Capítulo 22

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- espera, você não pode querer que esse encontro role hoje né ? - Sam diz. - seu amiguinho de merda tentou agarrar ela.
- olha, eu vou entender se você não quiser sair hoje tudo bem ! - Andrew pega a toalha em seu ombro e começa a secar seu cabelo.
- a única coisa que eu queria era não ter saído de casa hoje, mas como eu saí e tudo aqui aconteceu acho que seria ruim ficar remoendo essa história. - digo olhando descaradamente para seu abdômen extremamente perfeito.
- limpa a baba morango. - Sam passa o dedão no meu queixo e ri.
- Sammy. - o repreendo.
- Mia, minha neta. Está tudo bem ? - vovô bate a porta e eu olho assustada entre Sam e Andrew, que segura o riso.
- sai pela janela, anda. - Sam joga meu blusão de dormir para Andrew que segura o riso e o veste às pressas.
- cinco pras oito ruiva. - ele me dá um selinho e corre até a janela.
- calma aí vô. - digo - estou vestindo uma roupa.
- tudo bem. - ele diz do outro lado .
Andrew me joga um beijo e pula a janela até alcançar a árvore ao lado, descendo com cuidado.
- te adoro ruiva. - ele grita e eu olho feio pra ele.
Quem diria que Andrew Grayson estaria usando meu blusão do Bob esponja.
- pode entrar vô. - fecho a janela e me jogo na cama.
Sam faz uma cara de quem comeu e adorou e começa a mexer no meu cabelo.
- trouxe um lanche pra vocês. - ele entra com uma bandeja nas mãos e me olha por cima dos óculos, os olhos azuis curiosos por baixo dos óculos.
- obrigada vovô. - me sento e antes de pegar um hambúrguer olho meu avô com simpatia. - quer me dizer alguma coisa ?
- ainda vai sair com o Grayson hoje ? - Sam pega seu hambúrguer e me olha de canto.
- sim, a irritação passou. Estou me sentindo bem melhor .
- e você Sam, vai junto ?
Meu Deus vovô, é só um encontro. !
- não vovô, eu só vim encher minha morango de carinho antes dela sair com o menino mal dos Grayson. - ele ri e morde um pedaço do hambúrguer.
- ele não é tão mal assim. - o defendo.
- não é ? - vovô pergunta com o olhar cúmplice sobre Sam.
- ele é ... Diferente.
- eu escuto isso a anos Mia, espero que se divirta. Mas não faça nada que eu não faria.- ele vai até a porta.
- como ? - deixo no ar.
Ele coloca a cabeça para dentro do quero e me olha de relance.
- se ele avançar o sinal me avise, e não deixarei ele nem se despedir do que tem no meio das pernas.
Rio junto com Sammy pela ameaça de vovô e quando ele sai me deito no colo do meu amigo.
- se ele soubesse o que aconteceu ontem a noite naquela cozinha ... - Sam e sua boquinha afiada.
- eu já estaria de castigo e Andrew estaria com problemas. - rio baixo.
- Conrad Collins não pode ser tão mal assim, não é. - ele coloca uma batata na boca.- sempre estive tão perto de você e ele nunca me fez nada, ao contrário, me trata como um neto.
- oh Sam, ele sempre soube que o que tínhamos não era carnal e também você nunca escondeu que gostava de meninos. Vovô sempre nos ouviu comentar dos garotos da escola, ele até gostou de ter um menino em casa que não estivesse ali com segundas intenções. Vovô ama você, e eu também.
- eu amo vocês também, são parte da minha família. - Sam meleca a batata no molho vermelho e a enfia na boca.- estaremos juntos até o fim. Tem certeza que pode sair com Andrew hoje ?
- sim, ele me salvou, não que eu ache que deva algo a ele . Mas acho que ele merece isso... E eu também, depois de tantos anos.
- sim, e por isso eu vou te deixar uma diva, uma verdadeira rainha e ele vai perceber o que estava perdendo.
Terminamos de comer nosso lanche e desço para a cozinha afim de depositar a bandeja e os pratos e copos na pia. Vovô está tirando um belo cochilo no sofá e acredito que a cada dia ele consegue não aparentar seus sessenta anos, mas seu pobre coração parece não entender que ele ainda deveria ter mais de vinte anos de vida pela frente. Vovô teve um infarto ano passado e depois disso evito fazer ou falar qualquer coisa que possa regredir sua saúde. Meus pais me deixaram para viver uma aventura e ele decidiu cuidar de mim, mesmo quando estava de luto pela morte da vovó, ele me criou com todo amor.
Vou até ele e faço um carinho em seus cabelos ralos e louros, ele sabe o quanto eu o amo e deixo isso bem claro todos os dias. O cubro com uma manta que costumo deixar na poltrona ao lado do sofá e volto para o quarto.
Sam está jogado em minha cama com a bunda pra cima não percebendo minha aproximação, pulo em cima dele que se reforce e mordo seu pescoço.
- eu sou uma vampira ! - mordo novamente.
- meu Deus Mia, isso ficou erótico demais. - ele me joga pro lado e ri. - uma vampira ruiva quase sem roupa pulando nas minhas costas e me mordendo. Se eu gostasse de mulher..
- não estaria aqui agora. - rio.
- mas felizmente eu gosto do que eu tenho, e posso dizer que é uma delícia. Deveria provar.
Sammy às vezes consegue ser mais safado do que deveria, o que me faz ficar corada e com vontade de enfiar a cara embaixo da terra.
- agora me ajuda, preciso ficar apresentável pra hoje a noite.

GraysonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora