capítulo 32

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Bárbara narrando

Acordei deitada no enorme sofá da Bruna com o braço de Matheus na minha cara e a mão de Teo em minha coxa , mesmo dormindo nunca deixa se ser safado.
No banheiro percebeu que a maioria das manchas diminuíram a intensidade , mesmo com os hematomas retirou o pano que usava para cobrir os braços.

Milena: Oh céus! o que aconteceu?
Babi: nada , isso é alergia de algum tecido.
Milena: a mim você não engana , Baker. Foi o...Victor?
Babi: não , ele...ele até me ajudou. Foi um desentendimento com meu pai.

Milena: Oh céus! como ele pode fazer isso com você. -- começa a alisar as áreas escuras no meu braço.
Babi: mas fez , logo isso vai mudar. -- a mesma concorda comigo me abraçando forte.

Saímos do corredor e voltamos para a sala , alguns ainda dormiam. Quer dizer , a maioria.
Peguei minhas coisas e sai pela porta da frente , indo para casa. Chegando lá conferi as notificações no meu celular e uma conversa com +9 mensagens , era Mariela reclamando que a casa estava tensa , mal coloquei o pé dentro de casa e senti a tensão e o medo me invadir.

Fui para meu quarto , onde minha irmã dormia em um sono profundo. Não ousei em acorda-la depois da noite agitada anterior , apenas andei até o banheiro onde tomei outro banho.
Hoje é dia de ver Victor , quer dizer , jogar. Separei um vestido de manga longa na cor próximo a um vermelho escuro , comprei dias antes de iniciar meu plano e achei que hoje é o dia ideal para usar ele.
Queria tanto desabafar com Victor sobre minha vida , mas parece que tem um bloqueio entre nós que me impede de me abrir , talvez vamos nos ver por poucos meses até as coisas da minha vida se amenizarem e nunca mais irei ouvir seu nome. Sua amizade temporária é boa , eu consigo rir com ele como nunca ri aqui em casa , sem contar que tirou um enorme peso das minhas costas emprestando esse dinheiro. Coloquei a roupa separada em cima da cômoda do meu quarto enquanto descia para petiscar algo.

(...)

Babi: se cuide, ok? tenho quase certeza que Clarisse e Márcio já estão dormindo , se tranque no meu quarto e não abra por nada, não podem saber que sai.
Mariela: relaxa , vou ver alguns filmes e ler seus livros.
Babi: meus livros não. -- ganhei alguns inapropriados para sua idade , a todo custo insiste em querer ler.
Mariela: tabom , livros não. -- assinto.

Desci as escadas correndo nas pontas dos pés , peguei a chave pendurada no porta-chaves na parede da cozinha e parti para a parte central da cidade.



Nunca foi sorteWhere stories live. Discover now