A BELA DE OURO NEGRO

*A vida cobra pelos erros*

Tereza olha para todos os lados e não vê ninguém, pega um ferro e enfia no cadeado que depois de forçar ele se abre.

- Vai logo e não volta mais aqui!

disse para o escravo que já estava saindo pela porta do quartinho,

mas para a desgraça dos dois ,

 constâncio estava lhes esperando com uma arma em punho,

O que fez com que o negro voltasse para dentro, Pitu colocou outro cadeado e o negro ficou a gritar, pedindo para o soltarem. 

-Ora, vejam! quem é o informante! 

Tereza?!

 A senhorita pagou uma fortuna por você,

 te tratou feito gente e você paga ela assim ! 

arrumando alguém para matá-la.

- Você está louco Constâncio, eu não arrumei ninguém para matá-la!

Eu apenas o conheço esse negro da antiga fazenda, 

tive pena dele, e estou o ajudando nada mais!

- Não seja sínica negrinha!

 Pitu ouviu sua prosa toda com esse aí, você queria a senhorita morta!

-Não Constâncio, pelo amor de Deus!

 O Juca disse que queria assustar ela, 

e eu já tava com raiva da sinhá por me chamar á atenção, 

não pensei que ele fosse violentar, depois fosse matar.

-Quem disse a você que ele iria matá-la após violentá-la? 

Você sabia de tudo sua diaba!

 Agora vais pagar na prisão!

Constâncio a pega  pelo braço e leva para seu quarto  na parte de baixo da casa. 

 joga-a como se joga uma saca de café, ela cai perto da cama e chora muito, pois imagina seu triste fim.

 Para quem estava imaginado que se a senhorita Lorena morresse ela ficaria na fazenda livre, e agora as grades da prisão serão suas amigas por um longo tempo.

Constâncio puxa a porta e a tranca.

Ela fica gritando e esmurrando a porta.

-Me soltem! Eu não fiz nada, pelo amor de Deus eu não sabia.

 Eles me enganaram, eu não sabia!

E ela se vê em uma grande enrascada.

ela tomou os pés pelas mãos e agora terá que pagar o preço da ingratidão!

Augusto sai do banho e a roupa de Hugo lhe cai bem, 

logo ouvem o barulho dos cascos dos cavalos da guarda quem vem chegando.