Por fim o Natal chegou, durante a última semana todos passamos o tempo em Brooklyn a arranjar a casa da minha avó para, pela primeira vez, passarmos todos juntos esta época festiva e após muito tempo conseguimos ter tudo pronto.
Encontrava-me já na casa ao contrário do Sebastian que tinha ido buscar os pais ao aeroporto, estava na cozinha com a minha mãe a preparar parte do jantar enquanto esperava por a Louise que se encontrava com Eleanor já o Bucky estava no pátio a dormir dentro da casota, fazíamos alguns pratos já tradicionais na nossa família que aprendi com a minha avó, ouvi por fim a campainha indo abrir a mesma vendo alguns tios meus e mais ao longe a Bat com James e cada qual com os seus familiares, estes entraram e algumas pessoas foram para a cozinha ajudar e foi assim durante grande parte da tarde à medida que iam chegando cada vez mais pessoas, acho que nunca tinha visto aquela cozinha tão cheia de vida desde o último natal que cá passei, ao longe ouviam-se alguns cânticos e por fim a Louise e o Steve chegaram acompanhados com os pais sendo Steve a vir para a cozinha. O tempo ia passando e iam entrando pessoas e saindo daquela cozinha até que por fim foi a minha vez sentando-me no sofá junto a Louise que se encontrava com Eleanor no colo e Bat que falavam sobre a viagem de Louise às Caraíbas que estava marcada para Julho e assim continuamos na conversa durante um grande pedaço de tempo até que a mãe da Bat se aproxima de nós.
-Vais dar uma grande mãe querida.
-Obrigada Mrs. Wayne mas ainda é cedo para ter filhos, ainda nem fez um mês que casei e isso não é a nossa prioridade por enquanto. A tua mãe já quase que parece a minha Bat, desde o dia que me casei que me diz que quer ter um neto...
O resto da conversa foi ao redor do tema de bebés até que a Eleanor começou a chorar e peguei nesta tentando desvendar o que seria acabando por descobrir ser a fome, dei-lhe de mamar regressando novamente à sala na qual Bat falava com James que tocava uma guitarra e Louise tinha ido até o pátio com o Steve. Por fim ouvi a voz de Sebastian e olhei para a porta tentando fazer com que Eleanor arrotasse, este quando me viu veio até mim e atrás deste vi os seus pais que vieram logo abraçar-me.
-É tão bom ver-te novamente minha querida, este rapaz foi um tonto por te ter deixado ir...
-Na realidade...
-Eu sei mas mesmo assim foi um tonto por não ter ido atrás de ti apesar de tudo e de todas as coisas...- a mãe do Sebastian disse e apenas dei um leve sorriso olhando depois para este.- Esta é a minha netinha?
-Sim, é mãe. Mãe, pai, apresento-vos Eleanor, a vossa neta.- o Sebastian disse e coloquei a mesma de maneira a estes a poderem ver, Mary aproximou-se olhando apaixonadamente para a neta e não demorou muito até o pai de Sebastian se aproximar também.- Vou cumprimentar o pessoal, já estou a ver a Louise ali ao fundo.- o Sebastian disse deixando um beijo na minha cabeça e desaparecendo no meio das pessoas.
-Ela tem os teus olhos querido. Olá princesa, posso pegar nela?
-Claro Mrs. Brauer.- disse colocando a mesma nos seus braços, Eleanor olhava atentamente para a pessoa que a segurava e depois para o avô e para mim mas voltando a fixar-se em Mary sorrindo para esta.- Ela gosta de si Mrs. Brauer e de si também Mr. Brauer. Obrigada por terem vindo, eu queria muito que conhecessem Eleanor e passar esta época tão especial connosco. Eu queria pedir desculpa também, por tudo, pelo sofrimento que posso ter causado na vossa família e ao Sebastian, eu não quis mas vi-me obrigada a fazer tal coisa, eu amo-o independentemente de tudo o que aconteceu e espero que me possam perdoar...
-Todos os casais têm o seu momento de discordância, para serem felizes é preciso discutirem por vezes e...
-Nós já não estamos juntos, foi o melhor a fazer na altura.
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O segredo de Bełżec
Historical Fiction2016, Nova Iorque 1939, Polónia Duas histórias que se transformam apenas numa. Madison prometeu à sua avó que iria entregrar aquela carta ao seu destinatário mas não contava apaixonar-se no meio dessa aventura. Uma aventura que jun...