Uma parte de mim me dizia que não, eu não me importava nenhum pouco com a sua segurança e o seu bem-estar, mas a outra parte, a parte que ainda se lembrava de como ela era quando ele ainda era criança, essa sim ainda se importava. Maryse se tornou uma mãe e um ser humano terrível, mas nem sempre foi assim... Ainda podia se lembrar das noites em que ela passou segurando a sua mão quando ele ficava doente, das histórias que ela contava de quando ela era criança no interior de Minas Gerais e de como ela fazia graça quando ele estava triste. Então sim, apesar de tudo o que ela fez tanto para ele quanto para os seus irmãos ele ainda se importava. Gostaria que a sua mãe pagasse por tudo o que ela fez em todos esses anos, mas não gostaria que ela se machucasse. Afinal de contas.... Ela é e sempre será a mulher que o colocou no mundo.
- Sim, eu ainda me importo. – Chorou. Sabia que aquela não era a resposta que a, vovó Bane estava querendo ouvir, mas aquela era a verdade. Apesar de tudo, e mesmo ela não merecendo, ele ainda se importava. – Eu sei que depois de tudo o que a minha mãe fez a senhora tem todo o direito de buscar vingança, mas eu não gostaria que ela saísse machucada no processo.
Abaixou a cabeça não conseguindo encara-la. Agora sim ele havia colocado tudo a perder. Ela provavelmente o colocaria para fora e nunca mais o deixaria se aproximar de Magnus.
- Essa era exatamente a resposta que eu estava esperando de você, Alexander. – Levantou-se do sofá. – Vamos buscar o Magnus?
- Mas eu pensei que... – Estava confuso.
- Você se lembra da promessa que me fez nessa mesma sala a quase um ano atrás?
- Que eu faria seu neto muito feliz? – Havia prometido tantas coisas naquele dia, não sabia exatamente de qual ela estava se referindo.
- Quando você veio aqui pela primeira vez eu tinha dúvidas se você seria bom para o Magnus. Ainda mais porque você parecia ser um menino fraco, sem personalidade e que não sabia o que você realmente queria. Mas eu decidi acreditar em tudo o que você me prometeu naquele dia. Acreditei que você o faria feliz e principalmente eu a acreditei que você aprenderia com seus erros. Fico feliz em constatar que o menino imaturo e inseguro que eu conheci a alguns meses, não existe mais.
- Mas... – Ainda estava extremamente confuso. O que ela estava querendo dizer com aquilo tudo?
- Eu estava somente te testando. Dependendo da sua resposta eu daria ou não a permissão para você leva-lo. – Sorriu meio sem graça. – Se você me respondesse que não se importava com a sua mãe eu saberia que você estava mentindo. Coisa que prometeu para mim que nunca mais faria, nem mesmo por uma boa causa.
- Como a senhora tem tanta certeza de que eu ainda me importo com a minha mãe?
- Porque eu conheço o seu coração, Alexander. Eu sei que apesar de todo o mal que a Maryse lhe fez você nunca desejaria o mal para ela ou para qualquer outra pessoa. Foi por isso que eu acreditei em você da primeira vez e é por isso que estou acreditando na segunda. Você comete muitos erros, mas sempre é para tentar impedir que alguém sofre. Você é um bom menino e merece ser muito feliz ao lado do meu neto. – Estendeu a mão para ele que estava ajoelhado no chão – Vamos buscar o Magnus ou você prefere ficar aí refestelado no meu carpete?
- Vamos busca-lo. – Respondeu emocionado. Magnus realmente teve muita sorte por ser criando por uma pessoa tão iluminada quanto ela.
O plano era o seguinte: Iriam até a clínica e buscaríamos o Magnus. O levaria para um sitio no interior de São Paulo bem longe da sua mãe e principalmente do Sebastian. Lá ele teria tranquilidade para se recuperar de tudo o que havia acontecido em um lugar neutro.
No começo a vovó Bane não concordou pois não queria ficar longe do seu único neto, mas depois ela pode ver que aquela era a única opção. Ainda mais porque não demoraria muito tempo até que a sua mãe descobrisse que ele havia voltado para o Brasil. Maryse viria com tudo para cima deles e aquela era a única maneira de proteger o homem que amava. Quando Magnus se recuperasse eles voltariam para enfrentar o problema de frente, mas por hora... Era melhor que eles sumissem do mapa.
- Eu vou com vocês. – Isabelle estava calada desde que eles estraram no carro. Agora ele pode entender o motivo do silencio. Ela estava planejando algo. – E não tente me impedir porque a minha decisão já está tomada. – Decretou.
- Mas quanto ao Simon? – Eles estavam meio que começando alguma coisa. Pensou que ela preferiria ficar ao seu lado do que no meio do mato com seu irmão e o seu cunhado.
- Na verdade a ideia foi dele. Ele me disse que você precisaria da minha alegria para te animar quando for preciso e é por isso que eu vou junto. Ainda mais porque ainda tenho um casamento para planejar. Falando em casamento.... - Parou o carro e saiu correndo feito louca até uma banca de jornal.
Voltou cinco minutos depois segurando várias revistas sobre casamento.
- O que significa isso? – Agora foi a vez da vovó falar. Aquela menina era realmente peculiar.
- Eu prometi que iria ajudar o Magnus a organizar o casamento e naquele fim do mundo não deve ter sinal de internet. Por isso das revistas.
- Você não acha que está apresando as coisas, minha querida?
- Claro que não. Tenho certeza de que o meu cunhado vai acordar quando ver esse vestido brega cheio de babados. – Sorriu mostrando-lhe a capa de uma das revistas.
- Não liga para a minha irmã. – Se desculpou. – Eu já disse que você é completamente maluca hoje?
- Disse. – Sorriu. – Foi quando eu sugeri que roubássemos o Magnus da clínica.
- Vocês iriam roubar o meu neto? – Arregalou os olhos.
- Era a minha ideia inicial, mas meu irmãozinho aqui não gostou da ideia. – Gargalhou vendo a cara que ele fazia. – Odeio ter um irmão tão careta, mas é a vida! Não acha, vovó?
___________***
O próximo capitulo terá muita treta... Ou vocês acham que o Sebastian vai deixar o Magnus sair com o nosso anjo de olhos de céu sem uma boa briga? Não vejo a hora da mascara daquele malcomido cair bem na frenda da vovó.
Um grande beijo no coração e tenha uma ótima noite! #MorrendoDeSono
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Nosso céu Particular ( Malec )
FanfictionSeu caminho já havia sido traçado muito antes do seu nascimento. Iria se casar com Lydya Branwell e aquilo não era um problema. Pelo menos não até conhecer o romântico e sonhador Magnus Bane.