Matando a Saudade

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Paro meus movimentos e vejo o rosto do meu amado, Alexander tomar uma tonalidade jamais vista antes. Era um vermelho alaranjado e eu tive a impressão de que as suas bochechas iriam estourar a qualquer momento. Vi quando ele saiu correndo e se trancou dentro do box devido a vergonha que estava sentindo. Nunca o havia visto naquele jeito, nem mesmo quando seu irmão mais velho nos pegou dando uns amassos na cama do hospital.

Ainda sorrindo eu abro a porta do box e o encontro sentado no canto do banheiro em estado fetal. Se ele pudesse, provavelmente abriria um buraco para enfiar a sua cabeça devido a vergonha que estava sentindo.

- Estou procurando a graça. – Disse quando viu o sorriso em meus lábios. – A Isabelle não deveria ter nós visto daquele jeito. Droga, Magnus!

Voltei a sorrir, mas controlei o ímpeto dessa vez. Alexander não parecia estar para brincadeira naquele momento.

- Pensa no ponto positivo dessa história.

- E qual seria?

- Ela provavelmente vai aprender a bater na porta antes de sair entrando. – Respondi me aproximando. – A Isabelle não é mais uma menininha inocente, meu amor. – Sento ao seu lado e começo a mordiscar a sua orelha. – E a gente provavelmente não foi o primeiro nem será o último casal que ela encontrou transando. – Desço meus lábios para seu pescoço e toco seu membro com a ponta dos dedos. – Vamos voltar para o que a gente estava fazendo e depois gente pensa na sua irmã e no que ela achou ou deixou de achar.

- Magnus, por favor. – Tentou argumentar, mas já era tarde mais.

Ele perdeu por completo a razão quando sentiu meus lábios escorregando até o seu membro. Deixou de lado seus temores e te entregou por completo ao prazer que meus lábios estavam lhe proporcionado.

Aquele era um truque ensinado pela Catarina: Sempre que você estiver perdendo uma discussão com o seu parceiro ou simplesmente não quer conversar a respeito, é só descer seus lábios até a parte mais sensível do seu namorado que ele vai esquecer de absolutamente tudo. Lembrete pessoa: Eu preciso agradecer a Catarina pela dica.

- Vamos esquecer a sua irmã e o resto do mundo. – Digo introduzindo ainda mais o seu membro para dentro da minha boca. Alexander gemeu baixinho e acariciou meu cabelo implorando para que eu intensificasse ainda mais as minhas caricias. Obedeci a sua suplica e quando ele estava prestes a preencher a minha boca, o vejo se levantando e me jogando de encontro a parede do box.

- É isso o que você quer? – Perguntou roçando seu membro em minhas costas.

- Sim. – Respondi com as pernas bambas. Aquilo tudo era muito sensual. Alexander nunca o havia tratado daquele jeito. Gostou do que estava acontecendo.

- Seja mais claro, Sr. Bane. – Disse mordiscando o meu pescoço e pressionando meu corpo contra a parede. – Eu quero você me diga exatamente o que você deseja de mim.

- Eu quero você dentro de mim. – Implorei.

Ele nada disse. Apenas deu um sorriso sensual, abriu minhas pernas e fez o que eu havia pedido. Sinto meu corpo sendo preenchido pelo dele e por vários momentos eu pensei que minhas pernas não aguentariam tudo aquilo. Mas sempre que pensava que iria cair, Alexander segurava meu corpo e o pressionada ainda mais para dentro do dele.

Não demorou muito para que caíssemos no chão ofegantes e suados. Aquele foi o melhor sexo de toda a minha vida. Pensei apoiando a minha cabeça em seu peito.

- Eu pensei que nunca voltaria a sentir o seu corpo tão junto ao meu. – Digo ainda inebriado pelo desejo. – Eu me lembro de tudo. – Aquele não era o momento para eles terem aquela conversa, mas quando se deu conta, a conversa já havia surgido e ele não podia simplesmente deixar para lá. – Eu acredito que o que aconteceu comigo foi um castigo divino por eu ter tentado tirar a minha própria vida. – Olhou para o seu amado que estava o observando com carinho. – Eu estava ciente de tudo o que estava acontecendo ao meu redor e eu não podia fazer nada para consolar as pessoas que eu amava. – Deixo as lagrimas tomarem conta. - Eu realmente estou muito arrependido pelo que eu fiz, meu amor. – Abaixo meu rosto, estava envergonhado. – Eu sinto por não ter acreditado na força do nosso amor, eu sinto por me deixado levar pelo desespero e entrar naquela maldita água e eu realmente sinto por não ter acreditado quando você disse que o Sebastian não era de confiança. – Sebastian. Ele foi a pior decepção de toda a sua vida.

- O Sebastian não é tão ruim assim. – Disse tentando intervir.

- Qual a parte do "eu me lembro de tudo" você não entendeu? – Perguntei irritado. – Quando eu estava na clínica eu podia ouvir o Sebastian me confessando seus pecados acreditando que eu não podia ouvi-lo. Ouvi ele contando sobre a carta falta e sobre o plano da sua mãe de me colocar na cadeia. O Sebastian nunca pensou na minha felicidade ou no que eu realmente queria da minha vida.

- Ele deixou que o amor que ele sentia por você o cegasse para certas coisas.

- Eu sei o que você está tentando fazer, mas não precisa, o fato dele não estar mais na minha vida não é motivo de tristeza, Sebastian nunca foi um bom amigo e eu estou feliz por ele não estar mais por perto.

- Você realmente se lembra de tudo. – Disse com uma tristeza estranha em sua voz. – Porque você fugiu de mim quando eu tentei te beijar? - Perguntou finalmente.

- Não fui eu quem saiu correndo naquele disse. – Volto a chorar. – Meu corpo não respondia aos meus instintos. Você não faz ideia de como foi difícil para mim ver meu corpo se afastando de você sem que eu pudesse fazer nada para impedi-lo. Eu via você se trancando no banheiro para chorar, via você implorando que eu desse um sinal de que estava te ouvindo, mas meu corpo simplesmente não respondia. Eu estava aprisionado dentro do meu próprio corpo.

- E como você voltou para mim? - Perguntou acariciando meus cabelos.

- Você veio para o banheiro e eu sabia que você se trancava aqui quando precisava chorar. Quando me dei conta eu já estava parado te observando de longe. Não sei exatamente o que aconteceu, mas eu agradeço a Deus por essa nova oportunidade e eu prometo que nunca mais voltarei a fazer uma loucura como aquela novamente. Você pode me perdoar pelo que eu fiz?

- Só se você me prometer que nunca mais vai duvidar do amor que eu sinto por você. – Pediu acariciando o meu rosto. – Eu te amo e não há nada nesse mundo que vá mudar o que eu sinto. – Sorriu. – Agora me prometa que nunca mais vai duvidar do nosso amor.

- Eu prometo.

Voltamos a nós beijar, mas o beijo não foi tão intenso e desesperado como o anterior. Ainda existia uma pitada de desejo, mas ele era um beijo doce. Um saboreando a boca do outro sem segunda intenções. Eram suas pessoas que se amavam e que estavam curtindo a presença um do outro.

- Acho melhor a gente sair desse chão antes que a gente pegue uma frieira. – Digo levantando-me.

- Foi você quem começou quando se ajoelhou a alguns minutos atrás. – Deu um sorriso sacana.

- Você não vale um centavo., Alexander Lightwood. – Finjo indignação.

- Nunca disse que valia. – Respondeu voltando a me beijar.

Eu escapo sorrateiro dos seus braços e saiu correndo do box.

- Vou conversar com a minha cunhadinha. – Pego um roupão. – Ela vai adorar descobrir que eu escutei seus planos para o casamento.

- Não sei como você tem coragem de olha-la depois do que aconteceu. – Voltou a ficar vermelho.

- Simples... Ela não é a minha irmã. - Mandei um beijo e fechei a porta.

Corro para a sala e vejo a minha cunhada olhando para o nada com um cigarro em uma mão e um copo de conhaque na outra.

- Você não tinha parado de fumar? – Perguntei sentando-me ao seu lado.

- Eu tinha. – Levou o cigarro até a boca. – Pelo menos até essa tarde. – Voltou a tragar. Ela realmente estava abalada com a cena que viu. – Eu te deixei por alguns minutos comendo um biscoito e quando eu te encontro você estava quase comendo o meu irmão.



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Eu gostaria de agradecer de todo o coração pelos comentários do último capítulo. Eu estou extremamente feliz por cada um deles, vocês são os melhores leitores que eu poderia desejar. Obrigada de todo o coração pela alegria que vocês me deram nesse domingo sombrio para mim.

Um grande beijo no coração e por favor, continuem alegrando o meu dia com seus comentários. *-* 

Nosso céu Particular ( Malec )Kde žijí příběhy. Začni objevovat