A BELA DE OURO NEGRO

*Dama de ferro*

- Na realidade senhorita Iara estou amando minha estadia aqui em Ouro negro, minha prima é uma excelente anfitriã.

- Eu me admiro muito dela ela é uma mulher fascinante, suas roupas de montar,

 sua beleza, sua desenvoltura em falar, ela é invejável de todas as maneiras.

- Deveras invejável!

- Na verdade queria ser como ela.

- Senhorita cada pessoa nasce com uma característica diferente,

Seu jeito próprio de ser.

 Quando imitamos outra pessoa não conseguimos ser perfeitos.

- Devo concordar senhor Hugo, ela tem sorte por ser tão única.

-Deveras senhorita, deveras!

- Seu pai está encantado com a senhorita Lorena.

- Sim, ela virou o assunto favorito em nossa fazenda,

 ele não fala de outra coisa a não ser dela, fala da beleza do carisma da garra que ela lida com tudo, na verdade ele á idolatra.

Augusto olha com um olhar enciumado para senhor Agenor,

 e vê que os dois velhos estão dando todas as atenções para Lorena, seu pai um velho Barão machista fica ouvindo em silêncio a prosa dela, os ciúmes e a admiração formam um turbilhão de emoções no pobre coração de Augusto.

Que está a pular feito um burro xucro, ele tenta disfarçar para Sandra que não vê nada que venha de Augusto ela está querendo andar ao lado de Hugo,

que também deseja fazer o mesmo.

- Senhor Barão e Agenor, depois destes meses que estou administrando Ouro Negro. Sinto-me privilegiada, por apesar das dificuldades ter tido boas idéias para o melhoramento do trabalho, e assim conseguir uma enorme rapidez em todos os serviços.

- Sempre vem nos falando das tais idéias, mas não as revela nunca. Diz o Barão impaciente.

- Sim senhorita nos diga!

- Está bem,

Quando cheguei aqui me deparei com homens e mulheres magros, 

fracos e sem forças para o trabalho, pude perceber que embaixo de açoites...

Nessa hora todos pararam para ouvir Lorena.

- Eles apanhando, com fome e com medo não trabalham com afinco eles sentem ódio e rancor de seus donos.

E com minhas colheitas chegando não conseguiria jamais terminá-la.

Precisaria de muitos mais escravos. Teria que contratar mais peões,

Ouvi ontem no sarau sobre mortandade de crianças. Eu não nasci para dar murro em ponta de faca!

Vi que eles precisam se alimentar como nós, afinal não pegamos no pesado como eles, então qual o motivo de comermos mais!