Alexander x Sebastian

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Flash Back:

Derrotado. Destruído. Desolado. Foi assim que eu me senti quando vi os policias o levando sem que eu pudesse fazer nada a respeito. Entrei em nosso quarto, peguei a camisa que você havia acabado de trocar e começo a chorar sentindo seu perfume no tecido. Por minha culpa tanto o meu irmão quanto Magnus estavam agora sendo levados para uma cela de prisão como se eles fossem criminosos, mas o único criminoso naquela história toda era ele mesmo. Ele era o único culpado por tudo o que havia acontecido. Tudo começou quando ele escolheu esconder a verdade, se ele fosse sincero desde o começo, Magnus não teria fugido, eles não teriam brigado e o acidente não teria acontecido. Ele era o único que merecia estar atrás das grades. Não eles.

- Pelo visto eu cheguei atrasada para a festa do ano. – Maryse entrou em seu apartamento sem ao menos bater na porta. Serviu-se de uma taça de vinho e sentou-se no sofá como se fosse a dona da casa. – Eu gostaria de ter visto o grande espetáculo, mas infelizmente fiquei presa no engarrafamento. Essa cidade está uma loucura com tantas obras, só espero que o transito melhore quando elas terminarem. – Tarelava como se nada tivesse acontecido.

- Como você teve coragem de denunciar o seu próprio filho para a polícia? – Que ela denunciasse o Magnus ele até entendia, afinal de contas ela nunca escondeu o ódio que sentia por ele, mas ele nunca imaginou que ela teria coragem de prejudicar o próprio filho para conseguir alcançar o seu objetivo.

- Eu denuncie um criminoso, é isso o que o seu irmão e o seu namoradinho são. Criminosos.

- Você é um monstro. – Não conseguia escutar a sua voz se sentir repulsa. Maryse conseguiu transformar o amor que ele sentia em ódio. Era muito difícil para ele aceitar, mas era a pura verdade, odiava a sua mãe com todas as suas forças. – Vai embora da minha casa, eu não quero te ver nunca mais.

- Eu só vou quando terminar o que eu vim fazer aqui. – Disse cruzando as pernas e levando a taça até a boca. – Quando eu terminar você decide se eu vou ou se nós vamos embora desse lugarzinho medíocre.

- O que você quer de mim, Maryse? – Gritou puxando os cabelos. – Eu não tenho mais nada para você me tirar. Agora por favor saia imediatamente da minha casa, você me dá nojo.

- Se você realmente ama aquele sujeitinho, eu sugiro que você termine com esse seu ataque de menino minado e comece a me escutar feito gente grande.

- O que você quer de mim? – Ela estava aprontando alguma coisa, a prisão de Magnus era somente a primeira parte de um plano bem elaborado, agora ele podia ver isso.

- Eu quero te propor um acordo que acredito que vá beneficiar a nós dois. – Sorriu. – O que você me daria em troca da liberdade do seu namoradinho?

- Você não tem poder para solta-lo. – Sua mãe era muito influente, mas nem ela tinha o poder de mudar o que havia acontecido com, Magnus.

- Você não faz a mínima ideia das cartas que eu guardo dentro das mangas, Alexander. – Voltou a sorrir. – Com uma única ligação eu posso tirar o seu queridinho da cadeia ou condena-lo a prisão perpetua. Tudo vai depender de você, meu filho.

- O que você quer que eu faça? – Ele até já imaginava a resposta, mas ainda tinha esperança de que estivesse enganado.

- Eu quero muitas coisas, mas a principal é que você arrume as suas coisas e volte agora mesmo comigo para a nossa casa.

- Eu não vou a lugar nenhum até ter certeza de que você não está mentindo.

- Você mais do que ninguém deveria saber que eu não minto e que sempre cumpro as minhas promessas. Agora arrume logo as suas coisas antes que eu desista de tentar de ajudar.

- Me ajudar? Como você está me ajudando, mamãe?

- Cansei dessa conversa tola e sem sentido. – Levantou-se. – Esse é o acordo... Ou você começa a fazer exatamente o que eu estou mandando ou eu juro que moverei céus e terras para que tanto o Magnus quando o seu irmãozinho apodreçam dentro daquela maldita cela. A escolha está em suas mãos, Alexander.

Fim Do Flash Back:


- Eu juro que não queria ir embora sem explicar o que havia acontecido, juro que não queria te deixar naquele momento tão difícil, mas essa foi a única opção que eu tinha. Não podia deixar que você ficasse naquele lugar horrível. – Explicou rezando para que ele estivesse escutando. – Ela me fez embarcar no dia seguinte para a Inglaterra e me fez prometer que eu não manteria nenhum contato com você. Me tirou suas fotos e qualquer outra lembrança de que você existiu na minha vida, mas eu consegui esconder um foto. – Pegou o aparelho no bolso e lhe mostrou a foto que foi a sua única companhia naqueles dias sombrios. – Lembra dela? Nós estávamos tão felizes depois que recebemos a notícia de que eu voltaria a andar. – Sorriu. – Quando eu estava em coma eu escutei a sua voz me chamando de volta à vida, agora é a sua vez, por favor, volte para mim. – Pediu sussurrando em seu ouvido.

- Como você tem coragem de aparecer aqui depois de tudo o que você fez? – Sebastian apareceu como um passe de mágica bem na sua frente. – Você não tem o direito de estar aqui depois de tudo o que aconteceu.

- Diz o homem que traiu a confiança do melhor amigo somente por despeito. – Rebateu. – Eu ainda não posso provar a sua participação nessa sujeira toda, mas fique você sabendo que eu não descansarei até ver a sua mascará caindo.

- Te desejo muita sorte em sua empreitada, mas enquanto esse dia não chega, eu te aconselho a ficar bem longe e mim e do Magnus.

- E se eu não ficar, Sebastian?

Sebastian sorriu.

- Não me teste, Alexander. Você não faz ideia do que eu sou capaz de fazer para defender o que eu amo.

- Eu digo o mesmo. – Levantou-se. 

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Toda vez que eu escrevo uma cena com a Maryse, eu sinto vontade de entrar dentro da Fic e enfiar a mão na cara dela. Eu escrevi a personagem desse jeito e até eu mesma me surpreendo com a sua capacidade para a maldade. #CREDO.

Espero que vocês estejam gostando do andamento da história, se não, é só deixar suas devidas críticas e sujeitões nos comentários.

Um GRANDE beijo no coração! 

Nosso céu Particular ( Malec )Onde histórias criam vida. Descubra agora