capítulo 24

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Victor narrando

Ao longo dessa semana tensa , conseguimos fazer com que as coisas voltassem ao normal , sem cisma com Bárbara e muito menos homens a vigiando.
Meu rosto ainda estava com leves ferimentos, porém interiormente tudo pulsava de dor.

Cheguei ao estabelecimento depois de aberto , corri para a despensa chamando minhas dançarinas e coqueteleiros para os avisos de quase todo dia. Isso é quase que uma rotina , dou a segurança por minha palavra que estão seguros aqui, e que se alguém tentar fazer algo que não gostam pode gritar pelos seguranças.
Bárbara usava um vestido preto com uma jaqueta jeans menor por cima , nos pés um tênis branco. Oque foi? eu gosto de reparar nos looks das pessoas!
Mesmo de longe seu acompanhante não desvia o olhar dela , apreensivo e certamente com medo que alguém , vulgo eu , faça algo contra ela.

Passou cerca de uma hora quando senti o banco ao meu lado ser esquentado por um bumbum mediano , Bárbara.
Victor: conseguiu acabar com aquele empresário homofobico?
Babi: sim , e com a loira cara de maluca também. -- sorri , não é possível que ela ganhou de um dos melhores daqui.

Babi: foi mais difícil que eu imaginei, mas oque importa é o dinheiro que está no meu bolso agora.
Victor: ah , claro. Eu queria me desculpar por aquele outro dia , estavam acontecendo algumas coisas que me deixou bastante irritado.
Babi: e eu quero pedir desculpas pelo tapa que dei no seu rosto , estava todo ferido e com uma marca de mão vermelha em seu rosto.

Victor: quer conversar fora dessa movimentação? acredito que seu acompanhante demore um pouco. -- o mesmo estava  em uma roda de homens conversando e com uma dançarina próxima.
Babi: não vou negar , mas primeiro teria que jogar.
Victor: querida , eu estou totalmente disponível essa noite toda. Alguns amigos não vieram e os que estão não podem conversar. -- sorri restituindo da mesma forma.

Quando eu já não suspeitava mais , vi três seguranças nos pontos escuros do local apenas observando cada movimento dela. Isso é a mandado de minha irmã , por mais que eu tenha insistido em encerrar esse assunto a mesma sente muita insegurança sobre a mesma. Tirar Bárbara sobre a vista deles seria difícil , teria que levar a um lugar onde ninguém frequenta.

Ao fim da sua última partida, peguei mais um copo chamada "frozen" onde metade de seu copo é vodka forte.
Babi: planeja me embebedar para abusar de mim ou apenas quer rir pela vergonha que irei passar? -- ri com a mão na testa , negando todos suas suposições.

A encaminhei para a parte interior da ala funcionários , onde caminhamos até a abertura dando em um bela e pequena trilha de flores e árvores.

Babi: porque viemos para cá?
Victor: aqui é bem melhor para conversar , me sinto vigiado lá. -- assente.

Babi: como é a sensação de ter a vida "ganha"?
Victor: acredito que "ter" a vida ganha é algo que eu não posso dizer , por mais que eu tenha investimentos para o resto da vida eu nunca vou deixar de lutar e melhorar; meu pai sempre me disse isso.
Babi: ele tem razão , por mais que eu tenha passando por tudo isso eu nunca vou parar de lutar , e quando eu alcançar meu sonho não vou descansar.

Victor: a gente pode sentar? ainda sinto dor nas costelas desde a última semana. -- ri fraco apontando para o banco a nossa esquerda.

Estava intrigado e curioso para saber o motivo de vir aqui , parece tão bem , porém vejo um olhar triste quando fito no fundo nos seus olhos.

Victor: porque vem aqui?

Nunca foi sorteWhere stories live. Discover now