Herança e Morte

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A vista que se tinha do alpendre da casa grande era belíssima, enquanto a poeira se

levantava no horizonte pelas rodas da carruagem do grande Barão Inácio Munhoz,

Lorena fica parada com suas mãos sobre o para peito do alpendre e observa com seus lindos olhos brilhantes a grandeza de sua fazenda,
sentindo-se orgulhosa de si ela puxa o fôlego até que seus pulmões se encham ao máximo, segura, e solta em um suspiro que lavou sua alma por dentro.

Olhando o ultimo risco de poeira que estava cada vez mais distante ela pensa:

- Queria que estivesse vivo papai, que tivesses me conhecido como sou e que pudesses sentir orgulho de mim.

Ouro Negro, agora é meu lar e eu prometo que farei com que ela cresça e se transforme na maior fazenda de café de toda a província.

Aqui haverá liberdade e amor!

Não me importarei se as pessoas não entenderem e me criticarem, Ouro Negro será um lar papai, um lar e minha família.
Eu juro! Eu prometo.

Ela desce as escadas e segue para a horta onde Rita esta lidando com a terra.

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Santa Lucia

O Barão desce da carruagem e com a cara carrancuda segue rumo a seu barracão onde são guardadas as colheitas.

Onofre seu capataz lá está vigiando uns escravos que faziam a arrumação do local.

Vendo o Barão se aproximar ele se levanta e segue rumo ao seu patrão.

- Bons dias Barão.

- Bons dias Onofre.

- Estamos fazendo a limpeza e organizando o mantimento, olha lhe digo que nesse ano teremos que regrar a comida da negaiada e mesmo assim teremos que comprar muito mantimento até que chegue a próxima colheita.

- Sei disso, porém tenho muitas outras preocupações a pensar, mantimento e alimentos não são nada comparados ao que verdadeiramente me preocupa.

- O que lhe aflige Barão? Sabe que podes contar comigo para o que for, além de seu capataz considero o Barão como um amigo.

- O sei muito bem.

E dizendo isso, o Barão argumenta em um tom irritado e desconsolado:

- Passei a minha vida toda vivendo da maneira pala qual fui criado, meu pai sempre foi um grande senhor de engenho me deu tudo e deixou-me essa grande fazenda uma imensa herança para a vida toda.

Agora estou vendo tudo desmoronar, lavoura, escravos plantação.

Tudo que tenho escorre-me como areia por entre os dedos e vejo a falência iminente agarrar-me pelas pernas, jogando-me no sepulcro e com a mais absoluta certeza não tardará isso á acontecer!

- Sei do perrengue que as suas finanças passam, mas pensei que o senhor daria a volta rapidamente por cima de tudo.

- Fiz de um tudo para conseguir qualquer dote de uma sinhazinha para que com isso eu pudesse me reerguer, porém nem a espevitada da senhorita Sandra e nem essa moça homem tão admirada por todos me deram o que por direito é da família do noivo.

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