*Visitas para o Almoço*

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Estou á enlouquecer! Pensa Augusto, e se senta em uma cadeira frente à mesa de madeira.

 Ana com rapidez trás o café e todos conversa sobre Sebastião e Juca.

O Barão vê ao longe que o engenho estava a moer e pergunta á Lorena;

-Senhorita,  Vejo que seus escravos estão a trabalhar hoje?

Estou a observar que seu engenho esta a moer á todo vapor!

-Barão, não se é de costume de aos domingos se trabalhar em Ouro negro,

Somente em época de colheita é claro!

Estávamos em falta de açúcar e melado e os trabalhadores

 resolveram fazer um pouco hoje então autorizei.

-Eles resolveram?

Pergunta o Barão atônito.

- Sim! Sebastião iria comandá-los se não houvesse o tal ocorrido,

Porém agora Jordão está no comando.

-Jordão senhorita,

 não há de ser aquele negro fujão que a senhorita comprou no mercado á tempos?

- Sim, ele mesmo!

Agora ele é peão e ajuda Constancio no lugar de Juca.

 Ele é muito prestativo e trabalhador.

- Hora, hora! Pensei que o tal negro já estava longe de sua fazenda,

 que tinha fugido tão logo chegara aqui.

-Não senhor Barão, 

ele e Sebastião são os homens mais trabalhadores de minha fazenda.

Hugo e Augusto estavam em total silêncio ouvindo a prosa de Lorena e o Barão. 

Hugo conhecia bem sua prima e sabia que ela sempre teve resposta para todas as perguntas que eram lhes feita.

Augusto nunca vira seu pai dando nem um tipo de atenção a nenhuma mulher como dava para a senhorinha Lorena.

 Ela tratava o Barão de igual para igual e isso não se via todos os dias.

- A senhorita tem que nos mostrar o milagre que vens fazendo para seus escravos serem tão fieis e trabalhadores assim!

-Não há milagres, apenas respeito...

Enquanto eles estão ainda á conversar vem chegando uma carruagem.

- A senhorita terá visitas?!

-Sim! É o senhor Agenor e família. 

Estão chegando para o almoço e vocês estão convidados á almoçarem conosco.

Hugo apressa se em dizer;

A BELA DE OURO NEGRO Where stories live. Discover now