*MEU LAR, DOCE LAR*

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                                                                                                *****

Na estação

O trem logo parte e todos estão felizes por estarem voltando para casa.

O caminho de volta para São Gabriel é cansativo, porém doce.

Foram poucos dias na corte, poucos que pareceram semanas antes de tudo se resolver entre Lorena e Augusto.

Agora que já se pode ver as serras e morros que rodeiam a cidadezinha que tornou- se tão amada para Lorena.

Chegando à estação! Grita o bilheteiro.

-e
- Estamos chegando a nosso lar minha amada Lorena.

- Sim, eu irei diretamente para Ouro Negro, com certeza o anoitecer nos pegara no caminho, porém não vejo a hora de chegar e ver minha amada casa e meus amigos.

- Eu irei para a casa de papai, ele deve estar preocupado comigo, não fui um bom filho me esqueci de mandar noticias.

Mamãe deve estar de joelhos pedindo que retorne logo e bem.

-Sim meu amor! Vá e acalme sua mãe.

-Amanhã irei ter contigo em Ouro Negro, logo pela manhã.

- Esperarei você para o almoço, e traga seu pai também!

Aliás, vamos marcar um jantar para amanhã à noite em minha fazenda para toda a sua família, assim contamos a eles sobre o noivado.

-Contaremos sobre o noivado e sobre o casamento,

Não irá se livrar de mim.

Lorena olha e sorri.

-Você é quem não se livrará de mim!

Com a dama de ferro não se brinca, estás deveras amarrado em mim para sempre!

-Sou seu escravo, e sou o homem mais feliz do mundo com isso.

O trem para, e eles descem.

Augusto consegue duas carruagens e Lorena, Ana e Olga vão para Ouro negro

E Augusto para Santa Lucia.

Logo se podem ver as palmeiras majestosas que balançam lentamente ao toque suave do vento que acaricia suas folhas verdes as fazendo bailar.

A noite está começando a mostrar seus primeiros instantes, a vermelhidão atrás do morro para os lados do cafezal está desfocada e pode se ver raios mais escuros que vão sumindo e desaparecendo dando lugar para estrelas que brilham e reluzem mostrando assim, que é chegada à hora do amigo sol adormecer e a lua prateada vem do leste espreguiçando e acordando para mais uma noite de esplendor.

Na porteira, um jovem vem correndo e a abre, com um sorriso branco de leite cumprimenta com alegria sua sinhá minina que acaba de chegar.

- Sinhazinha, qui bom qui vorto!

- Pitu! Eu estou feliz de aqui estar.

A BELA DE OURO NEGRO Where stories live. Discover now