*Não posso viver sem você*

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Seu pai está de pé frente à casa grande e Augusto logo imagina que seu pai irá lhe dizer palavras ofensivas como era de costume do Barão pronunciar quando algo lhe saísse do controle.

Augusto desmonta de sultão e próximo de seu pai pede lhe sua bênção e o Barão o abençoa, Augusto estanha que saia um Deus te abençoe dos lábios de seu pai ele estava aguardando palavrões e repreensões.

- Papai eu quero me justificar sobre meu desatino de ontem, eu...

- Não me digas nada! Seu irmão me explicou tudo.

Você meu filho tinha que ter sido franco comigo, não precisaria ter-nos feito passar por tão grande humilhação, se estás apaixonado pela dama de ferro o porquê não o dissestes?

-Otávio contou para o senhor?! Mas como, pelo amor de Deus ele não disse antes do casamento?

-Ora, a culpa é toda sua! Você era o noivo.

-Papai o senhor vive á repetir que palavra dada palavra cumprida!

O Barão coloca sua mão sobre o ombro de Augusto e sai caminhando ao seu lado.

-Realmente eu sempre disse isto, porém meu filho se não fosse para cumprir a risca o que eu disse, deverias ter retirado sua palavra antes de chegar ao altar, seu estafermo! Colocastes nossa família na boca de todo o povo da redondeza, se não fosse uma carta que eu tinha na manga há esta hora teríamos uma chacina em nossa família.

E te digo mais, nunca mais tornes em outra!

-Que carta é esta? Papai!

- Sua noivinha estava a mandar e receber cartas de amor com o tal de Hugo primo da senhorita Lorena.

-Mas como? Eu não sabia, e se tivesse casado com ela seriamos quatro a sofrer de amores.

Deverias ter me contado antes!

-Augusto meu filho, que bom que retornastes para casa eu estava para morrer de medo por não saber seu paradeiro.

Diz a Baronesa Cândida do alto da escada, com um semblante muito abatido.

Augusto sobe as escadas e beija lhe a testa e diz:

- Não se preocupe mamãe, estou bem! Peço-lhe perdão pelo mal que lhe fiz

Eu há amo.


-Deixe sua mãe ai com suas lamurias e entremos para a sala.

- Ora, vejam isto! O filho pródigo, volta ao lar!

Diz Otávio em um tom zombeteiro.

- Deixe teu irmão em paz Otávio!

- Meu pai deveria dar uma surra de chicote em você maninho, fizeste um pandemônio na igreja, e olha que lá não tem o tal de demônio.
O padre quase que rasga sua saia e a noiva apanhou do pai em frete aos convidados e se não fosse papai intervir, com certeza hoje estaríamos em um velório aqui em casa, um velório seu e de papai, pois o senhor Agenor ficou possesso e perdeu as estribeiras frente aos convidados.

A BELA DE OURO NEGRO Donde viven las historias. Descúbrelo ahora