Capítulo 17.1

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A Agente paralisou arregalando seus olhos, correspondendo a curiosidade de toda a família Amy se levantou de supetão e saiu correndo aos tropeços até a porta. Com uma pressa descomunal Pietra seguiu a menina apreensiva.

" Por favor não ! Por favor não!" Repetiu mentalmente já começando a choramingar.

O restante não se segurou seguindo as meninas pelo corredor, no final todos se encontraram frente a porta que permanecia fechada. Pietra havia estendido sua mão impedindo a passagem de todos, sua expressão nervosa e angustiada correspondia aos arrepios temerosos que se espalhava por seu corpo.

_ Voltem pra lá, curiosos! - grunhiu tentando convencê-los, aos poucos e com extrema lerdeza todos se viraram voltando para a sala.

Ela se virou para a porta esperando aflita, respirou fundo arrumando seus cabelos com agilidade. Devagar abriu-a continuando sua torcida para que não fosse quem tinha em mente. Quebrando toda sua corrente de pensamentos ela o avistou parado com as mãos nos bolsos e um sorriso meio envergonhado na varanda de sua casa.

_ Santo Cristo !- ouviu a voz estridente de Amy dizer ao seu lado, boquiaberta e fascinada a menina mal segurava seu sorriso.

_ É a mesma coisa que ela me diz!- Bernardo exclamou soltando uma leve risada.

_ O que está fazendo aqui?- Pietra cortou qualquer interação entre eles questionando ainda em choque.

_ Podemos conversar ?- o CEO pediu encarando-a, os olhos azuis persuasivo encontrando os esverdeados dela.

_ Se ela não quiser, eu converso com você !- Amy sussurrou desavergonhada.

_ vai pra dentro Amy !- Pietra pediu vendo-a resmungar mas atendendo a seu pedido.

A Agente caminhou para fora fechando a porta atrás de si, negava desacreditada enquanto fugia do olhar envergonhado do rapaz.

_ Tenho tantas perguntas mas acho que a melhor opção seria te bater - ela ponderou mantendo sua expressão séria e irrefutável.

_ Vim pra me desculpar por ter te tratado daquela forma e também queria te ver !- Bernardo justificou se escorando nas grades de madeira da varanda, um ramo das orquídeas recaiu sobre seus ombros embelezando a visão que tinha ao olhá-lo.

_ Você viajou 7 horas pra me ver e pedir desculpas ?- as suspeitas encobriram sua surpresa pela explicação.

_ E também porque eu gosto de Boise, as montanhas são maravilhosas - ele se desanuviou olhando ao redor, descontraído ele levou a mão aos cabelos penteando-os com o dedos, com sensualidade e confiança ele os jogou para trás com um leve balanço deixando uma fina mecha reincidir sobre sua testa.

Relutante a admirar as ações charmosas e absortas do rapaz Pietra cruzou seus braços encarando um vaso de cactos suspensos na janela.

_ Sua casa é muito bonita!- Bernardo elogiou sincero, o olhar admirado e atento ao detalhes enquanto ignorava a expressão inflexível de Pietra.

_ Desculpas aceitas já pode ir embora - ela caminhou até ele estendendo seu braço em direção a rua. Não tinha a intenção de ser rude ou mal educada, apenas estava assustada de vê-lo próximo demais a sua família.

_ Eu viajo por horas e é assim que você me recebe ?- ele perguntou ofendido permanecendo parado no mesmo lugar.

_ Ah desculpe meus modos, você não está acostumado a grosseria?! -exclamou ironicamente pelas constantes arrogâncias dele - gostaria de um chá ? Não ?! Tudo bem, boa viagem de volta !- falou rápida impedindo que ele respondesse alguma de suas perguntas.

Como Seduzir Um MafiosoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora