capítulo 165

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Bárbara narrando

Passamos quase duas horas conversando e nos acertando definitivamente depois daquela discussão. Mais tarde , Gabriel apareceu com várias bebidas , é claro que por educação pedi para ficar , ele aceitou dizendo que não iria passar muito tempo.
Me disse o que aconteceu na sua semana em casa , garantiu que foi uma das piores semanas de toda sua vida. Estava quase tendo um surto.

Eu ri a cada loucura que dizia , estava tão animado que gesticulava com as mãos tentando me fazer entender melhor , mal sabe que eu estava atenta a tudo que dizia.
Dei a ideia de pedir pizza para nós antes que meia noite chegasse e os fast food's fechassem. Ele não quis , mas me senti obrigada a pedir pelos roncos do meu estômago.

A pizza chegou , comemos até nos sentirmos satisfeitos o suficiente. Victor continuou colocando as pequenas doses de vodka no seu copo , parece que não vai parar tão cedo.
Acho engraçado que desde o primeiro dia que o vi , nunca colocou uma gota de cerveja na boca, fico curiosa para saber o motivo.

Babi: por que você não bebe cerveja igual ao Gabriel?
Victor: prefiro destilado. Tenho péssimas lembranças com esse tipo de bebida.
Gabriel: por favor , me deixe contar! eu estava com ele quando tomou seu primeiro porre de bebida. -- Victor negava com a cabeça para ele não dizer , mas a emoção era tanta que Gabriel até levantou para encenar.

Gabriel: tinha acabado de se mudar para Vegas , eu o conheci no cassino e chamei para passar na boate depois comigo. Ele aceitou , estava empolgado para conhecer pessoas novas.
No fim , bebeu uma quantidade excessiva de cerveja que nem nós dois juntos não beberíamos. Ele ficou com uma garota que também tinha bebido , acabou gorfando no colo dela depois de a beijar. Mas não acabou por aí! ela vomitou em cima dele vendo ele gorfar nela. Foi uma cena horrível , mas o pior foi que ele dormiu na minha casa depois. Minha mãe jogou as roupas dele fora e teve que colocar uma minha. -- ele ria tanto , não conseguia terminar as palavras sem dar pelo menos uma risada. Victor ria de se jogar no sofá descontrolado , ri da cena e também da história vergonhosa.
Gabriel: por isso eu acho melhor você parar nessa dose , não vai querer vomitar na Bárbara depois de tanto tempo sem a ver. -- meus olhos olharam pelas extremidades vendo Victor sorrir envergonhado.

Eram uma e dez da madrugada quando Gabriel se foi , precisava estar descansado para a viagem do dia. Irão sair meio dia.

Victor: Bárbara...-- disse me entregando a garrafa pela metade para colocar na geladeira.
Babi: hum?
Victor: eu vou viajar por duas semanas...
Babi: eu sei disso , já me disse.
Victor: eu sei. Serão duas semanas sem a gente se ver, novamente. Senti saudade de você , você também sentiu porque vi seus olhos destacarem quando me viu. -- aos passos lentos se colocou na minha frente, meus olhos se fecharam automaticamente ao sentir seus dedos acariciarem minha bochecha , aproveitando esse carinho que não sentia à um tempo.

Victor: imagina como iria ser se você fosse. Iríamos passar duas semanas juntos , poderíamos passear na cidade como você me disse anteriormente , as noites lá são lindas para a apreciar em um barco apenas com nós dois. Os quartos são bem espalhados , assim ninguém escutaria e nem saberiam a hora que saímos de lá. Nada e nem ninguém iria mudar os planos que estou planejando nessa viagem , e queria muito que você estivesse ao meu lado e não apenas nos meus pensamentos. -- abaixou a cabeça até o módulo da minha orelha e disse cada palavra com certa leveza. Isso me fez esquecer de onde estou , entrei na onde da sua voz e só voltei a mim quando parou. Segurei na bancada com as mãos evitando de cair e mostrar-lhe que estou totalmente fraca e necessitando dele. Olhei de relance meus braços arrepiados.
Babi: está tentando me convencer a ir da pior forma , não é? -- seus lábios se curvaram no canto, sorrindo , pude perceber que mesmo depois de tantas doses ele ainda está um pouco sóbrio.
Victor: talvez. É sério , você pensou mesmo?
Babi: Victor , eu pensei , claro que pensei. Mas eu não sei se devo , dói só de pensar que antes estava fazendo de tudo para eu não ir. Você me magoou e depois acho que se arrependeu , por isso passou essas duas semanas insistindo todos os dias. -- passei os dois braços por volta do seu pescoço , chegando na nuca onde acariciei os pequenos fios que cresciam.
Victor: eu sei que te magoei , sabia também que se descobrisse iria ficar brava comigo. Mas diante de tudo que estava acontecendo te privar disso era a melhor opção, sabe que eu quero te proteger.
Babi: mas para de ser tão excessivo. Se fossemos parar para ver , estamos correndo perigo a todo momento. Só pensa positivo que vai dar certo.
Victor: isso quer dizer que você vai comigo? -- seu sorriso se alargou , desci os dedos para seus lábios e balancei a cabeça positivamente.

(...)

Acordei apavorada , pensei que tínhamos perdido hora do vôo.
Minhas costas estavam cobertas pelo seu peito , quando fui deitar ele enfiou a mão por baixo da minha camiseta e começou a brincar com meus seios , depois dormiu e sua mão ficou ali , entre a curva dos dois seios.

Eu pedi para dormir mais cedo , ele concordou por que sabia que eu não iria transar com ele , mesmo que esteja só um pouco embriagado. Esperei deitar e fui me apressar para fazer as malas. Coloquei roupa o suficiente para duas semanas, usei sua técnica de colocar vários estilos de roupa , nunca se sabe quando vamos em uma festa ou em uma festa do pijama.

Eram oito horas quando acordei , pensei que tinha me empolgado no sono , mas não. Mandei uma mensagem de texto para Olivia e pedi o adiantamento das minhas férias , suas semanas que eu iria repor no final do ano. Ela concordou só por que eu disse que era uma viagem de urgência.

Coloquei o celular no colchão e tentei dormir mais um pouco , aproveitando que eu estava aconchegada a ele me impedindo de fazer qualquer outra coisa além de dormir. Me surpreendi após deitar e ele acordar vindo me abraçar por trás , sempre prefere ficar no seu lado da cama. Longe de mim.
O sono me afetou , pelas horas que deitei foram só quatro horas de sono até agora, menos que meu corpo precisa para ficar um dia todo em pé. Puxei o lençol para nós dois , mas ainda tinha algo que me incomodava.

Já ouvi outras vezes que os homens acordam com uma pequena ereção , já até vi de relance após acordar antes que ele , mas ele está completamente exitado. Não pode ser que está acordado , sua respiração está mais alta que o normal para mentir. Ele me amassava com seu peso fazendo que ele ficasse na minha bunda. Oh céus.

A partir dai não dormi como queria , só parei de persistir quando senti que acordou.
Levantei-me sentando na cama , quando foi virar de barriga para cima suas costas estalaram.
Victor: merda , sabia que dormir assim não era uma boa ideia. -- suspirei o olhando, mas sem dizer nada.

Passei os dedos entre os nós em meu cabelo antes que eu assuste comigo mesma ao olhar no espelho. Abraçou minha cintura levando-me até mais perto , sorri.
Victor: eu te atrapalhei dormir? vi que mexeu muito.
Babi: no pouco tempo, eu dormi bem. Só não estava conseguindo cair na real que era você abraçado a mim. Não gosta de melosidade. -- caçoei dele , que as poucos ia sorrindo.
Victor: carência , eu acho. Ultimamente não sinto o mesmo , isso está me intrigando. -- deu tempo de eu levar minhas malas para baixo e colocar a água do café para ferver até tomar coragem e levantar da cama.

Victor: se importa se eu usar o seu banheiro um pouco?
Babi: fique à vontade. E para pedir ajuda também. -- sorriu entendendo o que eu disse com dificuldade por estar com a boca cheia da espuma da pasta de dente. Pelo espelho via apenas suas costas cobertas pela camiseta branca , odeia o fato de eu estar no banheiro enquanto urina.
Babi: sabe...temos um bom tempo até a hora de partir... -- sorri escorando minhas costas na pia quando ele virou para minha direção. Peguei nos seus punhos e coloquei a minha volta , aos poucos senti seus beijos molhados no meu pescoço.
Victor: eu quero ter você , mas é melhor não, gatinha. Aliás, obrigado por ter me mandando dormir ontem , eu não trouxe preservativo. Não quero correr esse risco.
Babi: sabe que tem outras maneiras. -- sorri partindo para sua boca. Ao sentir sua língua lembrei do momento constrangedor que passei mais cedo. Interrompi o beijo.
Babi: o que você estava sonhando essa noite? -- ele riu.
Victor: nada que a gente já não tenha feito. Teve uma novidade, mas eu adoraria se você fizesse. -- riu antes de tomar meus lábios novamente.

Nunca foi sorteWhere stories live. Discover now