capítulo 86

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Victor narrando

Semana voou como uma pena , passei três de meus dias resolvendo a parte dos pagamentos do Royale junto com Bela. Cuidamos para que as poucas pessoas que restavam no local não deem queixa sobre o ocorrido , seríamos vigiados a todo tempo.

Quatro semanas sem ver Rodrigo , é impossível olhar em seus olhos e não lembrar das suas mãos forçando as bochechas da Bárbara. Ele compareceu a minha casa a compainha dos seguranças da entrada principal. Disse sobre os ataques também , exijo ao menos segurança para meus clientes.
Acredita que o carro que me perseguiu estava no cassino quando sai , acrescentei que isso provavelmente irá se tornar mais frequente , já que a todo momento eu viajo ao cassino e volto para minha casa.

Desta vez pensei diferente , são por volta de cinco horas da tarde e eu já estou a caminho do centro da cidade , mas não irei no cassino.
Fiz uma parada obrigatória no mercado , darei um de bom cozinheiro hoje. Ainda não tenho um prato em mente que irei fazer , mas quero que seja especial. Sou horrível demais para desvendar os gostos das pessoas , até hoje não seu dizer quais são os pratos preferidos de Carolina.

Falando nela , a contei sobre minha ideia e concordou em inspecionar o nosso negócio hoje , ficou feliz com minha iniciativa.

Voltando ao assunto do mercado , comprei vários tipos de massas e molhos , sei que gosta de massas porque das vezes que jantamos junto ela preferiu macarrão , e para finalizar , vinho que não poderia faltar de modo algum.

Já são por volta de seis horas da tarde , estacionei próximo a entrada para não ocorrer de ela não me ver. Desci e pus meu corpo encostado a lateral da porta do motorista , conferi se não estava desarrumado com esse óculos escuros no retrovisor antes da porta se abrir.

Seus amigos saíram com enormes sorrisos no rosto , pareciam falar de algo muito engraçado. E menos ela sorria , merda. E se ela estiver em um dia ruim? provavelmente não irá me cumprimentar com um sorriso como das outras vezes.

Todos se reuniram próximo à bancos sem encosto de cimento , sua mão parecia ter dificuldade para trancar todas as fechaduras da porta , em uma velocidade alta que meus olhos não conseguiram acompanhar , seus calcanhares viraram ficando de frente para mim.
Continuei com uma sobrancelha arqueada e um sorriso escapando pelo canto da boca , seu semblante estava sério , as sobrancelhas baixas e os lábios oprimidos um ao outro. Em passos firmes veio se aproximando do meu carro , e consequentemente de mim. Sorri.

Victor: senhorita Baker , hoje irei te sequestrar. -- tentei descontrair para ver se é possível sair um sorriso almejado,
continuou não rindo.
Babi: meu caro Victor , não será possível concluir sua missão. -- antes de iniciar seu trocadilho , deixou escapar um sorriso fino e tímido. Voltei minha atenção ao seus olhos que esperavam ansiosos para minha resposta.

Victor: como forma de me desculpar, e também para nos entendermos melhor , decidi a levá-la à um lugar surpreendente.
Babi: eu não posso Victor , tenho minhas obrigações , como por exemplo me divertir um pouco tirando dinheiro de velhos estúpidos. -- segurando pelas pontas do óculos , os retirei de meu rosto suado e coloquei sobre meu peito com uma de suas "pernas" na gola da minha camiseta.

Victor: ficamos abertos todos os dias, então acho que não lhe fazeria mal deixar de ir hoje.
Babi: você nunca irá entender sobre isso , minha irmã corre perigo de perder a matrícula onde estuda e eu , de perder meu carro.
Victor: me desculpe , fui inconveniente. -- puxei a porta do carro preparado a entrar, sua mão fria sem querer tocou a minha quando segurou a lateral.

Babi: não foi. Que lugar escolheu para me levar? -- definitivamente esse foi seu primeiro sorriso de hoje. Voltei a me colocar em pé a sua frente.
Victor: só irá ver quando chegarmos , talvez demore um pouco. Espero que tenha roupas reservas na sua mochila.

Nunca foi sorteWhere stories live. Discover now