capítulo 65

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Victor narrando

Eu precisava dormir, mas também precisava ver ela.
Depois que sai do estacionamento, estava livre para dormir o dia todo , e assim fiz.
Acordei já anoitecia novamente , ao sentir o colchão com lençóis brancos me lembrei que ainda não estava em casa. Arthur já se arrumava para o trabalho e não poderia me acompanhar até meu lar , e com isso fui sozinho.

Lara: ah , Victor! -- estava prestes para entrar em meu carro quando ouço sua voz doce. Desci e andei até a mesma.
Lara: agora que cheguei vai embora?!
Victor: estou indo para casa , o final de semana foi exaustivo.
Lara: entendo , mas que pena , queria te conhecer melhor. -- com a mão direita retira os fios de cabelos que grudaram em seu batom. Ela está me seduzindo? pena que acabei de acordar e estou lerdo para isso.
Victor: olha, eu preciso ir mesmo. Arthur está no comando , conversa com ele. -- a mesma me olhou entediada , acenei com despedida e voltei para meu carro.

Decidi ligar o som para não ocorrer de dormir no meio da estrada , o que pode acontecer facilmente vindo depois dos finais de semana. Estava tudo escuro, quase nenhum carro passava pela rodovia, o que me deu mais medo que o normal.
Olho pelo retrovisor e vejo um carro em alta velocidade atrás de mim , os faróis tão altos que chegou a ofuscar meus olhos.

Distrai a atenção e voltei meus olhos para a estrada.
A perseguição do carro atrás me afligia , os faróis sinalizando para eu parar me arrepiava, com toda certeza não é a polícia.

Apertei meu pé no acelerador mais uma vez , agora o carro está mais distante , porém ainda me segue.
Talvez isso seja apenas impressão minha , e seja uma pessoa normal que deseja ir para perto de minha casa , mas as sinalizações não eram atoa.

Um homem colocou a cabeça para fora da janela e aprontou uma arma na direção do meu carro , assim que vi joguei as rodas para o canto esquerdo da pista , foi por pouco que o tiro não ultrapassou o vidro.
A estrada parecia sem fim , nada em volta que possa impedir que o motorista me persiga, meu coração está tão acelerado que mal conseguia raciocinar sem ouvir os batimentos. Continuei acelerando , estava a trezentos quilômetros por hora em uma pista de cento e cinquenta , quando senti encostar na traseira do meu carro e pelo retrovisor a arma apontada para mim , vi até uma luz branca no fim do túnel.

Já me preparava para o fim , não tinha escapatória. Estava quase no máximo do meu carro e ainda continua colado atrás de mim , porra é meu fim.
Senti o desconforto em minhas costas aumentarem , foi neste momento que me lembrei da arma que recebi do chefe da máfia.

Com cautela , peguei a mesma e mirei para a roda do carro atrás , o tiro foi em vão.
Tentei outra estratégia , eu apenas preciso de espaço. Consegui uma bela distância entre nós para virar em sua direção , prestando atenção em casa movimento que fazia, o carro que eu estava de costas , agora estava a minha frente.

Antes de soltar tiro em seu pneu , não pude deixar de sorrir.
Como estava em alta velocidade o carro captou algumas vezes , era repentina a fumaça que saia do motor.

Tenho total certeza que Tony tentou novamente me levar ao inferno , achei melhor seguir meu caminho para não correr risco do seu reforço chegar.

As portas de casa estavam trancadas , os seguranças todos com os olhos bem atentos em casa movimento que passava na estrada deserta.

Victor: tranque todas as possíveis portas de acesso da casa , e não deixe que nenhum movimento passe despercebido. -- ordeno para alguns homens que estavam no portão principal.

Liguei o chuveiro na água bem gelada , minha cabeça está ao ponto de explodir e sair fumaça pelas orelhas.
Amarrei a toalha na cintura e caminhei até o quarto , separei um samba canção e vesti.

Não sabia desta minha capacidade no volante , e principalmente em armas de fogo , mas infelizmente para ter o direito à vida preciso me melhorar cada vez mais.

Nunca foi sorteOnde histórias criam vida. Descubra agora