A BELA DE OURO NEGRO

*Magoas de Constâncio*

Lorena sobe e deita-se para descansar...

Chegando à hora do almoço Lorena desce as escadas.

- Ana o cheiro está me avisando que o almoço está pronto.

- Sim sinhá, já tá na mesa.

- Hugo, está no alpendre?

- Não Sinhá, ele subiu pro quarto.

- Já estou aqui, estou deveras morrendo de fome!

- Vamos então comer.

Pode servir Ana.

almoçaram e  foram andar um pouco pela fazenda,

foram ao rio e ao pomar. A tarde chega rápido, antes que a noite se torne muito escura,entram e vão à biblioteca escolher um livro para a leitura.

Lorena diz a Hugo que não tivera muito tempo para se dedicar a leitura desde que, chegou à Ouro negro.

- Deveras prima, o trabalho lhe rouba todo seu tempo , não deves esquecer-se de viver boas coisas que a vida tem a oferecer, e a leitura é uma delas.

-Hugo primo querido, não sou e não posso ser aquela senhorinha ociosa que vivia na corte, agora tenho muitas pessoas que dependem de mim.

-Sei bem prima, e te apoio em tudo! Deixemos as frivolidades para os que não tem ocupação, porem digo-lhe a leitura não é, e nunca será frivolidades.

- verdadeiramente não o é...

*Anoitece em Ouro negro*

Depois de jantarem se sentam-se no alpendre um pouco para um dedo de prosa. A lua está linda, uma brisa fresca assoprava do sul fazendo assim, que o embocar da noite seja divino e aprazível para uma boa prosa.

Enquanto isso...

Na fazenda Três Corações o coração de uma jovem senhorita bate acelerado, porém em silêncio, o compromisso que seu pai havia assumido há anos atrás impede que até mesmo um coração que tivera pela primeira vez se enamorado, pulsasse mais rápido, um compromisso firmado e a obediência valia bem mais que o amor naquela época.

Depois de muita prosa Hugo e Lorena se recolhem aos seus quartos.

O sol nasce em Ouro negro...

Lorena chega à cozinha.

-Bons dias a todos!

- Bom dia Sinhá!

- Já disse que podem me chamar de senhorita ou patroa.

-Perdão Sinhá!

- Desisto!
Lorena ainda falava quando chega Constâncio para o café da manhã.

- Bons dias Constâncio!

- Bom dia senhorita!

- E agora depois da colheita o que se faz nas lavouras?