou meus amores! No próximo capítula vai ter muito mais. #TodoMundoOdeiaAMaryse.

Espero que vocês tenham gostado do capitulo porque eu sinceramente amei escreve-lo. Dei altas risadas imaginando o Magnus entrando daquele jeito na igreja.

Um grande beijo no coração e obrigada por tudo.