Festa do Pijama

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Perfeito. Essa era a palavra ideal para descrever o seu dia ao lado de, Alexander. Primeiro nós fomos dar uma volta pela orla da praia de Icaraí. Sentamos em um aconchegante quiosque e ficamos cerca de uma hora admirando as ondas do mar se quebrando na área. Aquela cena o transportou imediatamente para a praia em que se conheceram. Lembrou-se das primeiras palavras trocadas, dos primeiros toques e dos primeiros beijos. Tudo o que aconteceu entre eles, tanto as coisas boas quantos as ruins foram importantes, pois foi graças a eles que o seu amor era tão forte e solido.

Depois do almoço nós fomos a uma praça que ficava no final da praça. Era uma praça muito bonita e com arvores santanárias. Ficamos comendo pipoca e olhando as crianças brincando. Será que algum dia ele estaria naquela praça brincando com seus filhos? Será que ele vai ser um bom pai? E o Alexander? Provavelmente ele será o pai bonzinho que dá doces escondido enquanto eu serei o pai malvado que insiste que eles tenham uma alimentação saldável. Sorriu somente ao imaginar as brigas que eles teriam.

No final da tarde o seu marido chamou a sua atenção para o horário. Afinal de contas tinha uma festa de aniversário esperando por eles.

- Acho que está na hora de voltarmos para casa. – Disse o moreno ao pé do ouvido.

- Eu prefiro ficar aqui com você. – Respondeu manhoso. – Não quero que esse dia termine. Estou amando ficar aqui planejando o futuro ao seu lado.

- Eu também estou amando. Mas seus amigos estão te esperando e se você não aparecer a ruiva vai acabar com a minha raça.

- A sua cunhada é uma pessoa muito hostil. – Disse se referindo a Clary.

- A sua melhor amiga quem é. – Deu uma risada. – Agora vamos e, por favor.... Tente fingir surpresa. Eu odiaria ter que voltar para o hospital.

Pegaram o caminho de volta para casa conversando sobre o futuro e como eles estavam felizes por aquele dia.

- Preparado para a melhor festa da sua vida? – Perguntou animado. Estava muito feliz por proporcionar a Magnus momentos tão especiais como aqueles. Ele era a pessoa mais especial em sua vida. Magnus era a sua vida.

O aniversariante concordou fazendo uma cara de surpresa.

- Não acredito que vocês fizeram tudo isso para mim! – Levou as mãos até o rosto simulando uma crise de choro. – Vocês me engaram direitinho.

Alexander deu uma sonora gargalhada. Era muito engraçado vê-lo atoando daquele jeito.

- Já te disseram que você é um péssimo ator? – Não conseguia deixar de rir. Aquela cena estava realmente hilária. – Estou vendo que eu seu for depender da sua atuação, esse será o meu último dia de vida.

Magnus fez o que o marido lhe pediu. Fechou os olhos e adentrou no apartamento em silencio.

- Surpresa!!!

Ao abrir os olhos ele viu a cena mais bizarra de toda a sua vida. Seus amigos estavam usando um pijama mais ridículo do que o outro. Catarina estava usando um pijama de coelho com direito a rabinho e orelhas. Ragnor escolher o mesmo animal como inspiração. Foi hilário ver os dois usando roubas combinando. Olhou para o lado e constatou que o seu cunhado e a sua melhor amiga também decidiram combinar os pijamas. Não conseguiu controlar a risada quando viu o seu cunhado, um homem de quase dois metros de altura usando um pijama de gatinho. Ele havia até desenhado um bigode em seu rosto. Sebastian havia optado por um pijama tradicional. Estava usando uma cueca samba-canção e um roupão de seda por cima. Estava muito sexy siga-se de passagem. Simon era o único que não estava usando uma fantasia. Aquele menino tinha que ser o do contra. Era um estranho com um grande coração. Falando em estranhos com um grande coração, ele pode ver que a sua cunhada também estava na festa. Isabelle estava usando uma camisola de cetim que deixava boa parte do seu corpo amostra. Estava no fundo da sala com uma taça de vinho e um olhar distante.

Cumprimentou e agradeceu aos seus amigos pela festa e correu para o lado da sua cunhada. Estava muito feliz por ela estar ali compartilhando com ele esse dia tão especial.

- Fugiu de novo sua maluca? – Perguntou lhe dando um forte abraço.

- Eu não perderia essa festa por nada. – Respondeu retribuindo o carinho do cunhado.

- Então você fugiu? – Voltou a perguntar preocupado. Não conseguia nem imaginar o que a sua sogra faria se descobrisse.

- Não. – Sorriu. – Papai me trouxe.

- E porque ele não está aqui?

- Ele disse que estava muito velho para esse tipo de festa. Mas ele me mandou te entregar isso. – Entregou-lhe uma pequena caixa de veludo.

Ao abrir, ele quase caiu para trás. Era um Rolex de platina.

- Eu não posso aceitar. – Disse se referindo ao valor do presente. Ele não podia aceitar um presente com aquele.

- Pois fique você sabendo que ele não aceita devolução.

- Mas Isabelle... – Tentou argumentar.

- Ele escolheu o seu presente com o maior carinho. Seria muito indelicado da sua parte devolver.

Isabelle estava certa. Ela sempre estava certa.

- Então diga que adorei. – Sorriu e voltou a abraça-la. – Seu pai é um grande homem.

- Ele te admira sabia?

- Quem?

- Papai. Ele admira a sua força e a sua determinação. Ele sempre diz que o Alexander teve muita sorte em encontrar uma pessoa como você.

Magnus se emocionou com o que a sua cunhada lhe dizia. Era muito bom saber que era aceito pela família do homem que amava. Falando em amor. Estava quase se esquecendo de uma coisinha.

- Isabelle... Eu preciso te apresentar uma pessoa.

- Se você está se referindo ao seu amiguinho deslocado eu vou logo te avisando que você está perdendo o seu tempo. Eu me recuso a ser jogada nos braços de um sujeito que não desgrudou a cara do celular desde a hora que eu cheguei.

- Você adora um celular que eu sei.

- Sim. Mas nunca em uma festa. – Deu de ombro.

- Faz isso por mim. – Deu um beijo no rosto da sua cunhada. – Hoje é o meu aniversário.

- Eu te odeio.

- Você me ama e vai me amar ainda mais quando descobrir que vocês foram feitos um para o outro. - Disse puxando-a pelo braço. – Simon. Essa é a Isabelle.

- Oi? – Respondeu se assustando e deixando o aparelho cair no chão. Eles finalmente descobriram que tanto ele olhava naquele aparelho. – Desculpe. – Estava nervoso por ter sido pego. – Eu não queria ser inconveniente, mas eu gostei das tatuagens.... - Gaguejou enquanto coçava a cabeça. – Eu só queria saber o significado.

- Serio? – Perguntou aparentemente nervosa. 



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Um grande beijo no coração e obrigada pelos comentários :) 

Nosso céu Particular ( Malec )Where stories live. Discover now