Quando Emma está, finalmente, em Yale.

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4 meses depois do casamento

Nossos lábios não se desgrudavam nem por um segundo. Suas mãos percorriam os lados do meu corpo, tentando me puxar para mais perto, apesar de nossas frentes já estarem coladas. As minhas agarravam o seu pescoço, aprofundando ainda mais nosso beijo. Seu hálito fresco e um tanto alcoolizado se misturava com o meu, e a festa parecia sumir.

Passei a mão pelo seu cabelo, puxando seus cachos entre os meus dedos. Espera, não, cachos não. Seus... Seus fios lisos. Ele não tem cachos, de onde eu tirei isso? Tenho que parar de beber.

Ele me pressiona mais contra a parede, e eu posso ouvir a música abafada do lado de dentro da casa. Devidamente sozinhos, ele toma isso e o nosso estado alterado como autorização para explorar o interior de minhas coxas com suas mãos grandes e másculas. Minha respiração fica presa em minha garganta quando seus dedos entram por baixo da minha saia e tocam o tecido de minha calcinha.

Nosso beijo é interrompido enquanto ele me apalpa e eu solto arfadas desesperadas. Meus olhos estão fechados, e seus lábios vão para o meu pescoço, sugando a pele sensível e me fazendo morder meus lábios para não gemer alto. Posso sentir que ele me observa, mesmo com os meus olhos fechados. Abro-os para encará-lo de volta, e dou de cara com um par de írises esmeralda. Arfo, mas dessa vez de susto, e, por puro reflexo, empurro-o para trás.

George cambaleia e se estabiliza rapidamente, me encarando confuso. Só que George não era George até dois segundos atrás; era Harry.

"O que foi? Fui longe demais? Desculpa, eu achei que—" Ele tenta começar a se desculpar, mas eu balanço a cabeça.

"Não, não é nada, eu só..." Eu respiro fundo e passo a mão pelo meu cabelo, puxando-o para trás. "Eu não posso fazer isso, George, desculpa. Você é um cara muito legal, mas eu só... Sei lá. Não estou pronta para nada agora."

Posso ver que ele está muito, muito confuso com as minhas palavras, mas, sinceramente, até eu estou. Não sei o que quero dizer com isso, mas também não podia falar "na verdade eu vi o meu ex-namorado enquanto você me dedava, e isso me deixou meio abalada, então acho melhor a gente parar".

"Ahn... Tá bom... Eu vou, ahn... A gente se fala." Ele diz, e eu assinto, sorrindo levemente para aliviar o clima. Não funciona, e ele acaba indo para dentro da festa, sem graça.

Eu respiro fundo quando ele sai da minha vista e encaro o nada. O que foi isso? Estou ficando louca?

Confusa com as armadilhas do meu próprio cérebro, sento-me em uma das espreguiçadeiras que ficam ao lado da piscina. As casas das fraternidades de Yale são gigantes, e estou surpresa que a piscina não está lotada. Tá, ok, não estou tão surpresa – estamos no outono e já são quase seis da manhã. A festa já está quase vazia e está muito, muito frio.

Eu não sou exatamente uma alma festeira. Não fico em festas até as seis da manhã – mal vou à festas de qualquer tipo. Mas essa era diferente. Minha primeira festa em Yale! As aulas começaram há alguns dias, e eu ainda estava na fase de achar tudo maravilhoso. Além disso, a primeira festa do semestre é lendária, então Louis e Cat se convidaram antes que eu pudesse.

Pego um cigarro na minha bolsa e acendo-o. Eu não fumo todo dia, mas no momento estava precisando relaxar um pouco e tentar acalmar a minha mente que estava obviamente pregando peças em mim.

A porta de trás se abre e eu olho para ver quem é, encontrando Paige, que me dá um olhar confuso. Ela não diz nada até chegar até mim, e, quando o faz, joga os braços no ar.

"Você já viu a hora?" Ela pergunta e eu arqueio uma sobrancelha.

"Ahn, cinco e meia? E quarenta, não sei—" Eu faço menção de pegar o meu celular na bolsa para verificar a hora, mas ela me interrompe.

SIX ➣ 1d fanficWhere stories live. Discover now