Nunca foi sorte

capítulo 70

Victor narrando

Sentir aquela boca doce pelo gloss colada a minha me fez esquecer de onde estamos.
Controlei meus punhos para que não descessem até seu corpo , aperto minha mão com tal força que é possível as veias saltarem para fora.

Babi: eu conversei com meu namorado. -- sua boca para de responder ao beijo, afasto meu rosto um pouco para apenas ter a visão de seus olhos. Afirmei com a cabeça para que continuasse a falar.
Babi: eu disse sobre um possível fim , mas esse é o momento que ele mais precisa de mim. Disse também não ligar para eu beijar outras bocas. -- cada vez essa história fica mais confusa , como ele não pode sentir ciúmes de uma garota bonita como ela? e principalmente qual namorado aceitaria traição? continuei olhando para ela , estou tão confuso que é capaz ter uma incógnita em minha testa.

Babi: eu acho que em breve consigo me abrir com você , sei que deve estar confuso sobre algumas coisas , mas quando der te explico. -- assinto , com o indicador coloco uma mecha de cabelo atrás de sua orelha.

Victor: pretende jogar?
Babi: quem sabe amanhã , mas hoje não.

Desde segunda aconteceram muitas coisas na sua vida , contou me até que seus pais foram em uma viagem e está sozinha em casa , e o melhor de tudo é que não tem hora para voltar.
Não pude deixar de rir quando novamente me contou que bateu a lateral de seu carro em outro , estou chegando a suspeitar que é maluca.

Victor: tá afim de fazer alguma coisa?
Babi: eu estou morrendo de fome. -- sua mão desce a barriga que reclamava pedindo comida.

Confesso que eu também estou com fome , peguei em seu punho e a guiei até o restaurante do hotel.
Deixei escolher um prato de sua preferência , depois pedi o meu e duas taças de vinho.

Babi: esse hotel é seu também?
Victor: não , mas temos parceira fechada até o fim do Cassino. Os turistas que chegam para conhecer o lugar, obviamente precisam de um lugar para dormir , e com isso o hotel oferece os quartos par a alugar. Eu e minha irmã temos nossos quartos aqui , passamos todos os finais de semanas neles , e pela segunda feira vamos para casa.

Babi: você dorme no mesmo quarto que o dela?
Victor: o meu é próximo. Porque? planeja me visitar mais tarde? -- digo brincando com sua timidez , suas bochechas mudam o tom de pele mais rápido que o normal.
Babi: eu não pensava isso , estava curiosa apenas. Você pensa que tudo volta em torno de você , não é? sempre convencido.

O que ela não conseguiu entender ainda é que digo coisas semelhantes porque desejo lhe divertir. Sempre abre um sorriso sincero. Desta vez não foi diferente , e com isso retribui sorrindo.

Minutos longos depois , nossa comida chegou. Era uma boa refeição , que com certeza iria matar sua fome ao ponto de passar horas sem comer novamente.
O garçom veio recolher os pratos vazios , as taças ainda haviam vinhos mas rejeitamos. Com o cartão de débito paguei nosso jantar , como da outra vez ela insistiu para me ajudar , eu apenas ignorei sua voz fina me interrogando.

Desviamos da entrada principal e seguimos pelos fundos , seu semblante mudou de um sorriso alegre para um sorriso preocupado. As folhas das árvores estão todas húmidas pela chuva de mais cedo , sua mão acariciou algumas flores e se sentou no banco ao meu lado.

Babi: eu só queria terminar meu relacionamento de uma vez , mas justa hora para ele precisar de mim. -- sinto que precisa soltar esse desconforto de sua garganta , até que começou a soltar aos poucos.
Victor: tenho zero entendimento de relacionamentos , mas se você não se sente bem tem que dizer para ele.
Babi: é esse o problema , eu não consigo. Além de tudo temos uma amizade de anos , e essa é a hora que meu lado de melhor amiga tem que atuar. -- deixei que terminasse seu desabafo para tentar entender melhor e tirar minhas próprias conclusões sobre.

Victor: entendo que tudo isso deva ser muito difícil para você lidar sozinha , nunca passei por coisas assim mas percebo por apenas me dizer essas poucas coisas. -- meu lado compreensivo cresce , mas outra coisa não deixa de crescer. Porra Victor.