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Eu ainda estava no mesmo dilema

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Eu ainda estava no mesmo dilema. Ainda não tinha tomado nenhuma decisão embora ficasse o dia inteiro pensando nisso.

Eu acordava pensando, ia trabalhar pensando, fazia as minhas refeições pensando e dormia pensando. Dia após dia. Copiosamente.

Deslizei o meu dedo pela tela do celular e parei em uma publicação de alguma página de fofoca do meu explorar. 

"Gabigol curtindo o CarnaRildy"

Engoli em seco e por um segundo minha mente cogitou em ir até lá e botar um fim nesse assunto. Durante esse segundo, eu tomei coragem, me levantei da cama e fui me arrumar. E durante o caminho até o local eu pensei bastante.

O que eu ia falar?

Pra mim, a coisa mais bizarra do mundo tinha acontecido comigo. Tinha um feto dentro de mim, contra a minha vontade e sem que eu tivesse feito nada para ele estar lá. Pra mim, não fazia sentido nenhum gerar e ter. Mas ao mesmo tempo, eu não conseguia fazer nada pra mudar isso.

Eu havia comprado o remédio que a Bárbara tinha me recomendado assim como também havia pesquisado várias clínicas seguras pra realizar um aborto, porém eu não conseguia fazer nenhuma das duas coisas.

E agora eu estava aqui, encarando o jogador de futebol que eu mais odeio, enquanto ele se divertia cantando uma música que eu estava nervosa demais pra saber qual era.

Peguei o papel do meu exame na bolsa e comecei a andar entre aquelas pessoas pra conseguir chegar até aonde eu queria, e consequentemente até quem eu não queria, mas precisava.

Gabigol estava de costas pra mim, então precisei cutucar o ombro dele pra ter sua atenção. Ele se virou com toda aquela postura de arrogância, porém quando viu que era eu, seu semblante se transformou em surpresa.

ㅡ Mariana! ㅡ ele disse super empolgado.

Será que ele tava bêbado?

ㅡ Oi, Gabigol. ㅡ dei um sorriso torto.

Nem foi proposital, foi simplesmente o nervoso que eu estava sentindo.

ㅡ Como você tá? Melhorou daquele dia? ㅡ ele nem deu tempo de eu falar nada e perguntou.

ㅡ Melhorei sim. E é sobre isso mesmo que eu vim falar com você.

Ele ficou com o semblante confuso e eu entendi o papel. Ele me encarou ainda mais confuso e eu indiquei com a cabeça pra ele pegar da minha mão.

Ele ergueu as sobrancelhas ao encarar o papel e abriu um sorriso.

ㅡ Ah, você tá grávida! Meus parabéns, que legal. ㅡ me puxou pra um abraço repentino.

Eu permaneci parada enquanto ele repetia o quanto estava feliz por mim e que uma criança sempre era bem-vinda. Fiz força pra sair daquele abraço que sinceramente, estava me sufocando, e finalmente consegui.

Pregnant | GabigolOnde as histórias ganham vida. Descobre agora