Quando tudo intensifica-se um pouco mais.

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Enquanto eu tentava não pensar muito sobre o que estava fazendo no caminho de casa (se eu o fizesse, provavelmente desistiria bem na "hora H"), Zayn descansou a mão na minha coxa durante o trajeto do táxi. Eu podia sentir os mini choques elétricos que o seu mais simples toque despertava no meu corpo. Havia algo a mais; seu toque era mais pesado e não ficava mais no meu joelho como o usual. Era mais malicioso, mais para a parte interna da minha coxa, e só isso me deixava em temperatura febril.

O taxista parou em frente ao meu apartamento e Zayn pagou-o. Enquanto isso ocorria, eu chequei meu celular; nenhuma mensagem, nem da minha mãe, nem de Louis. Ambos tinham prometido que me avisariam sobre qualquer coisa, boa ou ruim, mas eu não ouvia falar deles há horas. Eu não podia evitar o meu nervosismo e a apreensão que crescia em meu estômago pelo destino de Maggie.

Eu saí do carro e Zayn agarrou a minha mão como se pudesse ler os meus pensamentos, acariciando-a com o seu dedão. Eu sorri para mim mesma, esquecendo-me momentaneamente daqueles problemas. Nós caminhamos até em frente a entrada do meu prédio, mas Zayn me impediu de entrar, fazendo com que eu franzisse o meu cenho.

"Aqui está perfeito." Ele sorriu e eu arqueei uma sobrancelha. Não, não estava perfeito, estava bem frio, na verdade. Meus dedos e lábios estavam quase roxos. "Eu sei que você tá com frio. Vai ser rápido, eu prometo."

Tá, o que está acontecendo?

"Em... Eu não preparei nada pra dizer, porque eu não esperava que você fosse me dar a honra de deixar eu falar algo. Mas eu não posso evitar e te dizer o quanto você virou o meu mundo de cabeça para baixo. E, com isso, eu quero dizer completamente de cabeça para baixo. Quando eu te vi no Central Park, eu só vi a menina linda e frágil, chorando por algum motivo que eu não sabia. Eu fiquei pensando se ia falar com você ou não, e acabei indo, porque eu tinha a impressão que, se te deixasse escapar, eu nunca mais iria te ver, e não me perdoaria por isso." Ele agora segurava as minhas duas mãos. O frio não importava mais. Mesmo com o barulho do trânsito e da cidade que nunca dorme, naquele momento, parecia que só existia nós dois na cidade inteira. E talvez só existisse. Ou talvez só nós dois importássemos para mim. "Mesmo quando saímos pela primeira vez, eu não achei que você fosse fazer isso comigo. Não achei que você me faria pensar em você todos os minutos da semana, pensando em quando iria te encontrar."

Eu mordia o meu lábio com força para impedir que os meus olhos transbordassem com as palavras de Zayn.

"Lembra quando eu te trouxe em casa? Quando ficamos parados aqui, e tudo que eu queria fazer era te beijar até você esquecer essa ideia idiota de 'não se envolver'? E quando eu tive que me contentar apenas com um beijo na sua testa? A única razão pela qual eu aceitei só aquilo, era porque eu tinha certeza que você valia a pena esperar. E eu estava certo, valeu a pena esperar. Valeu a pena não desistir."

Sua fala me trouxe de volta para aquele dia; seus lábios mornos contra a minha pele gelada, as lágrimas que caíam dos meus olhos e a minha vontade de ficar com Zayn para sempre naquela noite.

"Em, eu não sei se você entende o quanto você mexe comigo só ao usar o colar que eu te dei," ele disse, seus dedos envolvendo o pingente de árvore do colar que eu usava. "Ou quando você usa as minhas roupas, ou roupas assim, ou quando você sorri, ou quando você simplesmente abre a boca para falar qualquer coisa. Se você não entende, eu pretendo passar o resto da nossa vida juntos te convencendo disso. Emma Rae Miller, você me daria a honra de poder te chamar de minha namorada?"

As lágrimas estavam escorrendo, mas nada disso impediu o sorriso gigante que estampou meu rosto quando ele - finalmente - fez a pergunta. Eu não pude evitar o abraço-quase-pulo que dei nele, envolvendo seu pescoço com os meus braços.

SIX ➣ 1d fanficWhere stories live. Discover now