SIX ➣ 1d fanfic

Quando é Ano Novo.

Dia 31. Estava esperando por esse dia há tanto tempo. Finalmente o ano acabaria e, com ele, meu ensino médio quase que inteiro. Agora faltavam exatamente seis meses para a universidade. Em alguns meses eu saberia se essa universidade era Yale ou não. Mal podia esperar.

Porém, no momento, tudo que eu queria era entrar no meu avião. Eu estava no aeroporto da Califórnia, esperando que o embarque do meu voo para Nova York começasse. Acontece que eu consegui, sim, convencer minha mãe de me deixar passar o Ano Novo com Zayn.

Ele tinha me mandado mil mensagens pedindo perdão pela sua ligação. De acordo com ele, seus amigos tinham arrastado-o para uma festa de rua logo de manhã e aí deu naquilo. Bem, não justificava, mas ele conseguiu me convencer que merecia meu perdão. Eu disse para ele que iria para Nova York dia 31 e cá estou... Na esperança de que uma data comemorativa vá salvar o meu namoro.

As coisas não estão indo bem com Zayn. Se qualquer coisa, estão indo muito mal. Estaria mentindo para mim mesma se dissesse que conseguimos superar tudo aquilo das traições e a história da Paige muito bem. A verdade é que, toda vez que eu falo com ele, fico imaginando a loira sentada no seu colo, ou então ele transando com a Paige e deixando-a logo depois.

Mesmo com todos os problemas, estou com saudade do Zayn. E realmente acho que passar o Ano Novo juntos vai ajudar com tudo.

Dito isso, eram cinco e quarenta da tarde. Meu voo decolava às seis. Eu chegaria, com o fuso horário, às dez em Nova York. Eu sei, péssimo voo, mas foi tudo decidido em cima da hora. Não havia o que fazer. Niall, que tinha se programado antes para passar o Ano Novo com Nina, já estava em Nova York. Ele pegou o primeiro voo pela manhã, mas eu não tive a mesma sorte.

Tecnicamente, o embarque já deveria ter começado (há muito tempo), mas tento não me desesperar e olho fixamente para o painel dos voos. Ele me informa que o meu voo está atrasado, e agradeço ironicamente a ajuda. Já posso ver alguns passageiros preocupados e irritados se amontoando ao redor das atendentes, que na verdade não podem fazer nada. Depois de minutos de desespero, eles informam que o vôo foi adiado, e que o embarque começará em vinte minutos.

Ótimo. Como se dez horas não fosse ruim, agora vou chegar lá às dez e vinte.

Mando uma mensagem para Zayn, e ele responde com um ok. Respiro fundo e tento me concentrar em qualquer coisa que não seja o relógio, que passa em slow motion. Realmente, não dá para ficar pior.

*

Atualização: Sempre dá para ficar pior. Sempre. Os vinte minutos passaram. Na verdade, passou-se uma hora. A companhia continuava a dar desculpas e adiar o vôo. E assim foi, até que, às dez e quarenta da noite, eles disseram que o voo foi cancelado. Tudo que podia dar errado com o voo, deu; o avião estava com problema em uma das turbinas reservas, a neve em Nova York estava pesada, o aeroporto de lá estava lotado. Mesmo se eu decolasse agora, eu nunca chegaria a tempo em NY.

Era noite de Ano Novo e eu estava no aeroporto. Eram, literalmente, onze horas da noite. Uma hora para virar 2015, e eu estava na porra do aeroporto da Califórnia! Eu queria gritar, bater em alguém e chorar, tudo ao mesmo tempo.

Disquei, primeiro, o número do Zayn. Ele devia estar preocupado.

É, ele não estava. Quando atendeu, o ruído de uma festa era claro. Sua voz alterada também não ajudava no caso.

"A-Alô", ele atendeu, rindo da própria voz em seguida.

"Zayn, meu voo foi cancelado." Eu disse, tentando ignorar o quão bêbado ele estava.

"Aaaaaaah, Emmmmm, que chato." Ele disse. "Ei, Chad, pega outra cerveja pra mim!"

Eu respirei fundo, fechando meus olhos e apertando com os dedos as minhas têmporas.