capítulo 180

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Victor narrando

ー alô?
ー alô? Victor Miller? Sou o detetive investigador Hoper , sua advogada Isabela deixou seu contato comigo para mais informações.
ー olá detetive , sou eu mesmo. Espero que sua ligação seja para boas notícias.
ー e são. Por ele ainda estar com o celular ligado , detectamos todos seus movimentos pelo rastreador , no momento está embarcando para Chicago. -- o sangue dentro de mim começou a ferver , senti uma pressão enorme nos punhos e as pernas fraquejarem.
ー os impeça de embarcar!
ー já fizemos isso, Victor. Temos um esquadrão à caminho , uma ambulância também está indo , não sabemos as circunstâncias que seu amigo está. Logo mais te ligo para outras notícias.
ー assim que o ver , me ligue. -- concordou e desligou.

Contei para Gabriel o que o detetive havia descoberto , respirou aliviado por saber que foram visto no aeroporto. Mas eis a questão; por que iriam para Chicago? pelo o que eu sei Tony mora em Vegas à algum tempo.
Sentamos esperando alguma notícia , as horas se passaram e nada de retorno. Nenhuma mensagem ou ligação que tire essa tensão de nós , nem mesmo Rodrigo deu sinais.

A noite caiu muito rápido , nossos estômagos rosnam pedindo comida. O meu pede pelo menos uma refeição do dia , não comi nada além de torradas pela manhã. Comemos com o resto da casa , alertei Eduard sobre o sumiço do meu amigo , ficou preocupado e até se disponibilizou para caso eu precise de ajuda financeira.
Bárbara não olhou para mim , pegou o pouco de comida como sempre e sentou-se duas cadeiras depois da minha.

Não esperei a sobremesa , subi para o quarto esperando meu celular tocar.
Gabriel: Victor! Victor! -- acordei assustado depois do cochilo sobre o celular. Na tela, o mesmo número desconhecido que anteriormente.
ー detetive?
ー Victor? desculpe pela falta de notícias. Bem , os encontramos no aeroporto momentos depois que falei com você , seu amigo aparentemente estava bem , mas dopado de drogas. Apreendemos os dois delinquentes que o acompanhava , mas infelizmente seu amigo fugiu. Não sabemos ao certo onde ele foi , não tinha noção de onde estava. Já estamos iniciando outra busca pela região.
ー como ele fugiu? imagino que havia muitos policiais em volta.
ー havia. Seu amigo iria na ambulância , por isso não conseguimos o deter de fugir já que os médicos não tem treinamentos de policiais. Espere , vamos fazer de tudo para que amanhã ele esteja bem , em um hospital.
ー por favor , faça de tudo que estiver em seu alcance , eu pago se preferir! só quero ele vivo.
ー vamos tentar , Miller. -- finalizou a ligação.

Victor: os sequestradores foram presos , mas nosso amigo fugiu. Drogado até onde pode , ele correu dos enfermeiros e não sabem onde ele pôde ter isso. Que porra!
Gabriel: pelo menos sabemos que ele está vivo , e acredito que longe do perigo. Vamos esperar , aquela região faz parte do território do Rodrigo , ele pode ajudar os policiais nas buscas.
Victor: ele nunca concordaria em ajudar , tem ódio mortal de policiais desde que prenderam seu pai. Ligue para Bela e Rodrigo , passe as instruções que você sabe bem e que são as mais corretas , acredito que tem uma mente mais rápida que a minha nesse momento. -- tentou sorrir por eu o enaltecer. Eu realmente não estou com cabeça para isso agora , não tenho nem tempo para descansar até meu trabalho no cassino com Eduard , porém tempo suficiente para ver onde Bárbara está.

Dormia com os braços fechados esquentando um ao outro e as pernas dobradas , sentei ao seu lado no sofá esperando acordar com os pequenos pelos do meu cavanhaque fazendo cócegas no seu pescoço.
Remexeu inquieta , fugindo das cócegas e dos beijos. Aos poucos abriu os olhos e olhou para mim , buscando com os dedos meu rosto para acariciar.

Babi: desculpa por ter batido em você.
Victor: desculpa por ter gritado com você , e também por não conseguir controlar minha raiva.
Babi: tudo bem , você tinha razão para estar furioso , seu amigo está em perigo. Teve notícias dele? -- o sofá tem um tamanho ideal para uma família  enorme , consegui abraçar ela por trás e mesmo assim sobrou muito espaço.
Victor: acharam ele no aeroporto. Os sequestradores estão presos , mas no momento de ir para a ambulância o Arthur fugiu. Estava louco e dopado de drogas,  nem sabia quem era. -- murmurou um "nossa" tentando virar sua cintura de frente para mim.
Babi: logo ele vai estar bem , pensa positivo. Agora que já sabe onde ele está, cuide de você , coma algo e tome um banho. Seu porco. -- ri.
Victor: eu tomei! acha mesmo que eu iria vir deitar com você sem tomar banho?! -- seus olhos subiram e desceram , não acreditando em mim.

Beijei seu pescoço subindo até o seu rosto , tentava se controlar mas a vontade de me beijar é mais forte. Nossas línguas se encontraram e comemoraram dentro da boca dela , saudade , uma saudade que não sei explicar o motivo.
A acompanhei rastejando pelas paredes até chegar no nosso quarto , a falta de ar se fazia presente mas não nos afastamos , ao contrário , ficava mais intenso ainda o beijo.
As mãos sem esmaltes acompanharam as minhas pelo meu tórax até chegar na barra da cueca , por dentro da calça de tecido grosso.

Nunca foi sorteOnde histórias criam vida. Descubra agora