*Brincando de ciranda*

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*Na capital*

Lorena e Hugo saem para visitarem seu amigo Dionísio, um jovem que dedica sua vida pela libertação dos escravos.

Dionísio de família rica sempre com influência na sociedade filho de escravocrata, porém seus ideais eram os mesmos que os de Lorena e de Hugo

Dedicava sua jovem vida pela libertação de uma raça que somente por ter a sua pele negra era desconsiderada da sociedade burguesa e humilhada e maltratada á tal ponto de muitas vezes perderem suas vidas com a mais brutal ignorância e falta de compaixão.

Dionísio estava acamado com uma doença que os médicos ainda não haviam conseguido decifrar e apesar de sua família ter contratado os boticários e médicos mais experientes e caros ele continuava a enfermar constantemente.

-Vejam se não é a mais bela dama que já vi! E digo mais esta cidade perdeu o brilho depois que partistes somos reles viventes que perambulam sem o nosso sol!

 Minha bela amiga e correligionária Lorena.

Sejas bem vinda!

-Meu amigo! Continuas galante como sempre.

Já lhe disse para não me elogiares assim, se me apaixonar por ti terá que se casares comigo mesmo não o querendo.

-Casar me ia contigo com um sorriso até as orelhas, e depois da noite de núpcias este sorriso iria até minha nuca.

- Deixes de graças e saia logo dessa cama, ontem Hugo e eu sentimos sua falta e falta de suas gaiatices.

- Sim meu amigo Dionísio, nossa reunião ontem não teve graça sem você.

- Não foi isso que me disseram, disseram-me que nunca houve antes tão boa reunião e que não fiz falta alguma...

E o assunto e os risos entraram noite á dentro, as saudades de todos os amigos e das reuniões e da poesia que a vida de abolicionista proporcionava para os que lutavam por igualdade, deixa Lorena distante dos pensamentos que há estavam entristecendo, fora a alegria de rever seu grande amigo que apesar de acamado continuava sempre bem humorado.

A noite chega e a família de Dionísio os convidam para o jantar eles tentam recusar, porém foi impossível, pois seu amigo ficou tão feliz com a presença dos dois amigos que se levantou para jantar á mesa junto com a família e os amigos.

Na cidadezinha que houve a parada do trem para o embarque de passageiros seu Agenor por temer as ameaças dos dois bandidos houve a partida do trem e continua em silêncio com o saco na cabeça e com as mãos amarradas, como já se passaram mais de hora ele resolve gritar e um homem houve seu pedido de socorro e o liberta das amarras, ele sai desesperado sem saber o paradeiro de sua filha ele pergunta á todos, porém ninguém que ali está viu Sandra ou os bandidos.

Ele imagina que eles cumpriram suas ameaças e levaram sua filha.

Todo o ódio que ele estava sentindo tornou-se medo pelo terrível destino que ele imaginava que Sandra teria se tivesse caído nas horríveis mãos daqueles mal feitores.

O trem chega á capital da província, Augusto e Sandra desembarcam

- Senhorita já pelo avançado da noite eu acho por bem dormirmos em um hotel e amanhã logo de manhã arrumaremos um coche e procuraremos o endereço da casa do senhorzinho Hugo.

-Senhorzinho Augusto, eu não sei se seria de bom tom dormir mos no mesmo hotel alguém pode pensar...

- Não se preocupe senhorita, dormiremos em quartos separados ou até mesmo em andares separados, não imagino que Lorena ou o senhorzinho Hugo nos tenham por levianos, após o grande sacrifício que estamos fazendo para nos encontrarmos com eles.

- Espero que sim senhorzinho Augusto.

Eles sobem em um coche e partem para um hotel no centro da cidade.

Lorena e Hugo se despedem de seu amigo e voltam para casa, na carruagem eles conversam sobre seu amigo sobre suas desventuras e derrepente quando estão passando pelo centro da cidade Lorena olha pela janela da carruagem e vê Augusto dando a mão para ajudar a senhorita Sandra descer do coche em frente o hotel, ela fica branca, feito leite e segura no ombro de Hugo que se assusta com a repentina palidez de Lorena ela aponta para frente do hotel e ali está a bela amada de Hugo, descendo do coche, amparada por Augusto.

Dois punhais transpassam os corações de Lorena e o de Hugo ao mesmo tempo e como se o tempo e o destino estivessem brincando de ciranda com quatro corações Augusto que ainda segura na mão de Sandra vê a carruagem passando lentamente e ali, com a face pálida, totalmente branca e com um olhar congelado, sua amada passa e olha-lhe direto nos olhos.

O susto toma-lhe o juízo e Ele grita bem alto

-Lorena! Meu Deus é ela. Ele tenta correr atrás da carruagem mais já é tarde, ela se vai e ele coloca as mãos sobre a cabeça e anda pra lá e pra cá imaginado o porquê não viu ela antes, e o porquê não correu mais rápido e o que ela estaria imaginando?

Era realmente ela? Senhorzinho Augusto! Pergunta Sandra atônita.

- Com toda a certeza, ela lançou-me um olhar de medo revolta, não sei o que ela pensou, porém imagino que não foi nada de bom sobre nós.

- Prima você está bem?

- Não primo. Acabei de levar uma facada no peito e está á sangrar deveras bastante, vejo que a morte  me seria por ganho a imagem que vi me deixou ainda mais amargurada preferia eu nunca mais vê-lo é uma tortura para mim imagina-lo com ela não consigo ser forte o bastante...

- Não sofras prima, teremos que nos conformar sinto o mesmo, somente por imagina la com ele no quarto do hotel eu morro também!.

- Eles poderiam passar sua lua de mel em outro lugar, é tão grande o sofrimento que estou sentindo que me dá vontade gritar!

- Grite se isto lhe fará se sentir melhor.

E Lorena grita alto dentro da carruagem e Hugo a coloca sobre seus ombros e ela chora e ele também não consegue esconder sua dor que deveras também é do mesmo tamanho da dor que sua amada prima está a sentir.

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A BELA DE OURO NEGRO Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin