Pietra Bertolazzi é uma agente especial do FBI consagrada por resolver os casos mais complexos de Chicago, conhecida como a melhor da sua área foi designada para um difícil caso recém chegado ao departamento: cassinos clandestinos, empresas fantas...
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_____∆ Baunilha ∆ ____
Pietra respirou fundo encarando-o, estava a meia hora na sala de seu chefe ouvindo as preocupações deles quanto ao governo. Tentava argumentar porém ele rapidamente a interrompia continuando a queixar-se.
_ É a terceira ligação que recebo essa semana, se eu tiver que ouvir mais uma vez aquele idiota do Humber falar que meus agentes são inconsequentes e inúteis eu vou até Nova York atear fogo naquele prédio - ele ameaçou aos gritos.
_ Senhor eu entendo mas eu estou no caso apenas há 1 mês- sabia que as ligação dos superiores era relacionados ao caso do Holfward e consequentemente relacionado a Pietra.
_ Do que adianta estar a 1 mês se até agora não tem nenhuma prova concentra?- a forma agressiva como falava irritava profundamente a Agente- Nenhum avanço!- entre as palavras uma chuva de saliva molhou os papéis sobre a mesa, o rosto roliço do senhor absurdamente avermelhado refletia os movimentos bruscos enquanto falava.
_ Nenhum avanço?-questionou indignada- eu estou mais próximo do que qualquer agente já esteve, além disso eu tenho uma linha traçada. Faltam poucos detalhes para fechar esse caso!
_ Não quero ser injusto!-ele se acalmou ofegante, Pietra conseguia ver as marcas de suor sobre as axilas e abaixo do pescoço. Ela tinha medo de que a qualquer momento ele infartaria enquanto gritava pela sala segurando a pequena xícara de chá que derramava por toda a mesa- Todos tiveram 3 meses, esse será seu prazo. Se no final de Outubro não tiver provas e um culpado eu vou passar o caso adiante, não me decepcione Pietra!
_ Sim senhor! Com licença- acenou saindo da sala, estava furiosa e angustiada mas tentava não expressar nada enquanto estivesse dentro do prédio. Durante sua vida buscava melhorar esse aspecto de fúria instantânea em que se encontrava, tentava amenizar seus sentimentos para não explodir e cometer uma loucura. Esse era um dos seus maiores defeitos, não conseguir controlar sua raiva.
_ Recebendo bronca do Evans?- se virou vendo Alex encostada ao lado da porta com um sorriso cínico- parece que está perdendo seu posto de protegida!
_ Está me dando ânsia só de olhar pra sua cara-Pietra sussurrou com um semblante enojada- vê se me era Martín!
Tinha muitos problemas para perder tempo com provocações da Alex. Sr. Evans lhe deu dois meses para conseguir uma prova concreta, algo que não seria fácil. Rumou em direção a Holfward Enterprise buscando continuar o passo 8, uma caçada por incriminações contra Bernardo.
Conseguiu pouco tempo então tinha que ser mais rápida e achar logo um culpado. Ao entrar no prédio do suspeito caminhou até a recepcionista com pressa:
_Oi, eu estive aqui outro dia- anunciou sorridente- Pietra Bertolazzi!
_Ah sim! Veio falar com o Senhor Holfward?
_ Sim, ele está?- Pietra questionou já sabendo que ele não estaria, mantinha a rotina dele gravada em sua mente.
_ Não, ele só chega às 07:00 !- a moça informou.
_ Hã...posso subir e esperar por ele?- Pietra pediu cautelosa, receber um não desencadearia sua irritação guardada durante toda a manhã.
_ desculpe mas ...- a recepcionista começou mas foi interrompida por uma voz que Pietra reconheceu.
_ Pietra, mi amore!- Kane parou ao seu lado a olhando, o sorriso debochado e arrogante já evidenciava as más intenções do rapaz. Os olhos pequenos são como os do seu suspeito porém não detinham o ar cativante e azulado que a importunava.
_ Oi! Não sabia que falava italiano- comentou naturalmente por mais que Kane possuísse uma beleza arrasadora ela não pensava em segundas intenções com ele, de complicação já bastava o irmão em sua vida.
_ Tem muitas coisas que não sabe sobre mim!- Pietra tentou esconder a reação indiferente às investidas dele, Kane seria seu cartão dourado até a sala do CEO.- Joyce querida, Pietra é nossa convidada especial- ele se direcionou a recepcionista que o olhava envergonhada- Venha!
Sem recusar Pietra o seguiu até o elevador, relevaria os minutos desconfortáveis ao lado dele até conseguir o que queria.
_ Que tal irmos tomar um café antes ?- ele propôs assim que as portas se fecharam, Pietra o olhou com um sorriso singelo tentando não deixar evidente em seu rosto a importunação daquele convite.
_ Quem sabe outro dia, eu realmente vim para falar com seu irmão- ao fim da frase o rapaz bufou entediado, notou que a irritação dele se iniciou ao ouvir o nome do irmão.
_ Bernardo e o complexo das melhores coisas !- ele sussurrou
_ Kane- chamou não conseguindo segurar seu ódio ao ouvir aquela frase- se se referir a mim com "coisa" de novo vai conhecer a Pietra não tão agradável
_ Essa ameaça só me deixa mais interessado!- ele sussurrou sensualmente.
_E é por isso que eu estou com seu irmão e não com você- sussurrou saindo do elevador, sabia que o arrependimento viria mais tarde mas no momento aproveitou o sabor de poder encerrar as investidas descabidas dele.
Ao fim do corredor avistou Chloe, a loira arrumava a mesa provavelmente se preparando para a chegada do chefe. Já havia notado o quão Bernardo era profissional e inflexível quando estava na empresa, ele costumava ser muito firme e as vezes arrogante com os funcionários e Chloe sofria com os acessos de competência do rapaz.
_ Oi Chloe !- se aproximou sorrindo sinceramente gostava da secretária mesmo sabendo que ela escondia um interesse em Ben.
_ Olá senhorita Bertolazzi, sua entrada foi autorizada pode entrar !- ela com prontidão a guiou até a sala de Bernardo - gostaria de um café ?
_ Não, tudo bem não precisa!- a secretária assentiu abrindo a porta para ela, Pietra agradeceu adentrando a sala.
O lugar estava vazio e silencioso, cada objeto delicadamente organizado e limpo. Olhou em seu relógio de pulso se certificando que possuía 15 minutos para vasculhar a sala antes da chegada de Bernardo. Caminhou até as prateleiras de livros não encontrando nada de interesse, partiu para a mesa chegando ao computador.
Nem perdeu tempo com as gavetas ao ver que estavam trancadas, para completar sua infelicidade o computador estava bloqueado e não detinha muito tempo para se prender a encontrar a senha de acesso.
Deu dois passos em direção a uma pequena estante de armários mas parou bruscamente ao ouvir ao longe a voz grave e rouca de Bernardo, sem pensar muito correu até os vitrais atrás da mesa fingindo observar a vista que eventualmente era linda.
