capítulo 33

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Bárbara narrando

Antes de entrar na porta pelo seguranças , escuto alguém chamando meu nome bem baixo. Olho em toda minha volta e não me deparei com ninguém , a voz continuou chamando me chamando.

Victor: ei! -- a voz era dele , estava na entrada ao lado do local.
Babi: não havia te visto. -- vamos de encontro um com o outro , cumprimento lhe dando um beijo na bochecha.
Victor: vem comigo , vou comer no restaurante do hotel.
Babi: não quero lhe atrapalhar , deve ir com outras pessoas também.
Victor: eu estou sozinho, e você não me atrapalha.

Concordei antes de pegar na minha mão me levando até a entrada do restaurante. Sentamos em uma mesa na parte onde havia um vidro , dando para ver a parte das flores onde me levou há alguns dias.

Victor: garçom eu quero uma garrafa de vinho e dois pratos de ravióli , por favor. -- o homem em pé ao lado da mesa assentiu anotando o pedido.
Babi: como você pede um prato para mim sem nem saber se eu estou com fome?! -- brinco.
Victor: você tem cara de estar com fome. -- ri , é verdade , eu estou morrendo de fome.

Enquanto o vinho não vinha conversamos sobre coisas que aconteciam ao nosso redor.

Victor: você namora mesmo ou só disse para não nos aproximarmos?
Babi: sim , namoro. Mas você não iria entender esse relacionamento , nem eu entendo.
Victor: eu até que poderia entender , os meus antigos foram dos mais estranhos possíveis. -- sorri.

Babi: você faz isso com todas as iniciantes que frequentam seu local? -- sua gargalhada foi espontânea , até me surpreendi.
Victor: claro que não. Eu te achei diferente das outras , não manteve contato comigo por interesse. Muitas delas queriam se ficar para poder de alguma forma usufruir da grana , e principalmente do meu corpinho. -- sim , eu ri demais, na verdade sempre rio do seu jeito convencido.

Babi: eu imagino como seja , mas mesmo depois disso eu não quero nada seu , não sei nem como vou te pagar por aquele esforço que fez por mim. -- quando comecei a dizer me veio aquele pensamento de quando eu conversava com os filhotes , até eu tinha certo pensamento sobre usufruir.
Victor: eu já disse para ficar tranquila , afinal você vem sempre aqui e parte das suas apostas vem para mim. -- assinto.

As taças de vinho chegaram , assim que o garçom a colocou sobre a mesa eu já peguei e dei um gole. O gosto era bom , acredito ser vinho seco e posso sentir o gosto da uva mesmo , nada de essências. Não vou negar, eu nunca havia tomado um desse jeito , sempre tomei os doces e nem tão caros assim.

Paramos de conversar por um tempo até o garçom terminar de servir os pratos para nós, parece muito apetitoso.
Quando eu admirava o prato mal percebi que ele me olhava , mais precisamente para o meu bico pronto para receber uma garfada da massa.

Victor: gostou? -- sorri , pela sua fala parece que foi ele mesmo que fez essa obra prima.
Babi: isso é muito bom. Deve comer isso sempre então por isso nem vou perguntar o que achou.
Victor: na verdade não , a última vez que eu comi foi com meus pais em Chicago. Eu não me sentia inseguro sempre que tentava comer , mas hoje eu me senti melhor , não sei se é por estar aqui ou se esse trauma já passou. -- ele parece ser um homem que não deseja pessoas no seu pé , nem de demonstrar afeto pelas pessoas , mas quando você o conhece percebe que no fundo é muito mais sentimental. Depois disso fiquei um pouco tímida para lhe responder , apenas continuei comendo.

Nunca foi sorteWhere stories live. Discover now