*Nossa amada*

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-Sinhorzinho Augusto! Sabes que poderia ter levado um tiro pelo avançado da hora. E mesmo assim se arrisca em vir aqui.

- Jordão tu sabes que amo a mulher teimosa que está lá encima no quarto, não posso dormir sem saber como ela está, já não durmo, não como, não respiro, e não sobrevivo sem saber se ela está deveras bem!

Tenho que vê-la hoje.

- Ela está melhor, as feridas estão sarando di vagar, mas estão sarando.

O senhorzinho não devia ter vindo, é tardi!

- Bem sei que é deveras tarde, mas meu coração não sabe contar as horas.

-Não posso acordar a sinhá agora!

-Estás a chamá-la de sinhá? Sabes que ela não há de gostar!

- Sei disso sinhozinho, mas a senhorita é minha sinhá até que termine nosso trato.

- Está bem! Você tem razão.

Augusto senta-se no primeiro degrau da escada que leva ao alpendre, ele está com uma rosa vermelha e uma carta em suas mãos.

-Jordão!

- Sim sinhozinho.

- Sei que você também há ama, vejo como á olha como seus olhos brilham.

Realmente não há como não amá-la.

Esta mulher tão forte, tão alto suficiente cativa os corações de pobres homens como nós, não existe como escapar, mesmo que queiramos fugir dessa dama de ferro não podemos!

Jordão se assenta ao lado de Augusto coloca a espingarda no degrau de cima da escada.

-Não tem jeito de não amar ela.

-Eu o invejo Jordão meu amigo, podes todos os dias estar perto dela, olha-la sorrindo ,conversando cavalgar ao seu lado .

É meu amigo, você sim, tem muita sorte!

- O sinhozinho se ingana pensando assim, não tem chance pra mim, os olhos dela brilha pelo sinhozinho. Minha vontade é de ti matar!

- Ora Jordão, eu te digo que eu mesmo tenho essa vontade.

-Quiria matar o sinhozinho, não para ficar com ela, mais por você não ter coragem de deixar tudo e ficar com ela. Si ela me amasse um pouquinho que fosse, se me olhasse como olha você eu largava o mundo, dava a vida por ela.

 E o sinhozinho fica ai com medo de seu pai e deixa ela escapar, mi desculpa mais você é um paspalho!

-Não é medo Jordão, é respeito, se deixar tudo agora minha família perecerá.

Meu pai é um homem arrogante e orgulhoso, se perdesse seus bens morreria ou mataria minha mãe. Não amo a senhorita Sandra nem mesmo a tenho por amiga, se desfizesse este casamento agora na situação em que nos encontramos minha mãe e minha Irmã, sofreriam muito com isso,  eu nunca seria feliz com a infelicidade de minha família.

A BELA DE OURO NEGRO Where stories live. Discover now