Capítulo Extra - POV Zayn

5.2K 319 98
                                    

Então, estamos todxs muito abaladxs com a notícia do Zayn sair da banda. Não quero me alongar na tristeza, mas vi muitas fics que eu amo serem deletadas pela simples razão do Zayn ser protagonista delas e prometo que nunca deletarei SIX nem se todos eles saírem. 
Vocês me pedem por um POV do Zayn há séculos, e eu nunca o fiz pq sempre quis manter o caráter misterioso do Zayn, mas resolvi fazer algo só para homenageá-lo nesse dia difícil. 
É um capítulo curto, que é basicamente o primeiro capítulo da fic no ponto de vista dele. Se você não lembra, é no primeiro capítulo que a Em e o Zayn se conhecem. 
Enfim, não é muita coisa, mas não quis deixar passar em branco. 
Por fim, espero que todxs vocês encontrem um pouco de paz depois desse dia confuso. Vai tudo dar certo no final, se não deu certo, ainda não é o final. ☼ 
Beijos.

--

ZAYN’s POV

Outono. Sempre foi minha estação preferida. Talvez a maioria dos caras preferissem o verão, quando as mulheres colocam as pernas para fora, estampam suas redes sociais com fotos de biquíni e desfilam em blusas minúsculas. Eu, por outro lado, sempre preferi o Outono, talvez porque eu sempre tenha gostado de um desafio. Suas roupas conservadoras e cheias de camadas no Outono serviam como um convite; “será que você é bom o bastante para conseguir tirar todas essas camadas?”.

O Central Park ficava lindo no Outono, e eu sempre acabava matando alguma aula para vir aqui ficar comendo algo, bebendo um café, apreciando a vista. A vista também incluía as garotas do Central Park, claro. A população do sexo feminino de Nova York se dividia entre turistas e nova-iorquinas reais (mesmo que metade dessas fossem imigrantes) e eu não tinha muita preferência. Faziam quase duas semanas que eu não transava. Duas. Semanas. Eu precisava de alguma foda fácil para seguir em frente com a minha vida.

Ok, foda fácil. Melhor ir pelas turistas. Elas são mais fáceis, sempre no sonho de viver um amor impossível enquanto estão em Nova York. Fora isso, eu não tenho que me preocupar com ela me perseguindo depois, porque, bem, ela só está aqui de viagem.

Eu logo avisto uma mulher loira, provavelmente germânica, sentada contra uma árvore e lendo um livro cujo título também estava em alemão. Ela olha para cima, seu olhar se conectando com o meu, e eu dou um meio sorriso para ela. Ela automaticamente fica vermelha, quase roxa, e dá um sorriso nervoso, prendendo uma mecha loira atrás de sua orelha.

Nós continuamos fazendo contato visual por alguns segundos e eu me preparo para levantar do banco que estou e ir falar com ela, mas sou interrompido. Nossos olhares se desconectam quando uma menina morena caminha – quase correndo – e se senta no gramado, tampando a loira germânica da minha visão.

Não fico incomodado, porém. A menina é muito bonita. Seu cabelo castanho escuro é liso e tem cachos nas pontas. Não posso ver muito de seu rosto porque grande parte está coberto por um óculos de sol, e ela não está de frente para mim. O pouco que posso ver me diz que ela é bonita. Mas não é isso que me alerta, e sim o que parecem lágrimas caindo de seu rosto. Ela está chorando.

A cena toda me intriga. Por que ela está chorando? E por que veio chorar no Central Park? Deve ter sido algo em casa. Ela não parece ser da minha idade, deve ter uns dezoito anos. Talvez menos. A mãe deve ter brigado com ela. Garotas dessa idade choram o tempo todo por causa desse tipo de coisa.

Continuo a observar a morena por mais tempo. Na verdade, observar quase que suas costas. Só posso ver um fragmento de seu rosto, que está brilhando por causa das lágrimas. Ela funga baixinho, e encara as famílias que estão reunidas no meio do Central Park.

Mais tempo se passa, e a morena parou de chorar. Ela continua a encarar o horizonte e eu a encará-la. Se alguém visse de fora, diria que estou parecendo um perseguidor obcecado, sentado em um banco e observando uma garota de dezoito anos chorar. Mas só estou intrigado.

Resolvo ir falar com ela. Não sei o que vou falar, mas me levanto mesmo assim. “Oi, te vi chorando ali, e queria saber por quê.” Tá, talvez não seja o melhor jeito de começar a conversa.

Quanto mais me aproximo, mais posso ver seu rosto e, puta que pariu, ela é linda. Ela é maravilhosa. Seu rosto parece ter sido desenhado por Michelangelo ou Da Vinci. Seu maxilar é definido, suas maças do rosto proeminentes, pintadas de vermelho pelo frio e pelas suas lágrimas. Sua pele parece de porcelana, e seu cabelo escuro é um contraste perfeito com sua cor quase pálida. Seus lábios não são finos, nem grossos; são perfeitos. Meu Deus. Essa é a menina mais linda que eu já vi na minha vida. Ela é, literalmente, a menina mais bonita que já vi na minha vida.

Acredite, eu já vi muitas meninas, mas nenhuma se iguala à ela. Não sei o que é; ela não tem nada fora do comum, nenhum cabelo extravagante, olhos diferentes. Ela é só... Ela. E, mesmo assim, é linda.

“Uma menina tão bonita com uma cara tão triste.” Eu digo, com um sorriso leve no rosto. Ela olha para cima, encarando-me brevemente com um olhar confuso e um tanto intimidado.

“Quem é você?” Ela perguntou, sua voz rouca provavelmente por causa das lágrimas. Ou talvez a voz dela fosse assim mesmo. Se sim, era bem sexy.

“Meu nome é Zayn, e você é a menina mais bonita que eu já vi na minha vida.”

--

Vida que segue. Sexta tem capítulo novo! Beijos.

SIX ➣ 1d fanficWhere stories live. Discover now