capítulo 4

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Bárbara narrando

Meu dia foi incrível ao lado do que mais amo , cuidar e tratar daqueles animaizinhos é a melhor coisa do mundo. Me sinto protegida ao lado deles.

Aqui temos alguns filhotes para adoção , e eu me encarreguei de cuidar deles até serem adotados. Como todos os dias limpei o cantinho deles e aconcheguei vários cobertores para a noite de frio.
Conferi se todos tinham ração e água e acompanhei meus amigos para fora da loja.

Chris: vai para casa do Matheus , Bárbara? -- questionou enquanto eu trancava a porta do estabelecimento.
Babi: sim. Quer carona?
Chris: se não for muito incômodo.

Chris morava duas ruas antes da casa do meu "namorado" , na maioria das segundas feiras eu vou para lá , e nunca nego sua carona.
Esse menino é incrível , o conheci quando estava cursando o ensino médio e acabei esbarrando nele no corredor. Bem aqueles filmes clichês, a única diferença é que não namoramos e nem sentimos atração um pelo outro.
Ele se importa demais comigo, sempre tenta dar um jeito para as coisas acontecerem corretamente acima de tudo que eu esteja feliz. Oque mais o preocupa no momento são meus pais , diferente dele eles me tratam como qualquer uma , e ainda por cima não tenho liberdade para fazer o que bem entender.

Chris: boa noite, Babi. Amanhã quero você alegre como hoje , e fica tranquila que logo vai ter sua casa. -- assenti dando lhe um abraço e um beijo na bochecha.

Estacionei frente à casa do Jovem de cabelos negros e toquei sua campainha duas vezes ,  como sempre faço.

Matheus: fico feliz que veio , estava com saudades. -- a última vez que nos vimos foi quinta feira, e nem deu tempo para conversarmos.
Babi: me atrasei um pouco, desculpa. -- me deu passagem para entrar.

Ele mora sozinho desde que se mudou para cá , ou seja , dois anos. Devem se perguntar porque não decido morar com ele , para falar a verdade ele nunca me chamou nem se quer para dormir aqui. Imagina morar?!

Matheus: fiquei sabendo que sábado foi a uma festa. -- seguimos para a prisão cheia de livros e papéis , oque ele chama de quarto.
Babi: fui , você iria ficar em casa para estudar mesmo. -- joguei meu corpo sobre sua cama arrumada.
Matheus: queria te tivesse pelo menos me chamado. -- com certa distância se deita ao meu lado.
Babi: o que iria adiantar? nunca vai. Foi o único dia que consegui se livrar dos meus pais e não iria negar ir apenas porque você não vai.
Matheus: desculpa. Quer dormir aqui? assim podemos passar mais tempo juntos.

Babi: não sei se é uma boa ideia , preciso arrumar minhas coisas antes que minha mãe mexa. -- suas mãos passaram a percorrer meu braço.

Babi: o que está fazendo? -- estava próximo demais , eu podia sentir seu hálito quente no meu pescoço.
Matheus: eu quero ter um namoro "normal", Bárbara. Eu sei que não temos sentimentos um pelo outro , mas podemos tentar. -- os dedos começaram a brincar com a fivela do meu cinto.
Babi: não , eu já disse que não. Quando eu tentei mudar as coisas você não quis, você me rejeitou nua na sua frente. Quando for para ser , quero que haja amor , com você não tem isso.
Matheus: tem razão, eu falhei como amigo tentando fazer isso. Quer fazer fondue?
Babi: quero.

Isso não é a primeira vez que acontece , eu já passei vergonha demais e não estou nem um pouco afim de passar por isso denovo.
Na cozinha nos dividimos para preparar , eu fiquei com o chocolate e ele em cortar as frutas. Fomos brincando e rindo o tempo todo.

Babi: oque você acha sobre cassinos? -- banhei um morango no chocolate.
Matheus: ao meu ponto de vista é um lugar horrível. Onde já se viu pessoas perdendo fortunas por causa de jogos?
Babi: mas também ganham dinheiro.
Matheus: eu espero que não esteja interessada a ir em um lugar desse , você tem mais potencial. Se começar a fazer uma faculdade pode ganhar muito mais com uma profissão de respeito.
Babi: mas é que...esquece.

Por volta de dez horas da noite fui para casa , tomei um banho quente e vesti meu moletom quentinho.
Desci para a cozinha e lavei toda a louça que deixaram para mim , arrumei meu quarto e deixei tudo arrumado para a Clarisse não vir se intrometer.

Nunca foi sorteWhere stories live. Discover now