Após ser inseminada artificialmente por engano, Mariana descobre que o artilheiro do time rival, e que por sinal ela não vai nenhum pouco com a cara, é o dono do esperma que foi inserido nela. No auge da sua carreira de Estilista, tudo o que Mariana...
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Meu coração dói.
Mas não de uma maneira ruim. Doí porque tudo o que eu estava sentindo parecia não caber ali e a qualquer momento poderia explodir.
Abraço o corpo dela de imediato, um pouso surpreso com a atitude mas feliz por ela ter decidido fazê-la.
Meu coração bate contra o seu e a barriguinha encosta no meu corpo, me fazendo sentir a melhor pessoa desse mundo. A pessoa mais feliz.
ㅡ Mari... é a uma menininha. Uma oncinha.
Sinto o líquido lacrimal quente escorrendo pela minha bochecha enquanto eu ainda encaro o nome "Ísis" no telão.
Mesmo que nesse momento, enquanto a gente se abraça, eu me sinta numa bolha intocável, abro um sorriso ao ver todas as pessoas que são importantes para nós dois comemorando felizes.
Ela ainda não diz nada mas mesmo assim eu sinto. Sinto ela diferente.
A solto, parcialmente, e seguro seu rosto enquanto passo o polegar pela sua bochecha. O rosto dela também está molhado e ela sorri pra mim. Acho que se juntar o sorriso de todo mundo nesse estádio, ainda assim não chega do tamanho do nosso.
ㅡ Obrigada por isso. Você realizou meu sonho. Nunca vou ser capaz de retribuir isso tudo. ㅡ encosto a testa na dela e fecho os olhos.
Uma menina.
ㅡ Meu Deus, eu tô grávida. Eu tô mesmo grávida. Grávida de uma menina.
É a primeira coisa que ela diz e eu solto uma risada porque estou pensando no mesmo. Porra, é uma menina! Uma garotinha pequena e frágil que vai precisar de todo o cuidado do mundo.
ㅡ Eu... ㅡ a voz dela falha tanto que sai num sussurro. ㅡ E agora?
ㅡ Acho que eu também tô nesse "e agora?". Porra... eu vou pagar por todos os meus pecados. ㅡ ela acompanha a minha risada.
ㅡ Arrependido de pular a minha janela, Barbosa?
Faço um semblante pensativo embora a resposta já esteja na ponta da minha língua. Eu não me arrependeria disso nem fudendo, até porque foram momentos cruciais para isso aqui acontecer agora.
Todas as conversas, as confissões, a nossa sinceridade um com o outro... Eu nunca me arrependeria disso.
ㅡ Hmmm, não. Eu faria de novo até. Foram noites muito boas.
Ela abre um sorriso fraquinho dessa vez porque acredito que esteja ficando cada vez mais difícil de esconder toda a preocupação que se passa na mente dela agora.
ㅡ Ei, relaxa. Eu tô aqui. Lembra do que falamos?
ㅡ Eu sei, é só que... ㅡ choraminga. ㅡ Eu não sei trocar uma fralda e...
ㅡ Nem eu. ㅡ respondo rindo.
ㅡ Ok, isso era pra me tranquilizar ou...?
ㅡ Isso era pra te dizer que nós vamos aprender juntos... e vamos ser os melhores nisso. Os melhores que ela poderia ter.
