capítulo 18

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Bárbara narrando

Confesso que estou indo novamente para o Royale por que Victor disse que iria me ajudar , não negaria ajuda de um homem tão importante.
Vesti uma saia preta que completava uma blusa agarrada com terminação antes do umbigo.
Para completar, coloquei uma jaqueta branca por cima , era um pouco maior que a saia de tecido macio.

Dirigi até o local com calma , para que quando chegar no local é a hora combinada. Estacionei dois carros longe da entrada , respirei fundo. Quando abri a porta, senti encostar em algo, ou melhor alguém.

Babi: oh meu deus me desculpe. -- acabou coincidindo ao mesmo tempo que dois homens passavam. Senti minha pressão cair quando me dei conta de quem era.

Um homem aparentemente da mesma idade de Victor o ajudava a andar , que agora se contorcia de dor no abdômen.

Babi: oque aconteceu? -- o seu possível amigo parecia cansado de sustentar seu corpo e de seu amigo , ajudei guiando os dois até a porta onde havia um aviso bem grande , "restrito".

Abri a porta dando dentro de um corredor de luzes acesas. A primeira porta que vi despejei meu peso sobre ela fazendo se abrir , era um pequeno quarto com um banheiro com vaso sanitário e pia.

Victor: Gabriel não vá para área de trabalho assim , vão suspeitar. -- o amigo assintiu indo ao banheiro.

Babi: calma , preciso de panos e álcool para desinfetar seus machucados.
Victor: não precisa , eu tô bem.
Babi: claro que não está! olha seu rosto, suas mãos...

Victor: isso se resolve com um banho e remédios. Eu sei que disse sobre te ensinar sobre os jogos , mas hoje não dá. Pode ir apostar, ou mesmo ir embora.

Ignorei seu argumento para lhe ajudar a deitar na cama , a cada movimento brusco ecoava um gemido de dor no quarto.

Babi: ah , tudo bem , tenho outros dias para aprender. Mas o mínimo que posso fazer para recompensar tudo isso é ajudando nos ferimentos.

Primeiro tinha que pensar em onde arrumar um pedaço de tecido , olhei em volta e não achei nada que me ajude , a não ser....

Babi: tira sua camiseta.
Victor: porque? -- juntou as sobrancelhas escuras me olhando desconfiado.
Babi: tira essa porra logo. Só tira! -- instantes depois me entregou a camiseta preta , toda molhada de suor e respingada de sangue.

Seu corpo apoiou-se na beirada da cama , onde fiquei em pé entre suas pernas , para chegar mais perto dos ferimentos.
Com a mão leve passei em sua testa o tecido , vi morder o lábio inferior de dor.

Babi: você apanhou? -- assente.
Babi: briga? -- assente.
Victor: era necessário apanhar para meu amigo sair bem, já que o motivo era eu.

Por um segundo passei a pensar que namoravam , o jeito como tocou sobre o assunto foi sincero e fofo.

Esperei seu amigo sair do banheiro para molhar um pedaço da sua camiseta, assim era melhor para limpar o sangue.

Babi: quer que eu te ajude nos machucados? -- disse pincelando a camiseta no rosto de Victor.
Gabriel: não , sei me cuidar sozinho.

Victor: você tem que ir embora, rápido.
Babi: não , olha o estado de vocês , eu sei ajudar com isso.
Victor: isso não tem problema , você tem que ir embora para sua casa , agora. -- neguei ajeitando seu cabelo para não molhar no sangue , mas retirou minha mão rapidamente.

Victor: eu já disse , não preciso da sua ajuda. -- talvez se eu der um tapa no rosto dele não faça diferença...sem colocar força e uma mão bati em seu rosto vermelho.
Babi: foda-se então. -- joguei sua camiseta no seu peito nu e caminhei até a porta.
Uma loira entre dois homens trombaram , seu olhar furioso me queimava. Os homens correram ate Victor na cama enquanto a loira estalou um tapa em meu rosto.

Nunca foi sorteWhere stories live. Discover now