You and me and all of the people

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Andou por cerca de vinte minutos até que conseguiu pegar um taxi que o levasse para o hotel onde encontraria seu namorado, o amor de sua vida, emburrado e cheio de perguntas. Perguntas essas que ele estava muito feliz em finalmente pode-las responder. Aquela seria a primeira vez desde que se conheceram que ele poderia ser 100% sincero. Não havia mais noivado para esconder, a única coisa que havia era um homem apaixonado que iria implorar de todas as maneiras possíveis para ser perdoado pela mentira.

Chegando ao hotel, nem parou para escutar o que o recepcionista estava lhe dizendo, a única coisa que desejava era o abraço apertado de seu namorado, lhe contar tudo o que havia acontecido, esperar de todo o coração que ele entendesse e que o perdoasse. Magnus era um homem extremamente ciumento e explosivo, mas ao mesmo tempo tinha um grande coração e o amava de verdade.

Pegou o elevador. Bateu uma, duas, três, quatro, cindo e nada dele aparecer. Aquele cabeça dura deve ter ido para aquele maldito passeio sozinho só para deixa-lo irritado. Era assim que seu namorado era, ciumento e impulsivo. Riu lembrando-se da cara que ele fazia quando estava enciumado.

- Boa tarde- Digo para o recepcionista do hotel. – Eu gostaria de saber se o hospede do apartamento 1002 se encontra no hotel?

- O senhor Bane fechou conta a mais ou menos a duas horas. – Respondeu após digitar alguma coisa em seu computador. – Ele lhe deixou esse envelope.

Não deixei que o pobre homem terminasse seu raciocínio. Corri feito um louco pelo estacionamento do hotel em busca do carro que havia alugado. O voo de Magnus sairia a menos de meia hora, o que significava que ele precisava correr para chegar a tempo de impedi-lo de ir embora. Fiz um trajeto de quarenta minutos em menos de trinta. Achei que teria tempo para explicar tudo o que havia acontecido, mas não deu, justo naquele dia o voo não atrasou, ele havia partido a menos de cinco minutos e com ele levou não somente seu namorado, como também a outra metade de seu coração.

Voltando para o hotel com o coração em pedaços, Alec tentava sem sucesso ligar para o celular de Magnus que por sua vez estava desligado. Não conseguia acreditar que Magnus não lhe havia dado o benefício da dúvida, simplesmente deixou que o ciúme guiasse seus atos esquecendo-se por completo todas as juras de amor que haviam trocado pela manhã. Era assim que ele dizia que o amava? Esse era o tamanho do amor que ele dizia sentir? Estava triste e irritado, mas não desistiria dele tão fácil assim. Se o amor de Magnus era fraco ao ponto de deixa-lo no primeiro obstáculo, o seu tinha força suficiente para os dois.

- Desculpe incomoda-lo. – Disse o recepcionista vendo a tristeza refletida no olhar de Alec. – Mas o senhor Bane lhe deixou esse envelope antes de partir.

Abri rapidamente sem me importar com as pessoas que passavam para lá e para cá, estava ansioso para saber o que havia ali. Era uma carta escrita com letras tremulas e com algumas manchas que ele pensou serem lagrimas.


"Meu querido Alexander:

Quando criança minha avó enchia a minha cabeça com as histórias de contos de fada. Contou da Branca de Neve, que graças a um beijo de amor verdadeiro foi despertada do sono da morte, contou sobre o destino mexendo os pauzinhos para que o príncipe Felipe encontrasse a princesa Aurora adormecida dentro de um castelo coberto de espinhos e contou-me também sobre a Bela, que conseguiu ver a beleza no coração da sua adorada Fera. E desde aquela época que eu sonho em viver uma história como as das princesas de Disney. Você provavelmente está rindo de mim nessa hora, mas eu não me importo. Nessa carta eu decidi que iria lhe dizer tudo o que meu coração estava falando sem me preocupar em parecer ridículo. Sim, eu sempre quis viver uma história de contos de fadas, mas ao mesmo tempo que sonhava em viver um grande amor, eu tinha medo, não sabia o motivo, mas sempre que surgir a possibilidade de me apaixonar, alguma coisa dentro de mim me dizia para fugir o mais rápido possível e assim eu fazia. Nunca deixei que meu coração se apaixonasse de verdade até que você apareceu na minha vida. Com seu sorriso tímido e seu jeito atrapalhado, você ganhou meu coração. Não tive tempo de fugir porque quando me dei conta, você já havia levado consigo meu corpo e coração. Quando você disse que me amava, pensei que poderia morrer feliz por finalmente ter encontrado uma pessoa que amava e que por sua vez me amava de voltam, mas quando você saiu por aquela porta eu finalmente entendi o motivo de sempre fugir do amor que tanto sonhava em sentir... Amor e sinônimo de dor e é graças a essa dor que estou lhe escrevendo essa carta. Nunca imaginei que você fosse capaz de me usar para diversão, mas assim você o fez. Estava querendo viver uma aventura antes de se casar e me escolheu para esse papel. Parece até história de novela. Menino rico e mimado vai se casar, mas antes quer aproveitar seus últimos momentos de liberdade com uma pessoa que acabou de conhecer, mas não pense que estou te culpado pelo que aconteceu, eu que fui o grande culpado nessa história toda, deveria ter visto as suas verdadeiras intenções, mas estava tão cego pelo amor que estava sentindo que preferi não ver os sinais que estavam bem na minha cara. Enfim...

Tenha uma boa vida Alexander e espero do fundo do meu coração que você nunca sinta o que estou sentindo nesse momento.

Att: Magnus Bane. "


Alec não imaginou que poderia ficar mais triste do que estava, mas estava enganado. Ele realmente havia mentido quando disse que era um homem livre, mas não havia mentido quando disse que o amava e não mentiu quando disse que enfrentaria a tudo e a todos para ficarem juntos. Magnus era seu mundo e agora mais do que nunca precisava encontra-lo para lhe explicar o que havia acontecido. A única pista que tinha sobre o paradeiro de Magnus era que ele dava aulas de literatura em uma universidade do Rio de Janeiro. Não era muito, mas era o suficiente. Iria ir a cada uma delas até encontra-lo. Leve o tempo que levar, ele não iria desistir até encontrar a outra metade de seu coração."

Agradeceu ao recepcionista pela atenção e pediu que ele fechasse a sua conta. Iria pegar o -primeiro voo para o rio e começar a sua buscar o quanto ante. Mas ao abrir a porta de seu quarto, entendeu como Magnus havia descoberto a verdade.

- Espero que essa tristeza não seja por causa daquele homenzinho peculiar. – Disse Maryse sentada na beira da sua cama com um copo de whisky na mão.  

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Mais um momento ninguém me perguntou, mas vou contar mesmo assim:

Eu não tenho o costume de deligar o notebook, escrevo os capítulos e não salvo porque mesmo que ele fique louco e desligue sozinho, meus textos estariam salvos pelo próprio Word, mas eis que não foi isso que aconteceu na sexta-feira. Quando cheguei em casa meu Notebook não só desligou sozinho como também deu pane e apagou tudo o que havia escrito. Levou consigo os dois capítulos dessa fic, como também um capítulo da outra que também escrevo e o que mais me doeu foi ter levado uma história que estava planejando postar no sábado. Era uma história tão fofa baseada na música, Superman do Five for fighting, enfim... fiquei tão triste que precisei de 24hs para digerir o que aconteceu. Reescrevi essa capitulo como pude e espero que vocês gostem e desde já peço desculpa por qualquer erro encontrado, ainda estou sem Word e escrevi esse capitulo no bloco de notas kkk

Um grande beijo no coração!

Nosso céu Particular ( Malec )Where stories live. Discover now