capítulo 144

1K 80 5
                                    

Victor narrando

Meu braço já está com dores mais fracas , mas ainda não posso mexer.
Tomei um banho rápido e caloroso , coloquei uma bermuda básica e peguei uma camiseta para pedir ajuda a Carol.

Desde então eu não consigo colocar camisetas , nem trocar os curativos e desinfetar a região com os remédios , minha irmã anda sendo muito prestativa para isso, coisa que eu nem imaginava vir dela.

Do meu quarto sinto o cheiro delicioso da sopa que Maria faz, uma comida simplesmente incrível e que sou viciado. Desci para jantar o mais rápido possível , consegui chegar a tempo e comer a sopa quente.

Carol aproveitou o tempo junto a mim na mesa para me contar as novidades da cidade , não tem tantas notícias do Cassino porque tem medo de o frequentar sozinha.
Coloquei um belo filme para existir até dormir nessa noite intediosa de sábado. Meu celular vibrou , uma foto vinda da mensagem de Lucas.

A foto nada mais era dele na compainha da Bárbara. Senti uma sensação ruim , ciúmes talvez? sim , é claro , eles estão bebendo enquanto estou aqui na tristeza do meu quarto.
Em sã consciência Baker não é capaz de beijar Lucas sabendo que sua amiga tem um lance com ele, e vice-versa. Queria saber onde estão, perguntar se estão se divertindo mas poderiam me achar intrometido.

Continuei o filme até algumas horas da madrugada , normalmente durmo próximo ao amanhecer, não tenho sono.
Meu celular começou a notificar em baixo das minhas cobertas , quando vi na tela estava escrito o nome da Bárbara e sua foto.

ー Victor. -- diz baixo com a voz rasteira.
ー diga , gatinha.
ー eu atropelei meu ex. -- começou a rir sem parar , eu não sabia se perguntava se ele estava bem ou se ria com ela.
ー agora? como assim?
ー não , não foi agora. Eu não vi , estava distraída , mas acho que ele está bem.
ー você bebeu de novo?
ー um pouco. Um pouco demais. -- lembro das suas palavras quando disse que não iria beber por esses dias, e agora está igual ao outro sábado.
ー onde você está? é melhor ir para casa. Pede para algum de seus amigos a levar.
ー eu tô...tô na casa do meu amigo. Vem me buscar , depois a gente dorme junto. Você cuida de mim. -- sorri.
ー você sabe que eu não posso dirigir , vai para sua casa e toma um banho frio. Amanhã eu ligo para ver se está bem , pode ser?
ー não. Você gosta de mim?
ー g-gosto.
ー então vem ficar comigo. -- ri.

Pedi para passar o celular para alguém que estava por perto , assim vejo se alguém pode levar ela embora, vai que atropela outra pessoa. Sua amiga Milena atendeu , estava em uma crise de riso por causa da Bárbara. Disse que vai levar ela para a casa logo.

Pelo tempo que conheço esse meio metro de gente , ela não vai chegar em casa e fazer o que mandei.
Peguei minha jaqueta e coloquei por cima dos meus ombros , sai pela porta e pedi um leve favor ao meu segurança do portão.

Victor: eu preciso visitar uma pessoa na cidade , é urgente. -- como eu já imaginava tentou ligar para o celular de Carol para ver se ela aprovava minha saída, por minha sorte estava dormindo.

Lhe entreguei a chave do meu carro para fazer esse esforço para mim , foi o único jeito que eu tive para sair de casa. Pedi para que fosse rápido , Bárbara pode ser um perigo.
Chegando lá, sua casa estava com as luzes ligadas , a porta da frente meio aberta. Aos poucos fui entrando com passos leves , sem fazer muito barulho , suas coisas estão jogadas pelo caminho me levando até seu quarto.

Pedi mentalmente que não estivesse com outro homem e eu atrapalhar , estava tirando seus sapatos sentada na ponta da cama , quando me viu jogou jogou os sapatos que estavam na suas mãos. Acertou em cheio entre minhas pernas.
Babi: desculpa, eu não vi que era você. -- me colocou para dentro do quarto com cuidado, não encostando em meu braço.

Sentei entre as almofadas , com o corpo mole se rastejou para um abraço em meu colo. Segurei suas costas apoiando minha cabeça no seu pescoço protegido pelos cabelos.

Victor: você veio sozinha? -- assentiu.
Babi: eu disse que não precisava , estou bem.
Victor: assim , claro. -- sou sarcástico. -- vai tomar banho , tá? Depois a gente dorme.
Babi: por que? Eu estou fedendo?
Victor: Você não está. A senhorita disse que não iria beber além da conta novamente. -- começou a rir sem motivo. Na verdade um motivo têm, eu estou sendo trouxa demais vindo aqui porque pediu. Já uma moça adulta e não precisa que eu fique cuidando dela.

Pegou a toalha que eu lhe entreguei e foi para o banheiro. O chuveiro ligou e momentos depois desligou , um banho mais rápido que o normal, tenho minhas dúvidas sobre estar me enganando. Abri a porta e lá estava ela seca , sem nem ter molhado um fio de cabelo. Rindo da minha cara.

Depois de muita enrolação , tomou o banho e colocou um pijama comprido. Já está menos risonha.

Babi: então quer dizer que o Augusto gosta de mim?
Victor: eu te enganei , bobinha. -- apaguei as luzes de led branca do quarto , coloquei nosso celulares no silencioso e me juntei a ela na cama.
Babi: não se preocupe , seu segredo tá guardado comigo.

Virei do lado oposto a ela e dormimos.

Nunca foi sorteOnde histórias criam vida. Descubra agora