*Ódio de um pai*

89 21 6
                                    


Quando Augusto olha para Sandra seu coração se condoí, pois ele sente em sua própria pele o que a distância do bem querer pode causar em uma pessoa apaixonada.

- Vou até lá conversar com seu Agenor e pedir perdão para Sandra.

-,Não faça tal coisa meu irmão, seu Agenor poderá se ofender e quererá tirar satisfações suas e tudo pode virar um pandemônio, não vai!

Porém Augusto não houve seu irmão Otávio e parte para o rumo de seu Agenor e Sandra.

Ao se aproximar percebe que o semblante de seu Agenor muda e que o ódio aparece-lhe no rosto que está abrasado de tanta raiva, pois se recordou da vergonha que passara frente toda a sociedade de São Gabriel.

Mesmo assim Augusto caminha para perto de seu Agenor.

-Bons dias seu Agenor!

- Ora sinhozinho Augusto, o que este dia poderia trazer-me de bom para mim?!

- Senhorita Sandra como estas?

-Senhorzinho Augusto!
O senhorzinho estas há brincar comigo? Depois do ato covarde que o senhorzinho fizestes minha filha e eu passarmos frente todos os cidadãos de São Gabriel. Como podes vir aqui zombar de meu infortúnio?!

- Não me tenhas por leviano senhor Agenor, não sai da igreja daquela maneira para ofendê-lo, se por ventura tivesse eu continuado com a cerimônia tanto eu quanto sua filha, nós seríamos infelizes por toda a nossa vida.

- Não se lamurie seu Augusto, sei que minha filha bem mereceu ser abandonada naquela igreja, feito o trapo que ela costurou em sua vida.

Uma senhorita noiva jamais poderia se enamorar e escrever cartas, feito mulher da vida!

Seu Agenor abaixa o tom de sua voz por vergonha de que outras pessoas o ouvissem contar o que Sandra fizera.

Sandra que está segura pelo braço deixa suas lagrimas rolarem e olha para seu pai que está possesso e diz baixinho;

- Papai me perdoe, não ousarei a fazer isto novamente, me perdoe papai pelo amor de Deus!

E chora desconsoladamente.

-Não dirija sua palavra para mim! Não tenho mais uma filha que se chama Sandra, não depois da vergonha que me fizestes passar.

Senhorzinho Augusto, por favor, se retire, pois não responderei por mim caso fiques aqui á olhar-me como se nada houvesse acontecido, poupe-me de sua presença!

- Claro seu Agenor, porém peço-lhe que seja mais complacente com a senhorita Sandra, a única culpa que ela trás consigo é o amor.

-Saia senhorzinho, está abusando de meu infortúnio e isto não permitirei.

Está jovem ira passar seus dias em um convento meditando o que ela fez com sua família.

Chora Sandra sua desventura.

Augusto sai para junto de Otávio com seu coração em frangalhos por pena de Sandra.

A BELA DE OURO NEGRO Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu