Você não vai roubar o que é meu!

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- Olha quem está andando! – Zombou. – Pensei que você iria continuar sentado naquela cadeira pelo resto da sua vida. – Sorriu satisfeito. – Mas eu fiquei feliz por essa novidade, eu odiaria ter que acabar com a raça de um invalido, não iria pegar nada bem, entende... Como você teve coragem de roubar o namorado de um homem em uma cadeira de rodas, Sebastian? Isso iria acabar com a minha reputação e reputação é tudo no mundo em que vivemos.

- Então você está admitindo que sempre quis rouba-lo de mim? – Era obvio. Ele estava certo em desconfiar das suas intenções. Sebastian estava jogando desde o início.

- Acho engraçado você me acusando de tentar rouba-lo de você, você é o único ladrão nessa história, Alexander. O Magnus era muito feliz comigo quando você apareceu com o seu sorriso e as suas mentiras, você o roubou de mim e agora eu só estou recuperando o que é meu.

- Quando eu o conheci ele estava deprimido porque tinha acabado de terminar o namoro de mentira com o melhor amigo que não aceitou muito bem o termino. – Só teve uma coisa boa que aprendeu observando a sua mãe, nunca abaixe a cabeça e tenha sempre uma resposta na ponta da língua. – Você não perde o que nunca foi seu, Sebastian. – Sorriu com o mesmo cinismo que o rival. – Assim que o Magnus reagir ele vai voltar para o meu lado e você vai continuar no seu posto de melhor amigo, isso se eu permitir que você volte a se aproximar de nós. Como eu disse.... Eu estou na sua cola e não vou descansar até tirar essa sua máscara de bom moço.

- Se eu fosse você não teria tanta certeza de que ele vai voltar para os seus braços, Alexander, eu conheço muito bem o meu melhor amigo, Magnus nunca vai perdoar o que você fez. O coitado acredita que juntos somos mais fortes e até onde eu fiquei sabendo você preferiu se afastar.

Voltou a debochar. Alec teve vontade de pular em seu pescoço e arrancar aquele sorriso sínico do seu rosto, mas se controlou. Não iria entrar no joguinho naquele mal caráter.

- Então você está admitindo que sabia meus motivos para ter ido embora?

- Só um idiota não veria o que era óbvio. Um dia você some e no outro as acusações são retiradas. Só o Magnus não conseguia ver isso, acredita que ele achou que você não o amava mais? Pobre Magnus, chorou tanto quando descobriu que você havia trocado o número do celular. Mas não se preocupa porque eu estava lá para apoia-lo. Nós ficamos juntinhos naquele dia e acredita que no meio da noite ele me beijou? Ele sonhou com você e acordou me beijando e como eu sou um bom amigo, deixei que ele terminasse de fazer o que estava fazendo.

Fechou os punhos. Era mentira. O Magnus não podia ter beijado aquele idiota. Respira, Alexander, respira. Você não pode entrar em seu jogo.

- Então você se contenta em ganhar um beijo de um homem adormecido que está claramente pesando em outro? – Não iria cair em seu jogo, iria rebater fogo com fogo. – Nossa! Isso é deprimente até mesmo para você.

- Eu considero isso somente como um degrau para alcançar o meu objetivo final.

- Objetivo esse que nunca será alcançado.

- Eu não teria tanta certeza disso. – Voltou a sorrir. – Aquela não foi a única vez que nós beijamos.

- Eu não vou cair no seu joguinho, Sebastian.

- Não estou jogando com você. Só estou dizendo o que realmente aconteceu para você ver que não é o único no coração dele. No dia seguinte o Magnus voltou a me beijar e dessa vez ele não estava adormecido. Viu só? Eu consigo um beijo quando ele está em plena consciência das suas faculdades mentais.

- Não acredito em nada que saia da sua boca.

- Não me importo se você acredita ou deixa de acreditar, a única coisa que eu quero é que você saia imediatamente aqui. Você não é bem-vindo.

- Tenta me tirar se você for capaz, - Não queria entrar em uma briga, mas se ele viesse para cima, ele iria encontrar a confusão que estava procurando.

- Muito bem, Alexander, estou vendo que você vai querer fazer isso do modo difícil.

Esperou que ele viesse em sua direção, mas Sebastian deu meia volta e entrou dentro do prédio principal. Ele iria aprontar alguma coisa, tinha que ser rápido antes que ele voltasse.

Se ajoelhou na frente de Magnus que estava sentado em uma poltrona ainda admirando a flor completamente alheio ao que havia acabado de acontecer.

- Quando eu estava voltando para casa eu comecei a lembrar do que a gente havia conversado no dia do seu aniversário. Sobre comprar um sitio perto da praia, enche-lo de animais e de crianças. – Pegou a flor e a colocou de lado. Segurou suas mãos e o olhou nós olhos. – Eu vou te tirar desse lugar e a gente vai começar a colocar os nossos planos em pratica. Eu te amo e tenho certeza de que você vai reagir e que a gente vai concretizar tudo o que planejamos daquele dia.

- É ele. – Disse Sebastian reaparecendo com dois seguranças. – Ele está proibido de visitar o paciente.

- Você não pode me proibir de estar aqui, nós somos casados, Sebastian.

- Até onde eu sei, essa piada de casamento já foi anulado a meses. A única coisa que você tem o direito é de ficar quieto e sair daqui sem escândalos. Tirem ele logo daqui, por favor.

- Senhor. – Disse um dos seguranças segurando o seu braço. – Me acompanhe, por favor.

- Posso me despedir dele antes?

- Você já falou demais, Alexander!

- Você é desprezível.

- Eu disse que sou capaz de tudo para proteger quem eu amo. Agora tirem-no logo daqui.

Os seguranças o pegaram pelo braço e pela primeira vez daquela tarde, Magnus deixou sua pequena flor de lado e virou seu rosto para ver o que estava acontecendo.


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Eu estava MEGA na Bad porque o meu gato estava desaparecido a uns três dias, mas graças a Deus aquele vadio reapareceu. Fiquei tão feliz que comecei a escrever para comemorar e eis que surge mais um capítulo. Iria postar somente amanhã, mas hoje é dia de festa e eu quero comemorar o retorno do filho prodigo. Kakakakaka ...

Um grande beijo no coração! 

Nosso céu Particular ( Malec )Where stories live. Discover now