Quando se inicia a parte dois (ou três) do plano.

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Talvez a pior parte desse plano seja a que eu tenho que lembrar que eu e Zayn "não somos mais um casal", e agir como tal. Tenho que conversar com ele quando ninguém está por perto, e tomar cuidado para não comentar nada sobre o nosso namoro. Ele ficou, sim, bem irritado com o plano todo, majoritariamente porque envolvia o Harry. Ainda não decifrei o que poderia ter acontecido entre os dois - não é possível que eles simplesmente "não foram com a cara um do outro", como Zayn tinha me dito anteriormente. Mas, sinceramente, se Zayn não queria me contar, eu também não queria saber.

Apesar de irritado, nós continuamos conversando normalmente. Por causa do fuso horário de três horas a mais na Califórnia, nem sempre conseguíamos nos falar - visto que agora não podíamos mais conversar quando eu estivesse em casa -, mas ele normalmente me ligava durante o intervalo do almoço. Eu evitava falar sobre a situação em casa, até mesmo porque não tinha acontecido mais nada, e ele fingia que estava tudo bem. Não era o melhor momento da nossa relação, mas nós sabíamos que era por uma boa causa; voltar para Nova York.

Faltava um dia para o Dia de Ação de Graças, o que significava que um dia inteiro em casa, presa com a minha família (que vinha de Nova York para prestigiar as riquezas dos Styles) e a própria família de Charlie. Meus avós por parte de mãe já tinham morrido, a maioria durante a minha infância, e os por parte de pai não demonstravam muito interesse em mim ou na minha mãe desde que os dois se separaram. O que significava que minha tia viria com seu marido e suas duas filhas de onze e dezesseis anos, e só.

Quanto à família dos Styles, eu não sabia quantos componentes eram, ou se a família da mãe deles viria. Para falar a verdade, não sabia nem se Charlie viria, ele é sempre tão ocupado.

Brincadeira, ele provavelmente viria.

Eu espero.

Ou não.

Enfim, enquanto isso, na doce Nova York, eu não tinha notícias muito claras sobre o estado de Maggie. Louis sempre ficava na mesma, dizendo que não havia melhora, e que as contas estavam ficando muito altas. Logo, logo eles teriam de desligar os aparelhos, e isso significaria a morte de Maggie. Só a possibilidade já fazia meu coração se apertar. Ela não merecia isso.

Toc, toc, toc.

"Entra." Eu falei, e Niall abriu a porta rapidamente, entrando no quarto e fechando-a. Eu arqueei uma sobrancelha até lembrar que nós supostamente nos odiávamos... Pelo menos era isso que nossos pais pensavam. "Oi."

"Oi. Vocês tem que começar a parte dois do plano hoje." Ele disse e eu ri levemente.

"Parte dois foi dar um tapa no Harry." Eu sorri, lembrando de como foi bom me sentir no poder. Até, claro, eu tentar dar outro e ele segurar meu pulso, me tornando completamente impotente.

"É, aquilo não foi planejado, mas deu muito certo." Ele riu também. "Principalmente a parte da cozinha. Vocês improvisam bem."

Eu engoli em seco, disfarçando enquanto pensava naquilo. A parte da cozinha realmente aconteceu, não foi atuação. Niall sabia disso também, mas ele estava tentando arrancar algo de mim que ele sabia que não existia.

"Aham." Concordei. "Eu achei que tinha mais tempo até a parte três."

Contorcendo meu rosto em desgosto, lembrei da parte três. Não era a minha favorita. Dar um tapa no Harry definitivamente foi a minha favorita. Niall só deu ombros e disse que me mandaria uma mensagem quando eu tivesse que começar.

Relutante, bati na porta de Harry. Ele não deu sinal de vida. Eu sabia que ele estava ali, podia ouví-lo cantarolando uma música baixinho. Bati de novo. Nada.

SIX ➣ 1d fanficWhere stories live. Discover now