capítulo 168

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Bárbara narrando

Depois de pegar uma roupa mais confortável na mala e trocar pelo moletom que eu estava  , me juntei com ele na cama.
No criado-mudo ao seu lado havia duas garrafas, uma de Bacardi e outra de energético. Tudo bem que energético não contém álcool , mas fico preocupada toda que vez o vejo misturando as bebidas.

Victor: está gostando daqui?
Babi: sim , mesmo não ter visto quase nada. Sua irmã me disse que vai vir me chamar quando forem andar pela casa.
Victor: que bom. Amanhã quando o evento começar , você vai comigo , Eduard sempre faz uma festa no primeiro dia dos campeonatos. Tiramos um tempo e eu te levo para conhecer as ruas da cidade. A cidade em que estamos é bem próximo do mar , posso alugar um barco para a gente.
Babi: Victor , são muitas coisas. Eu adoraria , mas você veio para cá para negócios , não posso deixar que desfoque sua atenção para mim. -- estava curiosa para saber o gosto da bebida com a cor azul , peguei seu copo e beberiquei. Tem um gosto amargo , com um gole você já sente sua cabeça mais leve de tão forte. Ele riu da careta que fiz.
Victor: fique tranquila. O meu trabalho aqui é a noite, e consequentemente não irei passar as noites dormindo com você , por isso não irá me atrapalhar de modo algum. Só quero aproveitar.
Babi: obrigada , esse tempo com você é um dos melhores! -- sorriu desvencilhando seus olhos do meu.
Victor: quando voltarmos , quero fazer uma coisa muito importante para mim. O que acha de uma aliança?
Babi: casar?! -- o ar faltou para mim , na verdade tudo em minha volta sumiu , me sinto perdidamente em um espaço.
Victor: não. Claro que não. Só acho que a maneira que estamos não dá para continuar , não quero te chamar de apenas "Bárbara" , ou até mesmo quando lhe chamo pelo sobrenome , quero amar você. -- suspirei pensando no que ia falar por um tempo.

Babi: eu não esperava isso , nem muito menos imaginava que pensava assim. Mas, estou de acordo com a aliança. -- sorriu olhando para todos os cantos do quarto , menos nos meus olhos. Com vergonha.

Acho que não deveria contar agora o que eu sinto, se ele disse que fará isso depois que chegarmos é porque prefere não ser agora. Pode achar muito cedo , e precisa dessa viagem para saber se isso é realmente o que quer. Fiz com que colocasse seu copo na maderia rústica do criado-mudo e que abraçasse como estou fazendo com ele.
Fechei os olhos sentindo e saboreando seu cheiro do perfume , os braços nus me prendiam no seu corpo com força , aninhando meus cabelos com os dedos.

Victor: sabe...aquele dia disse que estava com dor no braço , mas na verdade eu estava socando o saco de pancadas por eu não conseguir encontrar meu "eu" dentro de mim. As vezes eu me vejo como antes, mas na verdade eu só não tinha carinho. Sempre era só foder, ai você chegou e mudou isso , negava as vezes que eu dava a sugestão de ir pro quarto. Acredito que foi nessa parte que fiquei obcecado.
Babi: eu queria , mas sempre tinha medo de dizer a você. Hoje eu acho que foi no momento certo , eu sou intensa demais e isso poderia acabar afetando no começo.
Victor: você não é intensa, é grudenta. Eu odiava isso , mas para ter você eu precisava passar a gostar disso. E deu certo. -- ri baixo.

A porta foi batida três vezes , logo já imaginei ser Carol me chamando para o passeio. Victor abriu os braços para eu levantar, mas antes disso precisava dizer algo.
Babi: eu estou com medo.
Victor: do que?
Babi: elas são diferentes de mim , são do luxo e eu não. Sem contar que não sei puxar assunto devidamente. Anna pareceu gostar de mim , mas Deborá nem me cumprimentou...
Victor: calma. Elas são legais não vão te tratar com indiferença , tem uma certa amizade com minha irmã , não vai ficar excluída. Deborá é um pouco complicada, mas fique tranquila que o problema dela é comigo , não com você. Só teve uma primeira impressão errada. -- não sabia se ia com elas ou fingia estar passando mal pelo vôo , meu coração está acelerado que se estivesse em uma corrida iria ser o primeiro a ganhar.

Babi: tudo bem. Qualquer coisa eu venho com você. -- assentiu. Mais cedo disse que iria dormir , por isso sei que irei o encontrar aqui.

Coloquei meus tênis práticos para correr e abrir a porta , Carolina estava me esperando com Elisa em seu colo.
Carol: vamos tomar café da tarde debaixo das árvores , Victor não vai? -- neguei balançando a cabeça, fechando a porta atrás de mim.
Babi: disse que vai descansar.
Carol: ah tudo bem , então será só nós, mulheres. Gabriel está com Eduard vendo seus carros. -- balancei a cabeça compreendendo o que disse. Depois a segui.

A casa do Victor é incrivelmente linda e espaçosa , mas essa é três vezes maior. Os pisos todos claros puxado para o branco em porcelana , as paredes cobertas por um tipo de tinta fosca com a cor bege , combinando com os móveis de madeira rústica. Entre a sala de cinema e a sala de lazer , havia um pequeno cômodo com vários brinquedos  coloridos organizados nas prateleiras e nas caixas, com paredes estampadas com borboletas rosas. A cozinha tem uma mesa de jantar, também em madeira rústica, para doze pessoas , as cadeiras são tão lindas e parecem tão confortáveis que senti vontade de parar e sentar.
Todos os eletrodomésticos são em inox embutidos na parede de armários a direita , tão limpos e reluzentes que é de se duvidar que comidas são preparadas aqui.
O sol está a nosso favor hoje , quente o suficiente para Elisa aproveitar a pequena piscina enquanto conversamos deliciando os bolos e doces na mesa.

Nunca foi sorteWhere stories live. Discover now