capítulo 183

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Bárbara narrando

A tarde foi tranquila , posso dizer que foi uma das mais sossegadas que tivemos. Ajudei Anna a preparar cupcakes para a pequena Elisa.
Das outras vezes não pudemos conversar sozinhas , mas hoje Carolina resolveu andar pelo Porto com Max e Deborá, até agradeci por isso.
Victor e Gabriel estão em nosso quarto fazendo planos e buscando entender melhor o porquê deste pequeno sequestro com o Arthur. Na real , já sabem o motivo , mas buscam infiltrar mais.

Anna procurava saber mais sobre mim , entender porque desvio tanto deste assunto , da mesma maneira que Victor fez comigo durante os primeiros meses.
Anna: trabalha a muito tempo , Bárbara?
Babi: quase dois anos , me sinto bem trabalhando com os animais , só que eu não quero só isso. Quero cuidar deles , dar carinho a eles , por isso vou começar faculdade ano que vem.
Anna: que bom! aqui em casa não temos mais animais , Elisa tem alergia a pelos , por isso que depois da morte do Dengo , nosso cachorro de longas datas , resolvemos não ter mais. -- seus olhos castanhos ficaram inundados pelas lágrimas , senti uma vontade enorme de abraça-la apenas por pensar em sentir a dor horrível de perder um animal de estimação.

Continuamos conversar até a massa ficar assada por completo , depois colocamos a cobertura de chocolate e os granulados coloridos em forma de estrelas. A criança se lambuzava toda com o chocolate, seu rosto coberto com os granulados que grudaram quando tentou enfiar o Cupcake todo na boca. Rimos , provando se a receita havia dado certo.

Babi: vocês não vão comer? logo vou pensar que estão tendo um caso de tanto que ficam trancados nesse quarto! -- a minha cama estava coberta com papéis , tanto do Royale quanto da perícia sobre o sequestro. Gabriel quase dormia lendo um folheto , já Victor fazia o que mais ama no mundo; bebia uísque sentado no sofá abaixo da janela falando no telefone.

Babi: preparamos o café da tarde , ou jantar para vocês que vão ao Cassino. -- informei Gabriel , sorriu se acomodando na cama. Lancei um olhar de canto para o moreno na janela , já esperava eu olhar para ele sorrindo. Agradeci mentalmente por ter encerrado a ligação antes que Gabriel durma.
Victor: acho que não vai querer dormir onde eu transo.
Babi: Augusto! -- o repreendi. Por mais que nossa intimidade com Gabriel seja grande , não acho legal ficar dizendo essas coisas comigo aqui. Me sinto envergonhada!
Gabriel: e tem algum lugar deste quarto que vocês não transaram? -- riu , caçoando com o Victor. Um rubor cresce no meu rosto , poderiam facilmente me confundir com um tomate neste momento.
Victor: acho que já está na hora de você sair , desce para a cozinha que eu já estou indo. -- Gabriel assentiu , nos deixando sozinhos por um tempo.

Victor: mais cedo não tive tempo de perguntar, mas vi que seu amigo ligou. Lá está tudo bem? -- logo depois do almoço Chris me ligou e me informou de como estão as coisas por lá.
Babi: está tudo ótimo , contou até que vai ter uma festa com o pessoal da loja. Ele está bem feliz , talvez vai pedir Bianca em namoro na festa , ajudei a preparar o pedido comprando alguns doces e os balões.
Victor: já estava na hora, na festa em sua casa ele não parava de dizer um segundo nela. Pensei que falava tanto por estar bêbado. -- enquanto sorria para ele , pensava se ele planeja fazer um pedido mais formal, ou se vou chegar em casa com balões vermelhos voando pelo teto e pétalas pelo chão. Começou a ficar preocupado porque eu o encarava tanto , preferi dizer que pensava em outra coisa.

Victor: apesar de você ficar bagunçando meu cabelo, eu amo por que me sinto uma cebola. -- ri. Me distraio enrolando os pequenos fios do seu cabelo em meu dedo , da mesma maneira que fico com o meu. Puxei seu rosto e beijei sua boca , avermelhada e carnuda que sou apaixonada.
Victor: olha , ainda bem que você está aqui comigo , imagina se fosse você a sequestrada , eu iria enlouquecer.
Babi: viu! não esqueci ainda do jeito que você disse sobre não me querer com você na viagem. E agora está feliz por eu ter vindo. -- fechei a cara fingindo estar brava, só que na verdade isso não me machuca mais. Um pouco sim , mas a dor é pequena.

Uma coisa que não acontecia a dias aconteceu , a pressão no meu estômago cresceu muito de um momento para o outro. A mesma sensação de eu estivesse na piscina depois de ter almoçado um prato bem reforçado.
Victor percebeu que fiquei desconfortável e me chamou para descer e beber um copo de água , ou até comer mais um pequeno bolo para caso seja fome.

Victor: está tudo bem? -- iria sair sem se despedir, mais cedo já havia me dado tchau antes de eu entrar no banho , mas , mesmo assim me esperou sair do banheiro.
Babi: eu estou , era fome. Vai logo antes que se atrase , vou deitar mais cedo para estar acordada quando chegar.
Victor: vai mesmo? sabe que não precisa. -- assenti , faço isso todos os dias e hoje não seria diferente. Eu ainda estou de toalha em volta de mim , permiti que suas mãos tocassem nas minhas partes íntimas ainda por cima do tecido felpudo enquanto o abraçava.

Algumas horas depois eu já estava trocada e alimentada, mas ainda sentia um pouco de fome.
Surpreendente a maneira de como sempre acho Max na cozinha , desta vez está com Carolina bebendo uma xícara de leite e comendo algumas torradas. Sem que eu pedisse , Carol já o mandou preparar mais leite quente para mim e passar mais geleia nas torradas que ela queria conversar "coisas de mulheres" comigo.

Nunca foi sorteWhere stories live. Discover now