Sebastian?!

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- Você não se lembra dos seus pais e irmãos conversando com você?

- Não. A única coisa que me lembro é da sua voz me dizendo que me amava e que me queria de voltar. A sua era a única voz que eu queria escutar enquanto estive em coma.

Aquela descoberta foi um alivio. Odiaria descobrir que Alec escutou a briga que teve com a Maryse um pouco antes dele despertar do coma. Ela havia lhe tido palavras tão dura sobre o seu marido e o relacionamento dos dois. Odiaria descobrir que ele presenciou aquele momento degradante entre sogra e genro.

- Se você continuar me dizendo palavras tão doces, eu vou terminar esse jogo e vou te levar direito para o nosso quarto sem jantar, mocinho.

- Essa é a intenção. – Disse se aproximando. – E se você ainda não percebeu... A gente combinou cinco perguntas, eu já respondi oito e você ainda continua de cueca.

- Você anda muito assanhado para um homem que acabou de sair do hospital. – Deu um passo para trás. Estava adorando aquele jogo de morde e assopra.

- Eu só estou morrendo de saudades do corpo do homem com quem me casei, mas se o sentimento não é recíproco eu entendo. Afinal de contas... Eu não quero te obrigar a nada. – Foi na direção da cozinha fingindo estar chateado.

Mal terminou de virar a cadeira e Magnus já estava novamente sentado em seu colo beijando seu pescoço e acariciando o seu tórax por cima da camisa.

- Você é um chantagista. – Disse beijando a clavícula do marido. – Você sabe que eu nunca vou deixar de desejar o seu corpo. Eu nunca vou deixar te desejar nada em você. – Levantou-se ainda sem folego e retirou a última peça de roupa que faltava. – Aqui está o seu prêmio. – Sorriu ficando corado. – Você pode fazer o que quiser com ele.

- Qualquer coisa? – Perguntou com um sorriso cheio de malicia.

- Qualquer coisa. – Aquele dia estava prometendo surpresa inimagináveis. O olhar do Alexander estava prometendo segundas, terceiras e quartas intenções e ele estava adorando. Estava morrendo de curiosidade para saber como aquele dia iria terminar. Provavelmente com os dois desmaiados e suados em cima da cama.

- Eu vou buscar uma coisa na cozinha, me espera no quarto.

Magnus sentiu um friozinho gostoso na espinha. Aquele dia realmente estava prometendo.

Deu um longo beijo no marido e seguiu o caminho que dava para o quarto. Não via a hora de descobrir o que ele estava aprontando. Será que era alguma coisa que ele espalharia em seu corpo? Chantilly talvez? Estava muito curioso. Droga! Pensou ele escutando uma batida na porta. Sempre que ele estava prestes a consumar o seu casamento aparecia uma pessoa para estragar aquele momento. Se for a sua querida sofra novamente ela iria levar uns belos de uns tapas para aprender a não atrapalhar a vida sexual das pessoas.

Muito contrariado, recolocou as roupas que havia retirado e seguiu em direção a porta. Olhou pelo olho magico e teve uma grande surpresa. Era Sebastian segurando uma enorme cesta de café da manhã. Estava sorrindo. Parecendo feliz por estar ali. Mas o que ele estava fazendo em sua porta depois de tanto tempo? Depois da última conversa que eles tiveram ele deixou bem claro que não queria voltar a vê-lo e sempre que ele tentava algum tipo de aproximação era rejeitado pelo amigo de infância. Aquilo tudo estava muito estranho.

Respirou fundo para tentar controlar o nervosismo que estava sentindo e abriu a porta.

- Oi! – Disse a primeira coisa que veio em sua cabeça.

- Você não vai dá um abraço no seu melhor amigo? – Pediu deixando a cesta no chão e abrindo os braços.

- Você deixou bem claro que não éramos mais amigos na nossa última conversa. – Respondeu ainda magoado. O amava como um irmão e ouvi-lo dizer que o odiava foram palavras difíceis de digerir.

- Eu sei que fui um completo idiota e eu não tenho palavras o suficiente para descrever o quanto eu estou arrependido pelo o que eu falei. – Abaixou os brações vendo que Magnus havia recusado o seu abraço. – Me desculpa.

- Você sabe que eu nunca ficaria com raiva de você, seu tonto. – Disse lhe dando um forte abraço. – Eu estava morrendo de saudades de você.

- Eu realmente sinto muito pelo o que disse na última vez que conversamos. – Disse ainda o abraçando. – Depois que perdi os meus pais você foi a única coisa que me restou nesse mundo. Você é a pessoa mais importante na minha vida e eu te amo muito Magnus Bane.

- Desde quando você se tornou esse homem tão emotivo? – Disse separando-se do abraço.

- Desde o dia que me vi sem o meu melhor amigo. – Respondeu pegando a cesta e a colocando em cima do sofá. – E qual são os seus planos para amanhã?

- Amanhã?

- Amanhã é o seu aniversário ou você se esqueceu disso?

- Você se lembrou?

- É claro que sim. Porque você acha que eu trouxe a cesta de café da manhã?

- Porque você havia feito uma grande merda e eu merecia ganhar um grande presente?

- Eu já fiz merdas bem maiores e a única coisa que você recebeu foi um pedido sem graça de desculpas. – Respondeu abrindo a cesta e pegando um dos chocolates que havia dentro dela.

- Ei! – Disse vendo a cena. – Esse chocolate é meu.

- Larga de ser egoísta, Bane.- Abriu a embalagem.

Magnus pulou em cima do amigo tentando retirar o doce de suas mãos. Rolaram no chão da sala feito crianças e quando ele finalmente conseguiu retirar o doce da mão do amigo, pode ver seu marido os observando de longe.

- Interrompo algo? – Perguntou não escondendo a irritação que estava sentindo.

- Claro que não meu amor. – Respondeu levantando-se no chão e indo ao seu encontro. – Esse é o Sebastian. – Apresentou.


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Ainda não sei se o Sebastian será o parceiro da Maryse em seu plano para separar o casal ou se ele será somente um melhor amigo. Tenho alguns rascunhos e quando os colocar na tela do Word eu decido. Espero que vocês tenham gostado.

Um grande beijo no coração!!!

No pares. No pares. No pares nunca de soñar. No tengas miedo de volar. Vive tu vida. 

Nosso céu Particular ( Malec )Where stories live. Discover now