capítulo 73

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Carol narrando

Era por volta de onze e meia quando acordei , Max já não estava mais ao meu lado e muito menos no quarto.
Tomei um banho para tirar o sono que ainda me perturbava , depois escolhi uma roupa que não fizesse me sentir pesada e desci para comer meu almoço.

Enquanto terminava a refeição me lembrei sobre o pedido de Lara, antes de tomar uma decisão preciso consultar Victor para entrarmos em um acordo.
Ao parar em frente à sua porta, ouço risadas. Pela voz fina não é apenas dele , está acompanhado!
Bati algumas vezes na porta , demorou um pouco até ver seu corpo cobrindo a visão do quarto.

Carol: esta com quem?
Victor: ninguém que você conheça. Quer alguma coisa?
Carol: sim , ver quem está com você.

Coloquei as mãos em seu peito o colocando para o lado , me dando passagem para entrar em seu quarto. E lá estava ela , sentada a beira da cama terminado de colocar seus saltos. Não fez questão de olhar para mim , parecia apressada para sair.

Ao passar por mim indo direto a Victor na porta , decido a chamar.
Carol: espera. Podemos conversar? -- ouvi sussurros do meu irmão ao ouvido dela.

Babi: sim , mas não garanto que vou escutar tudo. -- voltou para a cama sem lençóis e sentou , enquanto eu me mantive em pé.
Carol: a sós, Victor. -- o moreno se aproximou da porta e saiu , mas acredito que irá ficar próximo ouvindo tudo que será dito.

Carol: bom , ainda não tive tempo para conversar seriamente com você. Primeiro , quero pedir desculpas pelo incidente que praticamente eu causei , espero que se tiver irmãos me entenda por sempre tentar os proteger. Eu estava cega com medo de perder a única pessoa do meu sangue , da única pessoa que independente de tudo estava comigo , mas eu não pensei o quê o fazia feliz. Mesmo quase não lhe conhecendo , eu o escutava torcer para vir jogar , posso até dizer que você é uma amiga que ele sempre desejou ter. Eu falhei demais com ele , principalmente por não ter acreditado quando me disse que você não era uma ameaça. Espero que algum dia ele me perdoe , e você também.

Mesmo depois de fechar minha boca para recompor as salivas , a mesma continuou olhando para seus próprios dedos , esperava pelo menos uma frase dela.

Babi: posso dizer que em parte te entendo , eu tenho uma irmã que para mim é a coisa mais preciosa deste mundo , e talvez em uma situação desta eu também iria ficar preocupada. Como ele sabe , eu não gosto de ficar com mágoas das pessoas, então por isso eu te desculpo , mas não tenho certeza se ele irá te perdoar tão cedo...disse estar muito magoado com você ainda.
Carol: tentei me aproximar durante todas essas semanas mas sempre me ignorava , ele nunca demonstrou se importar comigo , nem por ninguém.

Babi: ele pode não demostrar , mas se importa sim. Eu não sou a melhor pessoa para lhe dizer isso , ou até mesmo te ajudar , mas pelo o que me disse, sua maior preocupação é o seu bem.

Meu pensamento sobre ela era totalmente ao contrário , além de tudo ela não me tratou rude ou não ligou para minhas palavras. Talvez meu irmão tenha razão , ela é de confiança.
Encerrei esse assunto contando algumas coisas que estavam paradas em minha garganta , no final até disse que se sentir confortável podemos ser amigas.
Saindo do quarto , comecei a chegar em minhas próprias conclusões. Bom , se ela dormiu com ele , quer dizer que eles tem algo , e como irmã é meu dever o apoiar nas decisões.
Apartir de agora o que me resta é passar confiança a ela , fazendo crescer uma amizade.

Nunca foi sorteDonde viven las historias. Descúbrelo ahora